30.9.13

Importância do Pequeno-Almoço/Café da Manhã

Tratamentos Naturais
Muitas pessoas não conseguem encarar comida quando se levantam da cama. Uma chávena de café ou chá, tomada à pressa, talvez com um pão de leite ou uma carcaça, é o pequeno-almoço comum de muita gente.
Um bolinho vai na mão quando as crianças saem para escola, às vezes com um pacotinho de leite com chocolate. Mas um grande número de crianças vai para a escola, sem ter ingerido qualquer alimento.

As razões?
“Não tenho tempo!” 

É um hábito demasiado comum, o das pessoas permanecerem acordadas até tarde, e depois, de manhã, dormirem o mais que podem.

A Solução? 
Experimente deitar-se suficientemente cedo para, na manhã seguinte, acordar sentindo-se revigorado e com tempo disponível. Ponha as crianças a dormir o mais cedo possível, para que possam acordar a tempo de tomarem o pequeno-almoço com a família.
Infelizmente, ainda existem muitas pessoas que dizem: “Mas eu, de manhã, não tenho apetite!”
Porquê? Provavelmente, o grande culpado desta falta de apetite de manhã, é a abundante refeição tomada na noite anterior, e os snacks durante o serão em frente à televisão. Assim, à hora de deitar, o estômago ainda está ocupado a digerir toda aquela comida. Mas o estômago também precisa de descanso. Um estômago cansado não sente vontade de tomar o pequeno-almoço.
Então qual é a solução? Coma alimentos leves ao jantar, 2 ou mais horas antes de se deitar. Depois desta refeição, não coma mais nada. Nós, na verdade, dormimos muito melhor com o estômago vazio.

Um bom pequeno-almoço é aquele que fornece, pelo menos, 1/3 das calorias do dia, e é rico em fibras, vitaminas e sais minerais.
“Quero perder peso.” 
Muitas pessoas pensam que o deixar de tomar o pequeno-almoço, as vai ajudar a perder peso. Mas, surpreendentemente, isto é apenas uma ilusão. Estudos efectuados neste sentido revelaram que a omissão do pequeno-almoço não ajuda a reduzir o peso, antes pelo contrário. É, na verdade, um passo contra esse objectivo, porque aqueles que, por norma, não tomam o pequeno-almoço, acabam por petiscar mais durante o resto do dia.

“Não acho importante!” 
Comer um bom pequeno-almoço, faz sentido. Quem gostaria de começar uma viagem sem combustível no seu carro? Assim, porque há-de iniciar o seu dia sem a provisão de energia necessária?
Durante 10 anos, um grupo de cientistas investigou os benefícios do pequeno-almoço. Eles concluíram que um bom pequeno-almoço pode ajudar, tanto crianças como adultos, a...
1. Ficarem menos irritáveis
2. Serem mais eficientes
3. Mais enérgicos
4. E a obterem melhores resultados nos exames.
Como? É simples. Esta refeição fornece uma fonte constante de combustível para o cérebro, que melhora o funcionamento da mente e a capacidade de concentração.
Os estudos ainda revelam que os pequenos-almoços saudáveis estão intimamente relacionados com a diminuição das doenças crónicas, uma melhor saúde e um aumento da longevidade.

Um pequeno-almoço saudável? 
Um bom pequeno-almoço é aquele que fornece, pelo menos, 1/3 das calorias do dia, e é rico em fibras, vitaminas e sais minerais.
De certeza que já ouviu o sábio ditado popular: “Coma o pequeno-almoço como um rei, o almoço como um príncipe, e o jantar como um pobre”.
Experimente começar o seu dia com cereais, pão e fruta. São alimentos energéticos – hidratos de carbono – que são facilmente convertidos em glicose, o combustível do corpo. Estes alimentos são, também, ricos em vitaminas e sais minerais, e ricos em fitoquímicos e anti-oxidantes, combatentes de muitas doenças.
Pode perguntar, “Porque não tomar um sumo de laranja e comer um bolo ao pequeno-almoço?” Porque nós precisamos de algo mais substancial, com mais fibra. Os alimentos pobres em fibra, e ainda por cima também ricos em açúcar refinado, libertam rapidamente a glicose, e provocam uma subida súbita dos níveis de açúcar no sangue.
Depois, há uma descida aguda, muitas vezes abaixo dos níveis normais. Daí podem, então, resultar sintomas físicos, como dor de cabeça, falsa sensação de fome, tremor das mãos, distúrbios de visão, e irritabilidade. Não admira que os níveis de energia e eficiência de muitas pessoas sofram uma quebra antes do fim da manhã.
Por outro lado, uma dieta rica em fibra vai prevenir a absorção demasiado rápida do açúcar, proporcionando, à corrente sanguínea, o fornecimento dos nutrientes de uma maneira mais uniforme e constante. Como resultado, tem-se energia constante para toda a manhã.
Vamos comparar alguns alimentos, ricos em fibra, com alimentos refinados:
x Uma laranja = 2,5 gramas de fibra x 1copo de sumo de laranja = 0,5 grama de fibra.
x Uma fatia de pão integral = 2,2 gramas x uma fatia de pão branco = 0,5 gramas.
Seriam necessários mais de 4 fatias de pão branco para obter a quantidade de fibra contida numa fatia de pão integral.
x Uma taça de flocos de aveia = 4 gramas de fibra x uma taça de cornflakes = 0,5 gramas.
Os alimentos vegetais, não refinados, são excelentes fontes de fibra, enquanto os produtos de origem animal, (tais como os ovos, a carne, o peixe, e produtos lácteos) estão completamente desprovidos de fibra.
A fibra faz muito mais do que apenas ajudar a manter a energia mental e física. Ela desempenha um papel importante na:
1. Prevenção e tratamento da prisão de ventre,
2. Controlo do peso,
3. Prevenção das doenças de coração,
4. Protecção contra o cancro e
5. Prevenção e tratamento de diabetes.

Use a sua imaginação! Seja criativo! O pequeno-almoço pode ser composto dos mais nutritivos e variados alimentos disponíveis na época. Um bom pequeno-almoço vai aumentar a sua energia, melhorar a sua saúde e também todas as funções cerebrais – e vai ajudá-lo a controlar o peso. Onde é que pode encontrar uma oferta melhor do que esta?&

Marianne Ferreira
Médica

29.9.13

CONSTRUINDO BOMBAS CALÓRICAS



Um dos fatores que mais influencia o excesso de peso é o volume de calorias que ingerimos e que não são “queimadas” no nosso organismo. Muitas vezes, pegamos em alimentos nutritivos e saudáveis e transformamo-los em bombas calóricas. É fácil. É insidioso. E fazemo-lo sem pensar.Pense numa maçã, por exemplo. Tem vitaminas, minerais, fibra e apenas 80 calorias. Se comermos as maçãs como vêm da árvore, não há qualquer problema. Mas adoramos enchê-las de açúcar e fazer molho de maçã, para acompanhar carne – duplicando as calorias. Ou esprememos o sumo, removendo a maior parte da fibra e concentrando as calorias. Ainda mais popular é a tarte de maçã, muito apreciada por praticamente toda a gente, mas também é um desastre nutricional – uma fatia normal pode facilmente conter 500 calorias.Mas, para que o Amigo Leitor chegasse a esse valor, comendo apenas maçãs no seu estado natural, precisava de comer pelo menos seis maçãs!Não estamos a exagerar. É isso mesmo. Tinha que comer pelo menos seis maçãs para atingir esse nível calórico. E sabe que não faria isso. Sentir-se-ia cheio depois de comer duas ou três.Ou pense numa batata. Por si só, esse humilde tubérculo é um alimento maravilhosamente nutritivo. Até que ponto isso é verdade? Bem, há alguns anos, um cientista tentou fazer uma experiência: Não comeu mais nada senão batatas durante um ano inteiro. Surpreendentemente, permaneceu de boa saúde e cheio de energia.maca_54193135.jpgMas veja a maneira como comemos as batatas hoje. Uma batata de 150g, por si só, contém cerca de 120 calorias. Mas quem é que come uma batata sem mais nada? Na verdade, pode comer-se a batata de mil e uma maneiras (assada, com natas, frita, em puré, cozida, em tortilha,…). Mas todas elas acrescentam molhos e gorduras (ou seja, calorias) ao produto original (ver tabela da pág. 13). E é apenas a ponta do iceberg. As saladas frescas são inundadas com temperos gordurosos. A maior parte dos nossos frutos é usada em sumos ou tartes, ou é enlatada com xaropes espessos. Mesmo quando cozemos vegetais frescos, geralmente temperamo-los com manteiga, ou juntamos um molho, e isso pode duplicar ou até triplicar as calorias. Não admira que as pessoas tenham problemas de peso!
gelado_24740371.jpgÉ possível inverter essa tendência?As soluções são relativamente simples. Afinal de contas, a preferência por certos alimentos, ou por certa forma de os preparar, não é inata; aprende-se e cultiva-se. Pode ser mudada. Pôr em prática uma boa escolha e repeti-la vez após vez, com persistência e determinação, resolverá o problema.Pode começar por comer mais alimentos naturais preparados de forma simples. Isso inclui produtos integrais, como o pão de trigo integral, os cereais integrais, o arroz e a massa integrais. Também inclui os vegetais frescos de todas as espécies. Tubérculos como as batatas e o inhame, e as leguminosas, como o feijão, as ervilhas e as lentilhas, são escolhas excelentes.batatasassadas_91546160.jpgComa fruta à-vontade. Sempre que possível, coma fruta fresca, inteira, sem açúcar acrescentado.Descascar e comer uma laranja, por exemplo, em vez de beber o sumo, dá-lhe mais valor alimentar e fibra e enche-o com menos calorias.Quando os alimentos são comidos no seu estado mais natural possível, estão cheios de fibra e são muito pobres em calorias. Se puser como primeira prioridade dos seus hábitos alimentares eliminar as bombas calóricas, pode, na verdade, comer uma maior quantidade de alimento, sentir-se satisfeito e, mesmo assim, perder peso.
pao_11795200.jpgNa práticaNão deixe para amanhã o que pode começar hoje. Lembre-se de que não nascemos com preferências alimentares. O gosto por certos alimentos e pela forma de os cozinhar é algo que se adquire e se desenvolve ao longo dos anos. Se reeducar os seus hábitos alimentares e o seu paladar, de modo a evitar as “bombas calóricas”, e se decidir desfrutar de alimentos mais naturais e pobres em gordura, a sua saúde em geral só terá a ganhar com isso e poderá controlar, de forma mais fácil e permanente, o seu peso.
batatasfritas_86470942.jpgDe quantas calorias necessita?
Prezado Leitor, sabe quantas calorias pode comer antes que o seu corpo comece a armazenar o excesso sob a forma de gordura? Para descobrir, calcule o seu peso ideal (simplificando, será, aproximadamente, o valor da sua altura, depois da vírgula: 1,68m= 68kg). Agora, calcule de quantas calorias é que o seu corpo necessita para o manter vivo durante 24 horas.
A sua Taxa Metabólica Basal (TMB, em sigla) é o ritmo a que o seu corpo deveria queimar calorias se decidisse ficar na cama o dia todo. Pode calcular a sua TMB multiplicando o seu peso ideal em kg por 20.
Calorias da TMB por dia
Peso ideal _____ X 20= _______ calorias

rapariga_74105218.jpgSe n ão tem um programa de exercício físico, e a sua atividade laboral é sedentária, vai precisar de mais 20% das calorias da sua TMB para cobrir as calorias que usa para se manter ativo. Caso tenha uma atividade laboral razoavelmente intensa e pratique exercício 1 ou 2 vezes por semana, vai precisar de mais 30%. Se praticar exercício físico todos os dias e tiver um trabalho fisicamente exigente, vai ter de aumentar 40% nas calorias que ingere. Por exemplo, se as suas calorias da TMB são 1500, e a sua atividade física é média, vai precisar de mais 450 calorias para cobrir as calorias que usa para se manter ativo. Calcule as calorias de que precisa para a sua atividade multiplicando a sua TMB por 0,3.
Calorias diárias para atividade
Cal. TMB ___X 0,3= _____ Calorias
O último passo é somar as suas calorias da TMB e as da atividade para obter o número de calorias que queima por dia. Se comer mais do que esta quantidade, o seu corpo vai depositar as calorias em excesso sob a forma de gordura. Se comer menos, o seu corpo usa a gordura das suas reservas e você perde peso.
Calorias que queima diariamente
TMB ____+ At. _____= ____ Calorias
Um desastre calóricoSeria difícil ultrapassar o seu limite de calorias comendo a alimentação ideal, porque os alimentos integrais são ricos em fibra e pobres em gordura. Mas quando começa a acrescentar gordura, cuidado! Veja o que acontece a esta refeição:
Alimento
Cal.
Gord. Acresc.
Cal.
Cal. Totais
Salada de alface e tomate
40
+
Roquefort + tempero
160
200
Pão de trigo integral
65
+
Manteiga
70
135
Brócolos (1/2 taça)
35
+
Molho de queijo
130
165
Prato vegetariano ou peixe grelhado (200g)
220
+
Molho tártaro
100
320
Batata assada com molho
135
+
Manteiga e molho de natas
180
315
Leite magro (4,5 litros)
90
Leite inteiro
160
Maçã assada com tâmara e noz
100
Tarte de maçã
(1/6)
480
Calorias totais
685
Calorias totais
1775

O seu desafio
Evite as “bombas calóricas”. Procure reduzir os óleos, as manteigas, os temperos e os molhos que acrescenta à sua comida. Já é tempo de fazer pender a balança a seu favor!
Manuel FerroRedação S&L
* Adaptado de Hans Diehl e Aileen Ludington, Health Power – healthy by choice, not by chance!, pp. 160-163.

25.9.13

Exercícios para fortalecer os músculos abdominais

Um abdómen firme é um dos sonhos de qualquer mulher ou homem que se preocupa com a estética corporal. Por isso, nesta edição, apresentamos uma sequência de actividades físicas para si, que quer iniciar o seu treino com o objectivo de fortalecer o abdómen.
Para a realizar, precisará de uma colchonete. Depois de um mês de treino, poderá utilizar caneleiras de ½ kg.
Quanto às necessidades básicas para a execução do treino, alongue-se e aqueça-se durante 10 minutos. Lembre-se que a respiração é de extrema importância. Por isso, não converse enquanto faz exercício. Execute os abdominais em lugares firmes e planos, com colchonetes para protecção da coluna vertebral. Faça a sequência durante um mês e depois aumente uma série, em cada um dos exercícios aqui especificados. Entre cada série, faça um minuto de descanso. Ao elevar o tronco, expire; ao baixar, inspire.
Vamos agora aos exercícios:
1. Supra (parte superior). Deite-se na colchonete, toque com as mãos atrás da cabeça suavemente, pernas flexionadas e pouco afastadas. Eleve o tronco sem tirar a lombar do solo, contando 2 tempos e volte contando mais 2 tempos, sem se encostar totalmente ao solo. Faça 2 séries de 15 repetições.


2. Supra X infra (parte superior x inferior). Deite-se na colchonete e repita o mesmo exercício anterior, com a flexão das pernas alternadamente, mantendo sempre um dos pés no chão. Faça 2 séries de 20.


3. Oblíquos (parte lateral). Deite-se na colchonete, com a mão direita na cabeça e a esquerda no solo, e dobre a perna esquerda sobre a perna direita flexionada. Eleve o tronco para o lado esquerdo e tente tocar com o cotovelo no joelho. Volte sem tocar com o lado direito no solo. Faça 3 séries de 15 e repita do outro lado.


4. Dorsal (costas). Deite-se na colchonete de barriga para baixo sobre uma colchonete dobrada, coloque as duas mãos na nuca suavemente, mantenha as pernas juntas e estendidas. Eleve o tronco e tire um pouco o peitoral do solo. Conte até 15. Faça 3 séries.


Adriana Couto Gabriel de Almeida
Professora de Educação Física

24.9.13

Dióspiro Um Fogo Doce


Quer sejam de uma cor alaranjada, quer de um vermelho intenso, os dióspiros evocam labaredas de fogo ardente. Não é sem motivo que o seu próprio nome em grego, Diospyros, significa ‘fogo de Zeus’.
No entanto, uma vez ingerido, o dióspiro actua de forma totalmente oposta àquela que seria a de um fogo ardente: é um grande suavizante do tubo digestivo, especialmente do intestino.
Pobre em gorduras, o dióspiro tem, na sua composição, pectinas e mucilagens, que constituem o componente mais importante da chamada fibra vegetal solúvel. Elas retêm água, aumentando o volume das fezes e facilitando, assim, a evacuação. Também retêm açúcares, com o que estes não se absorvem rapidamente, mas de forma lenta e escalonada. Retêm, igualmente, o colesterol que se encontra no tubo digestivo, procedente dos alimentos de origem animal, levando a que uma parte dele seja eliminada com as fezes. Mas o efeito mais imediato da pectina e das mucilagens do dióspiro é o de suavizar e desinflamar as paredes do tubo digestivo, especialmente nos seus últimos troços (intestino grosso).
Contém, também, carotenóides, a partir dos quais o nosso organismo produz a vitamina A, que tem uma acção antioxidante, graças à qual evitam o envelhecimento celular, travam a arteriosclerose e actuam como preventivos do cancro.
Embora não seja uma das frutas mais ricas nesta vitamina, o dióspiro tem suficiente vitamina C para favorecer a absorção do ferro, que é o mineral mais abundante de todos os que o dióspiro contém.
Existem variedades de dióspiros com maior conteúdo em taninos que outras. No entanto, em todas elas os taninos diminuem quando o fruto está completamente maduro. O mês de Outubro é aquele em que os frutos, ainda não completamente maduros, têm uma maior concentração de taninos, que coagulam as proteínas, formando uma camada seca e resistente nas mucosas.
Além da sua acção sobre as afecções intestinais, o dióspiro é, ainda, aconselhado para aqueles que sofrem de hipertensão e afecções cardíacas, anemia e, devido ao facto de metade dos seus 15% de açúcares ser formado por frutose, é muito bem tolerado pelos diabéticos.

19.9.13

CANCRO DA PRÓSTATA E RISCO CARDIOVASCULAR

Segundo um estudo realizado na Suécia, envolvendo uma população masculina de mais de 5 milhões, quando um homem tem conhecimento de que tem um cancro da próstata, o seu risco de contrair um enfarte do miocárdio passa a ser 50% maior do que outro a quem o mesmo não foi diagnosticado. Da mesma forma, o risco de morte aumenta também em 50%. A primeira semana depois do anúncio de que tem esse cancro é particularmente crítica, sobretudo nos homens mais jovens e naqueles que não tinham uma história prévia de doença cardiovascular.

Segundo o Dr. Fang, do Instituto Karolinska, de Estocomo, que coordenou o estudo, “o diagnóstico de cancro da próstata é tão stressante para a pessoa atingida, que é importante que a mensagem que se comunica ao doente seja muito cuidadosa e se lhe forneça todo o apoio necessário, dado que se trata de alguém pertencendo a um grupo de doentes muito vulnerável.”
Na primeira semana depois de saber que tem um cancro da próstata, o homem tem mesmo oito vezes mais probabilidades de morrer com um ataque cardíaco. Um ano depois do diagnóstico, o risco de acidente cardiovascular fatal permanece ainda elevado, sendo de 40% ao fim de seis meses e de 10% ao fim do ano.
Segundo o Dr. Fang, esta constatação é preocupante, devendo levar à adopção de medidas cuidadosas de aconselhamento e suporte destes doentes.

S&L


ASMA E DRGEasma_1716520.jpg
A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) tem sido associada a perturbações noutros sistemas, principalmente no tracto respiratório. Uma revisão recente dos estudos publicados sobre o assunto, permite concluir que a DRGE está significativamente associada à asma, embora a sequência desta relação não seja ainda clara.
Dos 28 estudos analisadas, os investigadores concluíram que 59,2% dos doentes asmáticos apresentavam sintomas de DRGE, quando comparados com 38,1% na população de controlo, analisada nos referidos estudos. Mais especificamente, a prevalência de pH esofágico anormal em doentes asmáticos era de 50,9%, a prevalência de esofagite era de 37,3%, e a prevalência de hérnia do hiato esofágico era de 51,2%.
Entre os doentes com DRGE a prevalência de asma era de 4,6%, comparando com 3,9% na população em geral.
Actualidades J. Neves/ S&L


FIBROMIALGIA: MITO OU REALIDADE? 
Nas últimas Jornadas de Actualização e Avanços em Reumatologia para Médicos de Família e num debate subordinado ao título acima, a Dra. Paula Oliveira afirmou que “apenas 51% das doentes com fibromialgia mantêm a sua actividade profissional, 18% estão desempregadas e 12% são domésticas”. Esta psicóloga da Myos, Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica, apresentou estes dados a partir do perfil sócio-demográfico de 97 mulheres com o diagnóstico de fibromialgia. Esta síndroma caracteriza-se pela existência de dores generalizadas, cansaço extremo e perturbações do sono, podendo ser altamente incapacitante.
“Quando estas pessoas podem manter-se activas, é positivo”, salientou a Dra. Paula Oliveira. A redução ou a flexibilidade do horário, a opção pelo part-time, o trabalho a partir de casa ou a requalificação profissional pode ajudar estas doentes a permanecerem no mercado de trabalho. Apenas uma pequena parte procura a reforma. “A maioria preferia ter uma vida activa e ser útil à sociedade”, sublinhou.
Nesta amostra estudada, a idade média era de 46 anos. Segundo a autora do estudo, o tempo médio com sintomas era de 11 anos e o tempo médio até ao diagnóstico de 3 anos. Este era habitualmente acolhido com grande alívio. “Muitas doentes referiam: afinal, não estou tolinha”, contou a psicóloga.
Na sua opinião, o papel do médico de família no diagnóstico precoce da doença é fundamental, bem como é fundamental, também, “promover a qualidade de vida e aumentar a capacidade funcional destes doentes”, não insistindo apenas na terapêutica medicamentosa.
No mesmo debate, o Prof. Manuel Esteves, psiquiatra do Hospital de São João e da Faculdade de Medicina do Porto, assumindo embora que a fibromialgia é “uma doença intrigante”, relacionou-a com um stresse acumulado ao longo da vida, mais frequente em situações de perturbação da personalidade, estando igualmente associada à ansiedade, à depressão e a perturbações do sono.
Estima-se que 3% da população padeça de fibromialgia ou de síndroma de fadiga crónica, sendo que 80% são mulheres. Não existe nenhum exame ou teste específico que determine objectivamente o diagnóstico. Segundo o Colégio Americano de Reumatologia, os critérios oficiais de diagnóstico para a fibromialgia, incluem um historial de presença de dor crónica generalizada por um período superior a três meses e a presença de dor durante a palpação de 11 de 18 pontos dolorosos.
As causas da fibromialgia também não são conhecidas, apontando-se factores genéticos, vírus, traumas físicos ou psicológicos, mau funcionamento do sistema imunitário, metabolismo e causas relacionadas com o sistema nervoso central.
Notícias Médicas / S&L


CAFEÍNA PODE PREJUDICAR A GRAVIDEZ
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Um estudo realizado por cientistas norte-americanos revelou que o consumo de cafeína durante a gravidez pode duplicar as probabilidades de aborto. A pesquisa mostrou que a ingestão de 200 miligramas de cafeína, que equivale a duas chávenas de café por dia, pode causar problemas à gestação.
Os especialistas entrevistaram 1063 mulheres e pediram que dessem detalhes sobre o consumo da substância até à 20ª semana de gravidez. Entre as 264 gestantes que disseram não ter consumido cafeína, a percentagem de aborto foi de 12,5%. Entre as 164 que afirmaram ter ingerido 200 miligramas ou mais por dia, 24,5% abortaram. Os cientistas descobriram que a cafeína pode atravessar a placenta, mas ainda não sabem como a droga prejudica o desenvolvimento do feto.

in Vida & Saúde

16.9.13

24 Maneiras para ter Paz de Espírito

24 Maneiras para ter Paz de Espírito
Não exageramos quando dizemos que vivemos em tempos stressantes. Duma forma quase rotineira, as notícias são de molde a aumentarem as nossas ansiedades – a segurança nos aeroportos não é infalível; os países são vulneráveis a ataques químicos, biológicos e até nucleares; a nossa água pode ser envenenada e a nossa comida contaminada; há terroristas entre nós à espera de ordens. A lista de perigos pode deixar desanimada até a pessoa mais forte e mais optimista. Mas, não obstante os tempos difíceis, é possível viver-se com serenidade e tranquilidade. Aqui estão duas dúzias de maneiras de ter paz de espírito.
1. Concentre-se naquilo que pode controlar.
Em vez de ficar obcecado com a crise e a falta de segurança, concentre-se nos comportamentos que podem melhorar a sua vida e a sua saúde e que pode controlar. O exercício físico mantém o seu corpo saudável e forte. Quando estiver a viajar de automóvel, use o cinto de segurança, e um capacete se andar de bicicleta ou de mota. Instale alarmes anti-fumo. Faça exames médicos regulares e, no Verão, não se esqueça do protector solar. Para as áreas da sua vida que não consegue controlar, confie em Deus.

2. Cultive os “sintomas” de paz interior.
Inevitavelmente, as pessoas que têm paz e serenidade têm algumas das seguintes características da paz interior: desinteresse em julgar os outros; limite para preocupações; episódios de grande gratidão; ataques frequentes de sorrisos; bom relacionamento com os outros e consigo próprias; abertura para receber amor, bem como um incontrolável desejo de o espalhar; perda de interesse em conflitos e desavenças.

3. Mantenha a perspectiva.
Muitas vezes, é a perda do equilíbrio e perspectiva da vida que aumenta o stresse e a ansiedade. Adopte a atitude de ter o seu “copo meio cheio” em vez de “meio vazio”. Considere a forma de pensar de Stephen Hawking, um físico famoso, que está prisioneiro dentro do seu próprio corpo tornado inválido pela ELA (esclerose lateral amiotrófica). Embora tivesse amplas razões para sentir pena de si próprio, não o faz. Reflecte, frequentemente, sobre um jovem que conheceu quando esteve hospitalizado: “Vi um rapazinho... morrer de leucemia numa cama ao lado da minha. Não foi uma experiência agradável. Não há dúvidas que há pessoas que estão piores do que eu. Pelo menos, a minha condição não faz com que me sinta mal. Sempre que tenho a tentação de sentir pena de mim próprio, penso nesse rapaz.”

4. Expresse gratidão.
A Bíblia diz-nos: “Em tudo dai graças” (I Tessalonicenses 5:18). Leve a sério esse conselho. Alexander Whyte, de Edimburgo, era famoso pelas orações que fazia do púlpito. Ele conseguia encontrar sempre algo por que agradecer a Deus, mesmo nas piores alturas. Numa manhã tempestuosa, um membro da sua congregação pensou para consigo: Com um tempo destes, o pregador não vai ter nada para agradecer. Contudo, Whyte começou a sua oração: “Obrigado, meu Deus, porque o tempo não está sempre assim.”

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5. Adopte o princípio “como se”.
Perguntaram, um dia, ao falecido cançonetista francês Maurice Chevalier como é que ele conseguia ser sempre tão alegre. O entertainer admitiu que, embora ele se mostrasse invariavelmente alegre, nem sempre se sentira assim. Esta era a forma como lidava com o assunto: “Quando sinto que a audiência está a responder à alegria que eu tento passar-lhe, eu sinto essa alegria voltar para mim. É como um bumerangue. Isto é algo que não dá apenas resultado com o cantor. É um jogo que qualquer pessoa pode jogar.”
“Um homem vai para o seu escritório”, continuava Chevalier. “Está mal-disposto, ruge um cumprimento para a sua secretária. Ela pode ter-
-se levantado alegre e bem-disposta nessa manhã, mas é imediatamente contagiada pela má-disposição dele. Ou, pelo contrário, ele pode entrar a assobiar. Pode ter apanhado uma flor que colocou na lapela do seu casaco e cumprimenta a secretária com simpatia. O efeito é de bumerangue. O ambiente no escritório fica alegre.” Lição a aprender: mesmo que não se sinta muito feliz no momento, deve agir como se respirasse alegria por todos os poros e contagie aqueles com quem entra em contacto. A alegria que espalhar será igual à que lhe será retribuída.

6. Viva o presente.
“Não olhemos para trás com raiva, nem para a frente com medo, mas à nossa volta com atenção”, afirmava o escritor James Thurber.

7. Seja amável.
Viva a mesma filosofia que guiava William Penn, fundador do estado da Pensilvânia. “Espero passar por este mundo apenas uma vez,” escreveu ele. “Portanto, tudo o que eu possa fazer de bom, toda a amabilidade que eu possa mostrar para com o meu próximo, que eu o faça agora. Que eu não o adie nem o negligencie, pois não vou passar outra vez por aqui.”

8. Tente tornar o seu mundo um lugar melhor.
Deixe-se guiar pela sabedoria de Henson, o criador dos Marretas: “Acredito em tomar uma atitude positiva para com o mundo. ... A minha esperança é deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrei.”

9. Peça a Deus paz interior.
Adopte o estilo espiritual do apóstolo Paulo: “O mesmo Senhor da paz vos dê sempre paz, de toda a maneira” (II Tessalonicenses 3:16). Personalize para si próprio esta oração de Paulo.

10. Ande na Luz.
“A escuridão não pode afastar a escuridão; só a luz o pode fazer. O ódio não pode acabar com o ódio; só o amor o pode fazer”, afirmou Martin Luther King, Jr.. Seja uma pessoa que viva e ande na luz.

11. Regresse à Natureza.
A maioria das pessoas descobre que passar tempo em contacto com a Natureza é um remédio para quase todos os males da alma. Tire vantagem desta terapia natural, fazendo jardinagem, dando caminhadas, fazendo montanhismo, ou dando, simplesmente, um passeio num parque próximo.

12. Pratique o cuidado de si mesmo.
A sua capacidade de lidar com o stresse aumenta na medida em que cuida de si. Faça isso alimentando--se de forma equilibrada, nutritiva, fazendo exercício e dormindo o suficiente.

13. Cheire serenidade.
Dê um passeio por um pinhal ou acenda uma vela com cheiro a cedro. Estimular o sentido do olfacto pode acalmar o espírito.

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14. Acredite na verdade e no amor.
Reflicta na sabedoria de Ghandi: “Quando eu desespero, lembro-me que, através da História, a senda da verdade e do amor ganhou sempre. Houve tiranos e assassinos e, durante algum tempo, pareciam invencíveis mas, no fim, caíram todos.” Pense sempre nisto.

15. Tome uma dose diária de vitamina “H”.
O humor torna o fardo da vida mais leve e reduz a ansiedade. Compre um livro de anedotas e leia--o regularmente, ou visite os muitos sítios de humor na Internet para se rir todos os dias.

16. Acabe o que começou.
Há uma grande satisfação e alegria na vida quando se acaba um trabalho difícil e desafiante. John Stephen Akhwari, da Tanzânia, é por vezes descrito como “o maior último lugar”. Este título único foi-lhe dado na Cidade do México, em 1968, enquanto competia nos Jogos Olímpicos. Saído da escuridão e do frio, Akhwari entrou no estádio, com a dor a fazê-lo cambalear a cada passo. A sua perna estava ligada e a sangrar. O vencedor da maratona já tinha sido encontrado há mais de uma hora. Apenas alguns espectadores se mantinham. Mas o solitário corredor continuava. Ao cortar a meta, a pequena multidão aplaudiu de pé. Mais tarde, um repórter perguntou ao atleta porque é que ele não se tinha retirado da corrida, uma vez que não tinha hipótese de ganhar. Ele pareceu confuso com a pergunta. Por fim, respondeu: “O meu país não me enviou à Cidade do México para começar a corrida. Mandou-me para a acabar.”

17. Luar.
Passeie em noites sem nuvens. Olhe para o céu. Imagine-se a carregar todas as suas ansiedades e preocupações num balão, e vê-lo subir levando todo o seu stresse.

18. Mantenha a integridade pessoal.
A duplicidade é stressante. Evite essa viagem. Diga aquilo que pensa, e pense naquilo que diz. Exemplifique os valores que professa e admira.

19. Lembre-se de que as atitudes são mais importantes do que os factos.
Hugh Dows, personalidade da televisão, diz: “Uma pessoa feliz não é uma pessoa em certas circunstâncias, mas sim uma pessoa com certas atitudes.”

20. Perdoe generosamente.
Quando tiver sido desprezado, ofendido ou insultado, treine-se a perdoar rápida e generosamente. Repetir para si o mal que lhe fizeram, ou rever as vinganças pode ser um fardo cansativo para levar. Largue o ressentimento e desista da necessidade de vingança. Ao fazê-lo, descobrirá que o peso da raiva e da hostilidade foi retirado da sua vida.

21. Simplifique a sua vida.
Não precisa de ter tudo o que “toda a gente” tem para gozar a vida. Tentar manter-se a par dos outros pode deixá-lo esgotado financeira e emocionalmente. Viva dentro das suas possibilidades, de forma a não se endividar.

22. Diga Não!
Não tem de fazer tudo. Não tem de aceitar fazer tudo o que lhe pedem. “Não, obrigado” é uma frase curta que lhe dará uma agenda menos preenchida e mais paz de espírito.

23. Torne as refeições calmas e agradáveis.
Nunca coma de pé. Não “engula” a comida. Sente-se a uma mesa, tendo o cuidado de a pôr com os pratos e talheres que lhe agradem. Acenda uma vela. Decore a sua mesa com um arranjo floral. Faça uma oração de agradecimento. Mastigue com cuidado.

24. Saiba o que é importante na vida.
Não se deixe apanhar na corrida superficial do materialismo, riqueza ou sucesso. Essa corrida pode tornar-se emocionalmente exaustiva. Deixe-se reger por princípios mais profundos e que trazem mais contentamento à vida. O falecido congressista Tip O’Neil, disse que o melhor conselho que recebeu na vida foi-lhe dado pelo seu mentor James Michael Curley. “Filho, lembra-te que é bom ser-se importante, mas é mais importante ser-se bom.”

Victor Parachin
Psicólogo

CROCANTE DE MAÇÃ E FRUTOS SILVESTRES

CROCANTE DE MAÇÃ E FRUTOS SILVESTRES
4 pessoas
Preparação: 10 minutos
Cozinhar: 45 minutos
Ingredientes:
Para o recheio:
450g de maçã reineta, descascada, sem centro e fatiada
200g de mistura de frutos silvestres (amoras, groselhas, cassis, mirtílio)
1 colher de café de margarina
75g de açúcar mascavado
Canela em pó a gosto
½ colher de café de gengibre fresco, ralado
missing image filePara a cobertura:
100g de margarina
200g de mistura de farinhas (ver artigo)
50g de açúcar demerara
Para servir:
Natas batidas
Modo de Fazer:
1. Aquecer o forno a 180oC.
2. Para o recheio: Num tabuleiro de ir ao forno, disponha a maçã e os
frutos silvestres misturados e espalhe a margarina por cima.
3. À parte, misture o açúcar, a canela e o gengibre, e polvilhe sobre a fruta.
4. Para a cobertura: Ponha a margarina, a mistura de farinhas e metade do açúcar numa taça. Com os dedos misture os ingredientes até ter a consistência de pão ralado.
5. Espalhe a mistura sobre a fruta tendo cuidado de a cobrir totalmente. Com um garfo comprima levemente. Polvilhe com o resto do açúcar.
6. Cozinhe durante 45 minutos até a cobertura ficar dourada e estaladiça. Sirva com natas levemente batidas.

MOUSSAKA (prato grego)

Ingredientes: (Porções: 6)
2 cebolas médias, picadas bem finas
4 dentes de alho, esmagados
missing image file1,5-1,75ml azeite
400g de soja miúda demolhada e bem escorrida
125g de cenoura ralada
125g de pimentos cortados em cubos pequenos
125g de alho francês picado
75g de aipo ralado
100ml de caldo vegetal
2 colheres de sopa de puré de tomate
1 lata (400g) de tomate pelado em pedaços
7,5 cm de pau de canela
2 colheres de sopa de orégãos frescos picados
3 beringelas grandes, de 300g cada
800g de batata cozida
75g de margarina
75g de farinha de arroz ou soja
600ml de leite (vaca, soja ou arroz)
1 cebola pequena
4 cravinhos
1 folha de louro
50g de queijo parmesão, ralado (ou queijo de soja fumado)
1 pitada de noz-moscada acabada de ralar
2 ovos médios, batidos
Modo de Fazer:
1. Aloure a cebola e o alho em 2 colheres de sopa de azeite. Junte a soja e cozinhe durante 2 minutos, mexendo bem para não pegar. Acrescente o caldo, o puré de tomate, o tomate em pedaços, a canela e os orégãos, e cozinhe em lume brando durante 30-40 minutos, mexendo de vez em quando. Deixe arrefecer.
2. Entretanto, corte as beringelas e as batatas em fatias, pincele-as com azeite e ponha-as num tabuleiro. Leve ao forno. Vá virando até que ambos os lados estejam ligeiramente dourados. Deixe arrefecer.
3. Divida as batatas e as beringelas em 3 partes. Num tabuleiro fundo de ir ao forno, ponha 1/3 das batatas a cobrir o fundo do tabuleiro. Por cima, coloque 1/3 das beringelas. Depois de remover o pau de canela, divida a soja em duas partes e ponha uma das partes sobre a beringela. Volte a colocar 1/3 das batatas sobre a soja e depois as beringelas. Faça novas camadas com o resto da soja, depois as batatas e finalmente as beringelas.
4. Aqueça o forno a 200oC. Na cebola pequena espete os cravinhos e a folha de louro, ponha numa panela pequena e cubra com o leite. Aqueça o leite sem deixar ferver. Num tacho, em lume médio, derreta a margarina, junte a farinha e deixe cozer durante 1 minuto, mexendo sempre. Junte o leite gradualmente, mexendo bem até que esteja tudo bem misturado. Deixe cozer em lume brando durante 10 minutos, mexendo de vez em quando. Junte o queijo e deixe arrefecer. Quando estiver frio, acrescente os ovos. Deite este molho no tabuleiro a cobrir tudo completamente. Leve ao forno a gratinar até estar dourado.

TEMPURA DE VEGETAIS

Ingredientes:
Para a tempura:
300ml de óleo vegetal, para fritar
200g de mistura de farinha de arroz, soja e milho, mais um pouco de farinha de arroz extra, para passar
1 colher de sopa bem cheia de fermento sem glúten
150ml de água fria com gás
sal e pimenta em pó
1 cenoura, descascada e cortada em palitos médios
¼ de couve-flor, cortada em pequenos raminhos
55g de brócolos, cortados em pequenos raminhosmissing image file
¼ cebola, cortada em meias-luas
Para o molho:Sumo de ½ limão
3 colheres de sopa de molho de soja
piri-piri fresco picado, a gosto
sal
Para servir:
1 colher de sopa de cebolinho picado
1 limão, cortado em meias-lua
Modo de fazer:
1. Aqueça o óleo numa panela (ou numa fritadeira funda) até que esteja quente o suficiente para fritar e doure um pedaço pequeno de pão.
2. Ponha a farinha e o fermento numa taça larga, misture a água bem fria até fazer uma pasta levemente espessa; tempere com sal.
3. Passe os vegetais em farinha de arroz sacudindo o excesso. Mergulhe os vegetais na massa, e ponha-os cuidadosamente no óleo. Deixe fritar durante 3-4 minutos ou até estarem dourados. Retire do óleo e deixe escorrer sobre papel de cozinha. Ponha num prato para servir.
4. Para o molho, ponha o sumo do limão, o molho de soja e o piri-piri numa taça e misture bem. Sirva numa taça pequena e enfeite o prato com o cebolinho e o limão.

PÃO DE MILHO

Ingredientes: 
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330g de farinha de milho
3 iogurtes naturais
1 ovo
6 colheres de sopa de óleo
1 colher de sopa de mel
1 colher de café de sal
1 colher de chá de fermento em pó
1 colher de café de bicarbonato
óleo para untar
farinha de milho para polvilhar
Modo de Fazer:
Pré-aqueça o forno a 220ºC. Unte uma forma do tipo bolo inglês de 20x10 cm, e polvilhe-a com farinha de milho. Coloque, numa taça, a farinha de milho, o sal, o fermento e o bicarbonato. Junte os iogurtes, o ovo, o óleo, o mel e misture bem. Verta para a forma e leve ao forno durante cerca de 25 minutos. Desenforme depois de arrefecer.
Sugestão: Este pão conserva-se durante alguns dias numa caixa bem fechada. O mel pode ser substituído por açúcar.

15.9.13

Soluções para a Prisão de Ventre

A prisão de ventre é a dificuldade em evacuar, com a passagem pouco frequente de fezes que são, muitas vezes, duras e secas. É uma indisposição que é mais frequente nos idosos, nas grávidas e, por vezes, também nas crianças. A prisão de ventre causa desconforto e até distensão abdominal, gases, hemorróidas, hérnias, fadiga, dores de cabeça, mau hálito e um risco acrescido de diverticulose e varizes.
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A maior parte dos casos de prisão de ventre podem ser facilmente resolvidos sem a necessidade de intervençãomédica, especialmente nos doentes jovens e medianamente afectados. Nos pacientes mais idosos com prisão de ventre recente, é importante que seja despistada a possibilidade de cancro colorectal, particularmente se for associada com sangramento, e descarga de mucosa ou a sensação de volume no recto depois de evacuar.
Muitas pessoas usam laxativos, e, entre estes, os medicamentos naturais são populares. O mais curioso é que amaioria das pessoas não precisaria de laxativos se tivesse mais cuidado com alguns hábitos. Nas sociedades não-industrializadas, tal como nas comunidades africanas, onde as pessoas têm uma alimentação rica em fibras, a prisão de ventre é rara.
Quer uma fórmula para provocar prisão de ventre? Retire da sua alimentação todos os grãos, frutas e vegetais ricos em fibras, e substitua-os por gorduras, carne, produtos lácteos e alimentos refinados. A fibra dá volume, estimulando as contracções do intestino e ajudando a manter o líquido no conteúdo intestinal, mantendo as fezes moles. Na maioria dos casos, corrigir o conteúdo de fibras resolverá o problema.
A evacuação intestinal diária é importante. Muitas crianças têm maus hábitos intestinais, muitas vezes porque ninguém as ensinou, ou porque os pais estão demasiado ocupados para os fazer ficar sentados o tempo necessário. Frequentemente, os adultos não respondem à vontade porque têm outras coisas que consideram mais importantes, para fazer. Os intestinos habituam-se a um padrão errado. Estabeleça horários regulares, como imediatamente logo depois de comer. Muitas crianças pequenas (e adultos!) não gostam de ficar sentadas, por isso, dê-lhes um livro que as ajudará a ficarem quietas e relaxadas, deixando a natureza actuar.

frutas_3228715.jpgO que deve e não deve fazer
• Coma frutas, vegetais e grãos integrais, ricos em fibras. Cereais integrais, kiwi, figos secos, ameixas, tâmaras, pêras, citrinos, papaia, agriões, nabos, feijões, lentilhas, pão integral, vegetais de folha verde, arroz integral, são alguns dos melhores.
• Faça exercício; a actividade física apressa os movimentos de resíduos através dos intestinos.
• Beba bastante água. 1 a 2 copos de água morna ao acordar estimulam o cólon de forma natural.
• Certifique-se de que algum dos medicamentos que toma não está a contribuir para o problema.
• A prisão de ventre persistente e que não responde a estas medidas, ou a uma mudança inexplicável nos hábitos intestinais pode ser um sinal de algo mais grave. Consulte o seu médico.
• Nunca reprima a vontade de defecar.
• Evite o chá preto e o café. O tanino e a cafeína tendem a causar prisão de ventre.
• Evite os alimentos gordurosos e os fritos, que tornam os intestinos mais lentos.

E o que dizer dos laxativos?
Os laxativos volumosos aumentam o conteúdo de água nas fezes e o volume das fezes, fazendo pressão sobre as paredes do cólon e dando origem às contracções musculares. São os mais seguros, pois não irritam o cólon, nem causam dependência. São fáceis de juntar à sopa, às papas para bebé ou ao iogurte. No entanto, certifique-se de que bebe bastante água.
1-3 colheres de sopa de sementes de linhaça moídas, uma a duas vezes por dia.
2-4 cápsulas de sementes ou casca de plantago ovata, até 3 vezes por dia. Pode ser encontrado nas farmácias, em saquetas.
Os laxativos osmóticos promovem a secreção de água no cólon, iniciando os movimentos intestinais. São não-irritantes.
A lactulose, o manitol e o sorbitol são grandes açúcares que não são digeridos nem absorvidos. Muitos preparados farmacêuticos contêm-nos. Siga as instruções da bula.
O leite de magnésio, o citrato de magnésio, e os sais minerais são seguros para uso ocasional, mas não são recomendados para uso diário pois podem causar dependência. Também se compram na farmácia.
O estimulantes ou laxativos de contacto irritam a parede intestinal, causando um aumento de contracções. Podem prejudicar o cólon e causar dependência com o uso habitual. Não são recomendados durante a gravidez e o aleitamento. Também podem causar cólicas e náuseas.
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A cáscara sagrada e o sene (cassia acutifolia) são exemplos de laxativos estimulantes eficazes, contidos em muitos chás e comprimidos laxativos, bem como em fórmulas para a perda de peso.
O aloés contém estimulantes do mesmo grupo, mas parece ser mais brando relativamente ao cólon.
Os produtos que contêm óleo mineral, como a parafina líquida, não são recomendados. Agem amolecendo as fezes, mas podem aumentar a absorção de alguns medicamentos e interferir com a absorção de vitaminas lipossolúveis. Também podem provocar pólipos no cólon.
Há muitos medicamentos naturais seguros e eficazes para lidar com este problema, mas uma mudança prudente na alimentação e no estilo de vida poderá ser suficiente.

Marianne Ferreira
Médica

12.9.13

Equinácea

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NOME EM LATIM: Echinacea angustifolia D.C.
FAMÍLIA: Compostas.
HABITAT: Originária da América do Norte. Cresce nas planícies e nas margens arenosas dos rios, sobretudo no vale do grande rio Mississipi, de onde é oriunda. Cultiva-se como planta medicinal no Centro da Europa.
DESCRIÇÃO: Planta cujos caules ocos podem atingir um metro de altura. Apresenta umas folhas alongadas, estreitas e cobertas de pêlos. As suas flores, cor de malva, que nascem na extremidade dos caules, tornam-se muito vistosas.
Referências Históricas: Os aborígenes dos estados de Nebraska e Missouri (EUA), já usavam a raiz da equinácea para curar as feridas infectadas e as mordeduras de serpentes. Nos finais do século XIX, o doutor Meyer, um investigador médico, descobriu as propriedades desta planta convivendo entre os índios. A partir de então, a equinácea tem sido objecto de numerosos estudos científicos, que têm vindo a revelar as numerosas virtudes desta planta, assim como o seu mecanismo de acção.
Hoje a equinácea faz parte de diversos produtos farmacêuticos, e é uma das plantas sobre as quais existe um maior número de estudos científicos realizados.
PROPRIEDADES E INDICAÇÕES: 
A composição da raiz de equinácea é muito complexa. Têm-se identificado numerosas substâncias activas, que podem agrupar-se segundo o seguinte esquema:
• Óleo essencial: Constituído por mais de 20 componentes, entre os quais se destaca o geranil-isobutirato; contém também terpenos (pineno, tuiona e outros) e cis-1,8-pentadecadieno, substância que, in vitro tem propriedades oncolíticas (destrói as células dos tumores). O óleo essencial parece ser o principal responsável do estímulo imunitário (aumento das defesas).
• Equinacósido: Glicósido constituído pelos açúcares glucose e ramnose, que têm um acentuado efeito antibiótico sobre diversos germes, em especial sobre o estafilococo dourado.
• Poliacetilenos, de efeito bactericida e fungicida (destroem as bactérias e os fungos).
• Um facto inibidor da hialuronidase, enzima produzida por muitas bactérias. A hialuronidase desintegra o ácido hialurónico (componente fundamental do tecido conjuntivo) e permite assim a difusão dos germes patogénicos. Ao inibir esta enzima, a equinácea detém a difusão dos germes pelos tecidos.
• Resinas, inulina e vitamina C. 
Como frequentemente acontece em fitoterapia, o extracto da planta (neste caso da raiz), é muito mais activo do que cada um dos princípios activos em separado. Isto deve-se a que uns componentes potenciam outros e, possivelmente, ao facto de existirem ainda alguns princípios por identificar.
missing image fileAs propriedades fundamentais da equinácea são as seguintes:
• Imuno-estimulante: Aumenta os mecanismos de defesa, por uma estimulação geral não específica, tanto da imunidade humoral (maior produção de anticorpos, activação do sistema de complemento), como da imunidade celular (fagocitose: destruição dos microrganismos pelos leucócitos). Produz um aumento do número de leucócitos (glóbulos brancos) no sangue.
• Anti-inflamatória: Impede a progressão das infecções, por inibição da enzima hialuronidase, produzida por muitas espécies de bactérias; favorece a formação do tecido de granulação, responsável pela cura das feridas; estimula a reprodução dos fibroblastos, células fundamentais do tecido conjuntivo responsáveis pela regeneração dos tecidos e pela formação das cicatrizes.
• Antitóxica: Estimula os processos de desintoxicação no fígado e nos rins, mediante os quais se neutralizam as substâncias tóxicas ou estranhas que circulam pelo sangue.
• Antibiótica e antivírica: Acção que se tem demonstrado experimentalmente in vitro. No entanto, in vivi é mais importante a sua acção de estímulo das defesas.
• Anticancerosa, por destruição de células malignas (efeito até agora só comprovado in vitro).
Por tudo isso, as suas aplicações clínicas são as seguintes:
• Doenças infecciosas em geral: O melhor antibiótico fracassará se as defesas do organismo não colaborarem na luta contra a infecção. A equinácea actua sobre o terreno (isto é, sobre o organismo que sofre a infecção), mais do que destruindo os germes causadores da mesma. Isto significa que a sua acção é mais lenta, e talvez menos espectacular que a dos antibióticos; ainda que, em muitos casos, com melhores resultados a médio e longo prazo. O seu efeito é curativo e preventivo. Além disso, é isento dos efeitos secundários dos antibióticos.
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Recomenda-se, entre outras, nas doenças infecciosas infantis; na gripe; na sinusite, amigdalite e infecções respiratórias agudas e crónicas, especialmente quando se produzem com frequência (efeito preventivo); na febre tifóide; nas septicemias (infecção do sangue) de qualquer causa (ginecológica, urinária, biliar, etc.) (1,2). 
Tem-se aplicado com êxito no tratamento da sida, combinada com outros remédios, com resultados muito esperançosos.
• Lesões da pele: pela sua acção anti-infecciosa, cicatrizante e regeneradora dos tecidos, aplica-se nos abcessos, feridas ou queimaduras infectadas, foliculite, acne sobreinfectada, úlceras da pele incluindo as varicosas, psoríase, dermatoses e eczemas (3,4,5). Nestes casos aplica-se tanto externa como internamente (1,2).
• Picadas de insectos e mordeduras de serpentes: Pela sua acção desintoxicante, neutraliza (parcialmente) o veneno e evita o seu alastramento. Também se deve aplicar interna (1,2). e externamente (3,4,5).
• Afecções prostáticas: Tem um efeito descongestivo sobre a glândula prostática e, sobretudo, evita as frequentes infecções urinárias pelo esvaziamento incompleto da bexiga (1,2).
• Tumores malignos: Ainda que até agora a sua acção contra os tumores só se tenha demonstrado experimentalmente in vitro, há razões suficientes para se pensar que possa ter uma acção benéfica no caso de tumores cancerosos. À espera de novas investigações, a equinácea deve ser usada como complemento de outros tratamentos contra os tumores (1,2).
PARTES UTILIZADAS: A raiz.
PREPARAÇÃO E EMPREGO:
USO INTERNO
1 Decocção de 30 a 50 g da raiz triturada, por litro de água, de que se tomam de 3 a 5 chávenas diárias.
2 Preparados farmacêuticos: Normalmente, a equinácea apresenta-se em diversas formas: extracto fluído, tintura, cápsulas, etc. Nestes casos é necessário seguir as instruções do impresso.

USO EXTERNO
3 Compressas com a mesma decocção que se usa internamente.
4 Loções com o líquido desta mesma decocção.
5 Preparados farmacêuticos: pomadas, cremes ou outros.

Dr. Jorge Pamplona Roger

*Extraído do livro A Saúde pelas Plantas Medicinais, editado pela Publicadora SerVir, S.A.

Cancro da Mama - Fazer ou Não Fazer

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Fazer um rastreio é um passo muito importante para o diagnóstico do cancro da mama. Mas não chega. O rastreio não previne o cancro da mama, só o detecta cedo e torna as hipóteses de cura maiores. O que é necessário é uma prevenção activa. Mas, como? Além das medidas alimentares, o que é que se deve, ou não, fazer, para evitar ter cancro da mama?
A Terapia Hormonal de Substituição (THS) é normalmente tomada para aliviar os desagradáveis efeitos da menopausa, para prevenir a osteoporose, e para prevenir a doença cardiovascular. Os estudos confirmaram um efeito protector sobre os ossos. O Women’s Health Initiative (WHI), por exemplo, registou menos 5 fracturas por 10 000 mulheres em tratamento de THS.(1)
Mas o risco de cancro da mama é elevado entre as mulheres que tomam THS.(2) O risco depende da duração do tratamento, e diminui após a cessação, desaparecendo cerca de cinco anos depois.(3) O WHI mostrou um aumento de 26% de cancro da mama em mulheres que tomaram THS(4), com um índice mais elevado de 30% no Heart and Estrogen Replacement Study (Estudo da Substituição de Coração e Estrogénio).(5) Além disso, o cancro da mama em mulheres sob tratamento de THS foi diagnosticado num estágio mais avançado.(6)
Surpreendentemente, não foi confirmada nenhuma protecção cardiovascular. Pelo contrário: no WHI, por cada 10 000 mulheres saudáveis a tomar THS, havia mais sete com problemas cardíacos, mais oito com derrames cerebrais e mais oito com embolismo pulmonar – um total de 23 casos mais de problemas cardiovasculares!
Serão os benefícios superiores aos riscos? Um estilo de vida saudável é uma alternativa muito melhor para prevenir os sintomas da menopausa. Uma alimentação pobre em gordura e alimentos de origem animal, rica em fibras, diminui os níveis hormonais pré-menopáusicos. (Ver artigo “Comer ou Não Comer”). Isso significa que, na menopausa, a queda para os níveis hormonais da menopausa não é tão grande, e os sintomas da menopausa são menos perturbadores. 
Os Contraceptivos Orais também têm mostrado aumentar o risco de cancro da mama em cerca de 15-25%.(7) Contudo, este aumento não se reflecte em números elevados, uma vez que desaparece cerca de dez anos após a interrupção do contraceptivo oral, e a maior parte das utilizadoras são jovens com um baixo nível de risco.(8)
Há uma convincente evidência de que a amamentação tem um efeito protector no cancro da mama. Uma análise de 47 estudos, levados a efeito em 30 países diferentes, mostrou 4,3% de diminuição do risco por cada ano de lactação.(9) A amamentação também é benéfica pois ajuda a perder excesso de peso que tenha havido durante a gravidez. Não é apenas o bebé amamentado que ganha com a amamentação.

Apenas 4 factores de estilo de vida:
√ Comer mais fruta e vegetais e menos carne 
√ Fazer exercício físico 
√ Manter um peso corporal normal 
√ Não beber bebidas alcoólicas 
Não negligencie a sua saúde.

O peso corporal excessivo aumenta o risco de cancro. Na pós-menopausa, a maioria do estrogénio é produzido pela gordura no corpo. A gordura corporal afecta directamente os níveis de hormonas como o estrogénio, a insulina e os factores de crescimento relacionados com insulina, que incentivam a carcinogenese.(10) O risco de cancro da mama depois da menopausa aumenta em 30% com o excesso de peso, e em 50% com a obesidade.(11) Mais do que qualquer outro cancro, relaciona-se com quanto peso ganhe em adulto.(12)
Num estudo de 44 000 mulheres na pós-menopausa, aquelas que ganharam 9-18 kg em adultas tinham 68% de risco acrescido de terem cancro da mama que se espalhou pelo corpo, do que quem aumentou menos de 9 kg. Quem aumentou entre 19 e 36 kg quase duplicou este risco, e quem aumentou 37kg ou mais, triplicou este risco.(13) A obesidade está a alastrar, como uma epidemia, por todo o mundo. Um regime alimentar saudável, com muita fruta e legumes, leguminosas e cereais integrais, juntamente com o exercício regular, ajudarão grandemente a evitar este problema.
A inacção, em si, também está relacionada com o cancro. (14) Quem passa pelo menos 4 horas por semana a fazer exercício, diminui o seu risco de cancro da mama em mais de 1/3. A actividade física moderada regular aumenta o rácio metabólico e, a longo prazo, aumenta a eficiência e a capacidade metabólica, reduz a tensão sanguínea e a resistência à insulina, e diminui os níveis de estrogénio.(15)
A luz solar, com moderação, promove a saúde e fortalece o sistema imunitário. Parece que também protege contra o cancro da mama.(16) O exercício diário, ao ar livre, proporcionará a luz solar necessária, os efeitos protectores do exercício, e ajudará a controlar o peso.
É provável que a vitamina D produzida pela exposição solar seja um factor contribuinte. Os baixos níveis de vitamina D estão associados à agressividade do cancro da mama, e a um risco maior em desenvolver cancro da mama na pré-menopausa.(17) Noutro estudo, quem tinha um nível mais elevado de vitamina D tinha um risco menor de cancro da mama.(18) A vitamina D pode prevenir e controlar o cancro ao reduzir a proliferação celular, aumentando a diferenciação das células, e refreando o crescimento de novos vasos sanguíneos. 
O álcool é outro factor importante no cancro da mama. O álcool interfere com o metabolismo e os receptores do estrogénio, influenciando, assim, os níveis hormonais. O álcool é metabolizado nos produtos carcinogénicos, tais como o acetaldeído, e também promove a penetração de carcinogénios nas células.(19) Uma bebida diária está associada a um risco mais elevado em cerca de 7%. Três ou mais bebidas por dia aumentam o risco de cancro da mama em 30-50%.(20) Mesmo o uso moderado de apenas 3 bebidas por semana pode aumentar o risco.(21) A única opção segura é evitar as bebidas alcoólicas.
Para prevenir o cancro da mama, evite a THS, amamente os seus filhos, faça exercício ao ar livre para apanhar luz solar, e siga as recomendações da Associação Americana do Cancro.

Marianne Ferreira
Médica

Referências:
1. JAMA 288 (2002): 321-333.
2. Breast 13: 515-518. 
3. WHO World Cancer Report 2008: 413.
4. JAMA 288 (2002): 321-333
5. JAMA 280 (1998): 605-613.
6. JAMA 289 (2003): 3243-3253. 
7. Lancet 347 (1996): 1713-1727.
8. Drug Safety 24 (2002): 741-754.
9. Lancet 360 (2002): 187-195.
10. Food, Nutrition, Physical Activity, and the Prevention of Cancer: a Global Perspective. (2007) World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research: 292-293.
11. Am. J. Epidemiol. 152: 514, 2000.
12. JAMA 296 (2006): 193.
13. Cancer 107 (2006): 12.
14. Neil Nedley, Proof Positive, 1999, p 44.
15. Food, Nutrition, Physical Activity, and the Prevention of Cancer: a Global Perspective. (2007) World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research: 292-293.
16. Am. J. Epidemiol. Oct.12, 2007. DOI:10.1093/aje/kwm259.
17. J. Clin. Oncol. Vol 27, No 23 (10 Ag), 2009:3757-3763.
18. J. Steroid Biochem.& Molec. Biol. 2007, Mar; 103(3-5): 708-11.
19. Food, Nutrition, Physical Activity, and the Prevention of Cancer: a Global Perspective. (2007) World Cancer Research Fund, American Institute for Cancer Research: 291.
20. Br. J. Cancer 87 (2002): 1234-1245.
21. Schatzkin A et al. N. Engl. J. Med. 1987, May 7; 316(19): 1169-1173.