30.10.13

PARA SER VEGETARIANO

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P: A alimentação vegetariana é mais saudável do que a cárnea?
R: Incontáveis estudos científicos já demonstraram que os vegetais, a fruta, as oleaginosas, os legumes e os grãos integrais têm propriedades redutoras de doenças. Assim, é menos provável que os vegetarianos sejam obesos, tenham doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, cancro do cólon, doenças renais, demência, doença diverticular, pedras na vesícula e artrite reumatóide.

P: O termo “alimentação baseada em plantas” está a tornar-se comum. Qual é a definição?
R: De acordo com o American Institute for Cancer Research [Instituto Americano para Investigação do Cancro] (que cunhou o termo “alimentação baseada em plantas”) trata-se de uma alimentação simples, em que a maior parte dos alimentos ingeridos é de origem vegetal.

P: Há alguns nutrientes de especial preocupação para os vegetarianos?
R: Sim. Embora uma alimentação totalmente vegetariana, bem planeada, vá ao encontro das recomendações de nutrientes a serem tomados, muitos vegans ingerem níveis significativamente mais baixos de vários nutrientes, tais como vitamina B12, vitamina D, cálcio, zinco, iodo e ácidos gordos ómega-3. É recomendada a suplementação para ajudar a obter as quantidades adequadas. Quando eliminam o peixe, os vegetarianos podem não consumir ácidos gordos ómega-3 suficientes, a não ser que consumam, de forma regular, alimentos ricos nesta gordura, tais como sementes de linhaça, nozes e produtos de soja. Quando os produtos lácteos são eliminados da alimentação, têm de ser substituídos por equivalentes adequadamente enriquecidos de leite de vaca ou por suplementos dietéticos. Nos países onde os produtos não-lácteos não estão disponíveis, uma alimentação vegan não é recomendada. Os ovolactovegetarianos que associam os produtos lácteos e ovos com os seus grãos integrais, fruta, vegetais, oleaginosas, sementes e legumes, conseguem, facilmente, estar a par das linhas mestras nutricionais sem suplementos. Claro que qualquer alimentação – vegetariana ou omnívora – pode ter deficiências em nutrientes se não for bem planeada ou estiver cheia de más escolhas alimentares.

P: Como vegetariano, consigo ter uma alimentação equilibrada?
R: A resposta é um claro e bem definido sim! De acordo com a American Dietetic Association and the Dietitians of Canada [Associação Dietética Americana e os Dietéticos do Canadá], uma alimentação vegetariana bem planeada é saudável e nutritiva e pode satisfazer todas as recomendações de ingerência de nutrientes e as linhas mestras da National Academy of Scienses’ Food and Nutrition Board [Conselho de Alimentos e Nutrição da Academia Nacional de Ciências]. Tanto a dieta ovolactovegetariana como a vegan (totalmente vegetariana) são apropriadas para qualquer grupo etário, incluindo mulheres grávidas ou a amamentarem.

P: Posso obter vitamina B12 de alimentos vegetais?
R: Não. A não ser que as plantas estejam contaminadas por fezes. A vitamina B12 é produzida naturalmente por bactérias nos intestinos dos animais, onde é absorvida e transferida para o leite e para a gema de ovo. A B12 não faz parte do código genético das plantas, por isso, elas não são uma fonte segura dessa vitamina. Alguns alimentos, tais como o miso (uma pasta alimentar fermentada rica em proteínas, consistindo maioritariamente de feijão de soja, sal, e grãos de cevada ou arroz) e tempeh (um alimento asiático preparado com feijão de soja fermentado e um fungo vegetal) podem conter formas inactivas de vitamina B12 que poderão interferir com a absorção da forma activa necessária à boa nutrição.
Os nutricionistas recomendam que os vegetarianos estritos usem suplementos de vitamina B12 ou escolham alimentos enriquecidos com ela na quantidade de 2.6 microgramas por dia. Quantidades mais elevadas não são prejudiciais. À medida que as pessoas envelhecem, até mesmo os omnívoros poderão vir a necessitar de tomar suplementos de vitamina B12. A B12 comercialmente fornecida e usada em suplementos é produzida por bactéria cultivada em meio vegetal e, por isso, é aceitável até para os vegans.

P: O que é que os vegetarianos devem ter em mente quando estão a planear a sua alimentação?
R: Todos os vegetarianos precisam de ingerir uma grande variedade de alimentos vegetais integrais. Os ovolactovegetarianos devem escolher produtos lácteos pobres em gordura. E os vegans devem usar suplementos para os ajudar a chegar aos níveis nutricionais recomendados.

P: Os vegetarianos conseguem obter proteína de alta qualidade suficiente dos alimentos vegetais?
missing image fileR: Sim, e é mais fácil do que se pensa. O indivíduo médio, com actividade moderada, precisa de, aproximadamente, 12 a 15 por cento das suas calorias como proteína (os vegans poderão necessitar de ingerir um pouco mais de proteínas do que os omnívoros). A carne não é a única fonte de proteínas. Muitos alimentos com proteínas vegetais fornecem proteínas de qualidade tão elevada como as da carne. Quando uma pessoa obtém calorias suficientes de uma alimentação vegetariana saudável e equilibrada, há proteínas adequadas. 

P: Se eu eliminar os produtos lácteos, onde irei buscar a quantidade adequada de cálcio?
R: Os legumes verdes, pobres em oxalato, tais como os brócolos, os vegetais de folha verde escura e a couve galega, fornecem cálcio de alta qualidade mas têm de ser comidas em quantidades suficientes.
São necessárias três a quatro chávenas de couve galega para obter a mesma quantidade de cálcio absorvido de três copos de leite. Os ovolactovegetarianos devem beber três copos de leite por dia. A bebida de soja é equivalente ao leite de vaca, desde que seja enriquecida com vitamina B12, vitamina D e cálcio.

Stoy E. Proctor
Médico

24.10.13

Batata Assada Perfeita (vegana)


Batata Assada Perfeita (vegana)Ingredientes

1 kg de batata asterix
4 dentes de alho
1 ramo de alecrim
4 ramos de tomilho
Sal a gosto

Preparo

Lave bem as batatas. Descasque e reserve as cascas. Coloque-as em água corrente, dentro de um recipiente, por 5 minutos. Leve uma panela larga ao fogo com água. Coloque as batatas e as cascas para cozinharem (eu gosto de acrescentar o sal nessa hora). Cozinhe até ficarem macias. Escorra a batata e descarte as cascas. Sacuda bem as batatas no escorredor para que ela crie uma camada meio esfarelada em volta, isso ajuda ela a ficar mais crocante. Deixe repousar por 10 minutos.

Enquanto repousam, coloque um refratário dentro do forno ligado na temperatura máxima. Após os 10 minutos, retire o refratário do forno usando uma luva ou um pano seco, e forre com azeite. Coloque as batatas no refratário e mexa bem usando uma colher, para que todas as batatas fiquem envolvidas com o azeite quente. Leve ao forno e reduza a temperatura para média. A cada 20 minutos abra o forno e vire as batatas, para que assem por igual.

O tempo total de cozimento é em torno de 1 hora. Faltando 10 minutos para completar o cozimento, retire as batatas do forno e adicione o alho amassado na faca, o alecrim e o tomilho. Volte ao forno por mais 10 minutos. Para finalizar, polvilhe com sal fino (caso ainda não tenha colocado o sal) e sirva em seguida.

Fonte: Cozinha do Tenso

O que há de errado em comer ovos?


Por Vera Regina Cristofani

O que há de errado em comer ovos?
Quando conversamos com as pessoas sobre oveganismo, é comum concordarem que é errado causar sofrimento, dor e matar os animais para produzir carne e laticínios, mas muitas delas não veem nenhum problema em comer ovos, porque isso não envolve sofrimento e morte de animais.

Todavia, ao nos informarmos sobre o assunto, entendemos que há inúmeros problemas, e eles são verdadeiramente horríveis, envolvidos nesse hábito. Um deles, por exemplo, é que os pintinhos machos são moídos vivos, mortos com gás, eletrocutados ou sufocados, pois eles não têm valor comercial para a indústria por não produzirem ovos e não crescerem rápido o suficiente para virarem carne. Outras práticas comuns da indústria de ovos é a debicagem que consiste em cortar uma parte do bico sem o uso de anestésico e a manipulação do ciclo de postura das galinhas pela privação de alimento que causam sofrimento horrendo às aves.

No Brasil, milhões de galinhas poedeiras são mantidas em gaiolas de arame superlotadas, as chamadas gaiolas em baterias, onde cada galinha tem um espaço de chão menor do que uma única folha de papel tamanho carta. Elas não podem realizar a maior parte dos seus comportamentos naturais, como empoleirar, fazer ninho, tomar banho de areia, ciscar, explorar o ambiente, correr, alongar e bater as asas ou simplesmente caminhar. As galinhas sofrem estresse psicológico e muitos danos físicos, que incluem fraqueza e quebra dos ossos, perda de penas e outras doenças. Essa severa restrição ao movimento físico leva à má formação dos pés e à distúrbios metabólicos, incluindo osteoporose e danos hepáticos.

Para tentar melhorar essa situação — que, na verdade, só pode ser realmente melhorada quando pararmos de consumir e usar os animais como mercadorias, como produtos, como escravos e adotar o veganismo– há campanhas para encorajar a indústria a adotar a produção de ovos de galinhas “livres de gaiolas”. Entretanto, essas campanhas apenas buscam uma mera redução no sofrimento das galinhas poedeiras, pedindo que elas sejam retiradas do confinamento intensivo das gaiolas em bateria.

Essas campanhas têm focado principalmente na capacidade da galinha de abrir as suas asas. Contudo, os ovos de aves “livres de gaiolas” continuam sendo produzidos por aves cujos bicos são amputados até quase pela metade sem anestesia. Além disso, as galinhas poedeiras, embora “livres” das gaiolas de bateria, não ficam livres. Normalmente, elas são colocadas em enormes galpões onde ficam espremidas entre outras dezenas de milhares de aves, vivendo sobre o próprio estrume e vitimadas por uma série de doenças dolorosas relacionadas à postura de ovos intensiva e ao confinamento, e até pelo canibalismo.

Embora as galinhas sadias possam viver pelo menos cinco anos, mesmo as poedeiras que são criadas “livres de gaiolas” são consideradas “gastas” pela indústria após um ano de postura, quando, então, são abatidas para serem aproveitadas em comidas processadas.

Assim, não se engane. Há problemas em comer ovos, e há problemas com o uso de animais em geral. O interesse do animal é de não ser usado, explorado e morto para o nosso benefício, seja na alimentação, em testes, em entretenimento ou de qualquer outra forma.

Podemos dizer “não” ao ciclo de violência, injustiça e morte de animais que sofrem, sentem dor, prazer e querem viver ao adotar o veganismo, e participar, dessa maneira, do processo de abolição da escravidão animal, porque isso é, o mínimo, que eles merecem.

Fonte: ANDA - Foto: Reprodução - 10.09.2013

23.10.13

10 Fatores de Risco para um AVC


shutterstock_73880329.jpgEncontro de pensamentos
Quando alguém partilha a nossa opinião ou corrobora os nossos pensamentos, isso produz uma sensação de satisfação. Um novo estudo sugere a razão: a área do cérebro ligada à “recompensa” é ativada quando as pessoas concordam connosco. Os pesquisadores interpretam o que descobriram como querendo dizer que estar de acordo com outras pessoas pode ser tão satisfatório como qualquer outra recompensa básica na vida. 
:: Current Biology/S&L
10 Fatores de risco para um AVCUm estudo internacional descobriu que os seguintes 10 fatores são responsáveis por 90% de todos os riscos de sofrer um AVC:1. Hipertensão arterial2. Fumar3. Sedentarismo4. Proporção entre a cintura e a anca (obesidade abdominal)5. Má alimentação6. Níveis de gordura no sangue7. Diabetes8. Ingestão de álcool9. Stresse e depressão10. Problemas cardíacosA boa notícia é que muitos dos fatores de risco são controláveis, ao fazer escolhas de estilo de vida positivas.
:: Estudo Interstroke/S&L
Asma em adolescentes
Há uma taxa mais elevada de asma em adolescentes cujas mães eram obesas já antes de engravidarem. Um estudo sugere que isso pode ser devido a que o excesso de peso durante a gravidez interfere com o desenvolvimento fetal normal. Os adolescentes tinham mais 30% de probabilidades de ter sintomas respiratórios do tipo asma, como ter chieira ao respirar, se as mães tivessem sido obesas ou tivessem excesso de peso durante a gravidez. Os adolescentes cujas mães eram as mais pesadas tinham mais 47% de probabilidades de ter dificuldades respiratórias graves.
:: Journal of Epidemiology and Community Health/S&L
shutterstock_97651247.jpgO seu cérebro gosta de se queixar?
As palavras negativas reorientam realmente o nosso cérebro, estimulando áreas associadas com perceções e funções cognitivas, segundo um estudo em que se usou a Ressonância Magnética. Assim, a constante exposição a queixas (nossas ou alheias) reforçará o pensamento e o comportamento negativos. Quer treinar o seu cérebro para ser mais positivo? Faça um esforço consciente para limitar as suas queixas e o tempo que passa com os queixosos crónicos. Controle a forma como interpreta as situações, e descubra outras maneiras de reagir, sem usar queixas.
:: Behavioral Brain Research/S&L

IDOSOS MALTRATADOS

Maria Inês vai fazer 80 anos e acaba de ficar viúva. Devido à sua saúde precária, aceitou a sugestão da sua filha Aurora de ir viver com ela e com a sua família.Aurora já tem a sua boa dose de stresse, devido ao seu trabalho; o seu marido está ameaçado de despedimento e têm dois filhos a estudar na Universidade. Por vezes irrita-se, perde o controlo e dá uma bofetada à sua mãe idosa. Noutras ocasiões, zanga-se com ela, agarra-lhe os braços com força e fala-lhe aos gritos. Por tudo isso, Maria Inês tem nódoas negras nos braços, um medo quase constante e chora frequentemente.Os maus-tratos praticados sobre idosos são mais comuns do que se pensa. Embora, por vezes, aconteçam em instituições da terceira idade, são mais frequentes no meio familiar e aplicados por um membro da família. Podem ser físicos (incluindo o abuso sexual), psicológicos, ou devidos a negligências na atenção aos idosos. Outras vezes, a pessoa idosa é explorada financeiramente.Estes problemas devem prevenir-se e, se chegarem a acontecer, devemos saber o que fazer para os enfrentar, como indicamos neste artigo.
Maus-tratos físicos
Milhares de casos de maus-tratos a idosos são denunciados anualmente em muitos países, mas dezenas de milhares ficam escondidos (calcula-se que há doze ou treze casos deste tipo, por cada um denunciado), passando esses idosos os últimos anos da sua vida com sofrimento físico e emocional. Os próprios idosos não os denunciam por medo de represálias ou por temerem que ninguém cuide deles.Maltratar fisicamente é usar a força para com a pessoa idosa (pancadas, bofetadas, beliscões, apertões, empurrões…). Isto deixa-a com dores e marcas que, geralmente, se ocultam, ou, se são visíveis, se atribuem a causas acidentais. O problema não é só o uso da força, mas também os gritos, o uso indevido de medicamentos (dar-lhos em excesso, ou privá-los deles), a decisão de os manter confinados em lugares inadequados, ou até de os amarrar a uma cadeira ou a uma cama.
Porquê este tratamento tão desumano?
O stresse excessivo das pessoas que cuidam dos idosos costuma ativar os comportamentos violentos. Isso nunca os justifica, e muito menos com idosos indefesos.Em todo o caso, a prevenção deste problema requer uma redução suficiente do stresse.Este provém de factos como a deterioração da pessoa idosa, que cada vez exige mais cuidado e atenção; as situações familiares (relações com o cônjuge, filhos adolescentes e jovens); os problemas económicos, laborais ou de saúde. Uma combinação negativa de circunstâncias pode ocasionar impaciência, intolerância e frustração no cuidador e pode resultar numa agressão física. Infelizmente, quem paga as consequências é o idoso, que se torna mais vulnerável, à medida que diminui a sua autonomia, para se defender e para denunciar o caso.O risco acentua-se nas mulheres e nos idosos que dependem por completo dos seus agressores. E nestes últimos, o risco de que agridam é maior se não possuem resiliência, ou se têm antecedentes de maus-tratos. Também existe esse risco em depressivos, em alcoólicos e naqueles que não veem utilidade ou alguma recompensa em cuidar do idoso.
Os sintomas
Muitos dos casos chegam a conhecer-se e a resolver-se devido à observação de uma pessoa exterior à família ou por ação de pessoal de saúde que trata a pessoa e que descobre:
• Feridas, nódoas negras, ampolas.
• Fraturas de ossos ou deslocações de articulações.
• Perda de cabelo ou de peça dentária.
• Óculos partidos.
• Doses excessivas ou carência de medicamentos.
• Marcas de corda que indicam atadura.Quando o idoso requer atenção física por danos diversos causados em momentos diferentes, o cuidador-perpetrador recorre astutamente a um centro de saúde diferente de cada vez, para que não descubram e suspeitem dos múltiplos “acidentes”. Também costuma arranjar desculpas para que os amigos, vizinhos, etc., não visitem o idoso. Assim evita ser descoberto.Frequentemente, não há a intenção de causar dano, mas o agressor chega ao limite da sua tolerância e acaba por causar prejuízos ao idoso. Embora isso não justifique o ato, completamente inaceitável, a sua consumação pode e deve servir como alerta para tomar consciência do perigo e aplicar todas as medidas preventivas possíveis.
shutterstock_59333134.jpgComo prevenir e abordar este assunto
A linha de prevenção mais importante é que toda a gente que convive com pessoas idosas, em famílias ou em lares de idosos, tome clara consciência do problema. É necessário saber que há uma elevada incidência e que toda a gente corre um certo risco de se tornar num agressor, quando está submetido ao stresse.
Por isso, recomenda-se assistir a seminários informativos, ler sobre o tema, ou simplesmente falar dele com outras pessoas que têm um idoso a seu cargo. Além disso, sugerimos conselhos para as pessoas envolvidas:

oldwoman_59830903.jpgPara o cuidador.
Se tem de cuidar de um idoso:
• Evite níveis intoleráveis de stresse. Em vez de querer fazer tudo sozinho, peça ajuda a familiares, vizinhos ou serviços sociais para o cuidado do idoso. Conceda a si mesmo descansos habituais. Procure tirar algum tempo livre para recuperar a energia física e mental.
• Mantenha-se em bom estado de saúde. Isto é importantíssimo, pois as necessidades do idoso podem prolongar-se durante anos, esgotar as suas forças e arruinar a sua saúde.
• Relacione-se de forma alargada com a pessoa idosa. Não limite o seu trato com ela ao cuidado físico e à atenção das suas necessidades. Dedique tempo regularmente a falar com a pessoa e a escutá-la. Isso ajudá-lo-á a aprofundar a relação, a reforçar o afeto e a adquirir respeito para com o idoso.
• Recorra à psicoterapia preventiva. Se, quando se sentiu irritado, teve momentos de violência física ou verbal, consulte um psicólogo experiente e conte-lhe o sucedido. Isso pode evitar um mal maior.
• Procure apoio em grupo. Se conhece alguém numa situação semelhante à sua, procure partilhar as suas fadigas. Ouça o que outros contam dos seus próprios conflitos e aprenderá novas maneiras de enfrentar os seus problemas. Neste tipo de interação, sentir-se-á melhor e fará com que outros também sejam beneficiados.
• Procure ajuda profissional. Se já exerceu violência de algum tipo sobre uma pessoa idosa, admita o problema e procure ajuda psicológica para obter apoio, pois a própria pessoa quase nunca pode enfrentar sozinha, com êxito, este problema. Se há circunstâncias que complicam a situação (por exemplo, o consumo de álcool), siga os conselhos de um profissional de saúde ou de um grupo terapêutico, para resolver esse problema.

Para o próprio idosoSe sofre de maus-tratos:
• Responsabilize-se e mantenha o controlo da sua situação financeira e legal. Isto oferecer-lhe-á opções e menos dependência de uma pessoa em concreto. Se desejar, quando chegar o momento, poderá escolher, por exemplo, uma residência assistida como alternativa.
• Perceba que não merece violência de nenhum tipo e que não é um estorvo. Nos seus últimos anos, precisa de um tratamento de afeto sincero e de profundo respeito.
• Seja amável e cortês com aqueles que cuidam de si. Quer esteja num lar quer viva em família, não provoque nem dê sermões.
• Se não se sente cómodo com o tratamento que recebe, confesse a sua preocupação a alguém de confiança, antes que as coisas se compliquem.
• Se há, de facto, maus-tratos, fale e procure ajuda, para evitar o agravamento da situação. Uma chamada telefónica pode salvá-lo.
Para quem tenha conhecimento dos maus-tratos
Se conhece uma situação de maus-tratos:
• Proporcione apoio e compreensão a quem é alvo deles.
• Averigue por meio da vítima a gravidade do assunto e, se for importante, siga os passos para denunciar o assunto ou informar os serviços sociais. A sua intervenção pode contribuir para salvar uma vida.
• Não confronte o perpetrador, já que pode pôr em maior perigo a integridade do idoso.
• Em muitos países é obrigatório alertar as autoridades quando se sabe de maus-tratos a menores ou idosos. Portanto, se houver evidência deles, deve informar com ou sem consentimento da vítima.
• Falar com o médico do idoso pode ser outra via, pois os médicos são obrigados a envolver-se no assunto, providenciando apoio logístico para proteger a vítima de maus-tratos.Esta é uma problemática que, infelizmente, não tem um fim à vista. Mas depende de cada um de nós modificar a situação e melhorar as condições de vida daqueles que, durante anos, se empenharam em fazer o melhor por nós e que agora, na fase final da sua caminhada, necessitam da nossa ajuda, da nossa compreensão e do nosso amor.No próximo número, abordaremos outros aspetos deste tema tão dolorosamente atual.

Manuel Ferro
Redação S&L
* Texto traduzido e adaptado do livro Disfruta la Vida, de Julián Melgosa, publicado pela editora Safeliz, Espanha, pp. 232-235.

21.10.13

VIDA FAMILIAR APRENDER A DESCOBRIR PARA SERES COMPREENDIDO!


Introdução
Na existência, uma das forças fundamentais que nos leva a agir é a motivação para satisfazer as nossas necessidades.
Como vimos no número anterior1, existem necessidades que nos motivam mais do que outras. Percebendo que a leitura da pirâmide das necessidades de Maslow mais não é do que uma aproximação muito rudimentar daquilo que caracteriza realmente a espécie humana, importa ser capaz de encontrar um meio, um método, uma grelha para saber ler, quer as necessidades pessoais, quer as necessidades daqueles que nos rodeiam. Este mês queremos partilhar contigo uma proposta que, ao ser aplicada, pode ajudar-te a separar o acessório do fundamental, nesta questão. Terás assim uma vantagem acrescida para poderes descobrir as necessidades de quem está ao teu lado, contribuindo do mesmo modo para seres compreendido.

O início de uma relação humana a dois é normalmente marcado por um elevado nível comunicacional de encontro de ideias: frases como “também penso assim”, “engraçado, também gosto desta cor”, repetem-se vezes sem conta, enquanto na atracção que levou duas pessoas a aproximarem-se, uma comunalidade (um espaço comum de ideias, valores, ambições, perspectivas de vida, criação dos filhos, ...) se define como enquadramento estável do desenvolvimento e crescimento do amor.
No entanto, este pacote de encontros, que na sua fase inicial é descoberto com um entusiasmo ofuscante que leva duas pessoas a esquecerem-se muitas vezes do que as rodeia, esgota-se. Assim, passada a euforia da descoberta a dois e dos dois, vem o período de estabilidade do crescimento do amor, da experiência a dois. 
É neste âmbito que continua a ser crucial uma escuta activa, uma capacidade de leitura profunda das necessidades do outro – essas sim, não se esgotam nos primeiros anos de vida de um casal. Se a percepção das necessidades não for correctamente feita, e se estas não forem devidamente satisfeitas, iniciar-se-á um processo de recalcamento de frustrações, de ressentimentos, de ódios inicialmente escondidos, depois manifestos em pensamentos, palavras e actos, que comprometerão dramaticamente a felicidade de ambas as partes. Levanta-se, no entanto, um outro problema: mesmo que eu consiga interpretar correctamente o outro, eu não tenho recursos para satisfazer TODAS as suas necessidades. Nenhum ser humano pode ter a ousadia de pensar que pode ver satisfeitas todas as suas necessidades! Nenhum ser humano pode ousar acreditar que pode satisfazer todas as necessidades do outro.

Interagindo:
Escolhe um dia em que possas sair com a pessoa que amas. Deixa os telemóveis desligados, vai para um local onde não exista perturbação e faz a pergunta: em que é que eu tenho falhado em relação às tuas necessidades? Quais são as necessidades que eu não tenho conseguido satisfazer neste último ano?
Se tiveres uma memória fraca, pega numa caneta e vai escrevendo o que fores ouvindo. Não interrompas, ouve somente. Não te desculpes, regista somente. Ouve com muita atenção até não haver mais nada a dizer. Não te ofendas, deixa que o outro fale livremente. Respeita a sua resposta mesmo que te pareça absurda!
Depois, pede que, dessa lista, sejam definidas as 10 primeiras necessidades (deixa as outras em grupos de 10 para os meses seguintes): em termos de ordem de importância (da mais importante para a menos importante). Seguidamente, estabelece uma negociação muito criteriosa sobre os recursos que tens ao teu alcance para satisfazer as necessidades dessa lista. (Imagina que uma das necessidades é “passares mais tempo comigo”! Perante isto deves negociar se é viável ver menos TV, trabalhar menos horas, ou outra proposta. No caso de se decidir “trabalhar menos horas” por exemplo, negoceia bem o que não vais comprar, ou se deves vender a casa e comprar outra mais barata, para poderes “ter mais tempo disponível”. Deste modo, podes estabelecer um acordo de base sobre o custo que terá “satisfazer essa necessidade”. O casal determina na multiplicidade de necessidades que existem quais são aquelas sobre as quais haverá investimento especial de comunalidade. Este é um método muito importante para lidar também com os nossos filhos, pois eles compreendem facilmente que neste processo negocial todos ficam a ganhar com as decisões tomadas em conjunto: “o meu pai não me compra a bicicleta este mês porque isso obriga-o a trabalhar mais e eu quero-o em casa para brincar comigo também”!)

Percebe-se, por isso, que este assunto da satisfação das necessidades é uma das questões mais sérias de um casal. Ela é a génese de todos os problemas, conflitos, desentendimentos de um casal. É na insatisfação das necessidades que os núcleos familiares se desagregam, que a droga entra pela porta, bem como a doença, o abandono da luta pela vida fustiga o gosto de viver, conduzindo por exemplo ao suicídio (passivo ou violento), entre outros problemas. 
Por isso, recapitulemos:
- é importante estar “treinado” para conseguir ler as necessidades do outro.
- é importante perceber que não se conseguirá nunca satisfazer todas as necessidades existentes.

Perante este duplo dilema, precisamos de saber escolher as necessidades que devem receber, da nossa parte, todo o empenho para conseguir satisfazer o outro, bem como perceber as necessidades que estão em causa.
Para o fazer, proponho-te que preenchas agora esta grelha de leitura das necessidades (ver a Figura na página seguinte): identifica primeiro as NECESSIDADES EXPRESSAS (são aquelas que são mais fáceis de identificar); vêm seguidamente as NECESSIDADES SENTIDAS (que nem sempre são expressas, por medo de represálias, por experiências do passado que bloquearam a comunicação sobre um determinado assunto, por exemplo); o terceiro nível de necessidades, são as NECESSIDADES LATENTES . Estas são muito mais difíceis de identificar, e é preciso uma dedicação especial ao outro, ter aprendido a ouvi-lo activamente, a identificar nas suas palavras o que está por detrás delas, para construir aquilo que está latente na relação. 
Vêm depois as NECESSIDADES REAIS . Estas necessidades podem ser identificadas depois da interacção que te proponho em cima: saber como é que se vai negociar a satisfação das necessidades dentro da comunalidade do casal.
Depois de transcreveres para a grelha a seguir apresentada as necessidades identificadas, aperceber-te-ás que existem necessidades que estão presentes em todas as quatro categorias, que caem assim no centro desta matriz, que designamos por necessidades satisfeitas (ou a satisfazer).

Um conflito emerge porque uma necessidade não foi, não é, e prevê-se que não venha a ser satisfeita. Por isso, é necessário actualizar o contexto das necessidades de um casal. Existem, pelo menos, quatro dimensões de necessidades em cada uma das áreas identificadas anteriormente. A satisfação das necessidades é um processo complexo que exige uma sábia gestão da sua identificação. As necessidades expressas são necessidades que são exteriorizadas.


Figura : As necessidades satisfeitas como confluência das necessidades expressas, sentidas, latentes e reais

Interagindo:
Foca as necessidades sexuais e analisa-as de acordo com esta matriz. Seguidamente, tendo em conta as quatro dimensões da saúde familiar, poderão ser desenhadas as necessidades sentidas que nem sempre são expressas. Seguem--se as necessidades latentes, que muitas vezes nem estão consciencializadas. Finalmente, temos as necessidades reais. No cruzamento destas dimensões encontra-se então o grupo de necessidades sexuais a serem satisfeitas. Um diálogo permanente deverá reanalisar este cruzamento para manter a vida sexual saudável. As necessidades que mais problemas podem provocar (expressas) e mais causas de reclamação originam, correspondem apenas parcialmente às necessidades reais. Por outro lado, nem todas as necessidades sentidas são expressas e existem necessidades latentes não directamente perceptíveis pelo casal. Importa encontrar o cruzamento destas quatro áreas e o casal, depois de identificar quais são as necessidades que devem ser satisfeitas, investirá os seus recursos na sua satisfação. S&L




Luís S. Nunes
Sociólogo da Medicina e da Saúde,
Mestre em Saúde Pública

16.10.13

Goji - Fonte da Juventude

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Será que corresponde à publicidade que lhe fazem – e ao alto preço que o seu rótulo indica?
Há quem diga que se trata da fonte da juventude, que acrescenta 20 anos à vida. E depois temos as promessas de que vai lutar contra as células cancerosas e contra as doenças cardiovasculares, fortalecer o nosso sistema imunitário e melhorar a nossa vida amorosa.Trata-se da baga goji, vinda dos Himalaias – e algumas pessoas estão dispostas a pagar altos preços por qualquer coisa que seja feita dela.Infelizmente, publicitários demasiado zelosos levaram às afirmações excessivas – e ao preço excessivo – de alguns produtos preparados com goji. Especialmente em esquemas de vendas em pirâmide, têm sido feitas afirmações inválidas ou exageradas acerca dos benefícios do sumo para a saúde. Mas todos esses excessos não significam que não seja boa para nós. Eis a verdade acerca da baga goji:
shutterstock_131050694.jpgRica em antioxidantesAs bagas goji são apresentadas como um superfruto, devido ao seu teor em antioxidantes. O sumo de goji é muitas vezes misturado com o sumo de noni, romã, amora ou ácer, para produzir uma bebida muito rica em antioxidantes. Os antioxidantes protegem, de facto, as células do corpo contra os ataques dos radicais livres, que poderiam acelerar o cancro e as doenças cardíacas.
Rica em micronutrientesAs bagas de goji secas são uma boa fonte de potássio, cálcio, ferro, selénio e zinco. O teor em vitamina C é comparável ao dos citrinos, morangos e outras bagas. As bagas goji também são uma boa fonte do carotenoide zeaxantina, que ajuda a proteger contra a degeneração macular do olho. Outros carotenoides presentes nas bagas ajudam o sistema imunitário a funcionar corretamente.
Factos rápidos√ Uma planta chinesa produz o fruto comercialmente conhecido como bagas goji.√ Na Ásia, as bagas são ingeridas há gerações, na esperança de promover a longevidade.√ Os praticantes da medicina chinesa usam a baga para tratar problemas de saúde comuns, como hipertensão arterial, inflamação, febre e problemas de visão.
Vale a pena tentar?Embora haja muitas afirmações falsas ou exageradas acerca destas bagas, o sumo de goji é uma bebida refrescante e saudável. É seguro bebê-lo, a menos que esteja a tomar medicamentos para liquefazer o sangue (Warfarin), para a diabetes ou para a hipertensão arterial, caso em que as bagas podem interagir com os medicamentos.
Winston J. Craig
PhD

11.10.13

A DIETA DA VIDA



De acordo com as palavras de Goethe a Fausto, “manter-se jovem é uma arte reservada a poucas pessoas”. Isso talvez fosse válido nos tempos do poeta, entre os séculos XVIII e XIX, quando a expectativa de vida era de 35 anos. Hoje, a afirmação pode não fazer sentido. A engenharia genética está a mostrar que, com um pouco de boa vontade, todos podem viver muito e com boa saúde.
A boa notícia vem da Universidade Americana de Wisconsin, onde investigadores observam mudanças genéticas em cobaias idosas.
Ao relacionar uma técnica sofisticada a um regime de restrição alimentar, os cientistas, liderados por Thomas Prolla e Richard Weindruch, estudaram as modificações da actividade dos genes em dois grupos distintos de cobaias. O primeiro foi submetido a um regime alimentar normal, e o segundo a uma restrição calórica de 25%.
Com a ajuda de um laser, a equipa do Dr. Prolla investigou milhares de ratos e descobriu que só um pequeno número entre eles (menos de 20%) variava com o envelhecimento. Quando submetidos a um regime hipocalórico, os genes sofriam apenas variações mínimas. Concluiu-se, então, que é desses poucos fragmentos que dependem funções essenciais como a produção de energia, reacção ao stresse e reparação de proteínas.

Metabolismo retardado
Mas qual é a relação entre a actividade genética e o regime alimentar? O Dr. Weindruch opina: “A hipótese, considerada antes com desconfiança, é que um regime hipocalórico retarda o metabolismo.” Na prática, as modificações químicas que têm lugar no organismo, precisamente o metabolismo, produzem uma certa quantidade de lixo (os radicais livres) que danificam as proteínas, induzindo certos genes a reparar os danos. No entanto, com o tempo, eles perdem capacidade “profissional”, o que facilita o processo de envelhecimento. Uma vez que o metabolismo afrouxa, o stresse dos genes diminui e eles podem trabalhar durante mais tempo.
Estudos mais profundos deverão mostrar que tais mecanismos se manifestam do mesmo modo nos seres humanos. De igual modo, deverá ser verificada a teoria que considera os factores hereditários como influenciando, em aproximadamente 1/5 dos casos, a expectativa de vida. As mitocôndrias, chamadas pelos cientistas “círculos mágicos”, desempenham um papel-chave no processo do envelhecimento. Contrariamente ao código genético do núcleo da célula, que tem a forma de bastonete com dupla hélice, o ADN das mitocôndrias tem a forma de círculo e é herdado apenas do lado materno, pois o espermatozóide perde--o no momento em que penetra no óvulo.
As mitocôndrias são o centro energético da célula. É nelas que se produzem as reacções da cadeia respiratória. Imersas em citoplasma – o meio da célula que faz lembrar o núcleo – fornecem oxigénio, o combustível necessário para o seu funcionamento.
Guglielmo Scarlato, neurologista da Universidade de Milão, e Giuseppe Atarde, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, estudaram o fenómeno num grupo de homens e mulheres centenários. “No envelhecimento, as mitocôndrias trabalham menos. Elas produzem menos energia em todos os órgãos, dando assim lugar aos fenómenos de oxidação”, afirma Scarlato, e acrescenta: “Um dos nossos objectivos é modificar o metabolismo das mitocôndrias para evitar os danos que se produzem com a idade.”
O aprofundamento da tese pode trazer novas esperanças, principalmente no que diz respeito ao tratamento de doenças neurovegetativas, tais como a Doença de Alzheimer, a Doença de Parkinson e a esclerose lateral aminotrófica.
Nesses casos, é extremamente recomendável adoptar um estilo de vida equilibrado: manter uma actividade profissional o máximo de tempo possível, praticar actividade física regular, não fumar, não tomar bebidas alcoólicas, comer com moderação (especialmente à noite) e consumir frutas e verduras ricos em antioxidantes (vitaminas A, E e betacaroteno).

VertigensSintomas: Sensação de cabeça oca.
Possíveis causas: Hipotensão ortostática (comum depois de certa idade), queda da tensão quando a pessoa está deitada e se levanta, mudança do estado horizontal para o vertical.
O que fazer:
Verifique com o seu médico se determinados medicamentos (diuréticos, anti-hipertensivos, etc.) podem estar a ser os responsáveis pelo problema.
Faça alguns exercícios com as pernas antes de se levantar da cama.
Erga a cabeceira da cama cerca de 10 a 20 graus.
Levante-se devagar.
Eventualmente, use meias elásticas.
Outras causas: Absorção insuficiente de líquidos e tendência à desidratação, arritmia cardíaca (o cérebro é deficientemente irrigado), ansiedade ou depressão.
O que fazer: 
Vigie a absorção de líquidos e tente beber a quantidade suficiente.Faça exames médicos profundos.
Vertigens acompanhadas de perda de líquidos
Possíveis causas: Doença do ouvido interno (afecção vestibular periférica benigna).
O que fazer:
Procure o médico. Siga rigorosamente o tratamento prescrito.
Perda de memória
O que fazer:
Como medida preventiva, treino intelectual. Procure aprender alguma coisa. Leia, exercite uma actividade que exija empenho das faculdades intelectuais.
Como tratamento, siga as prescrições médicas.
Afasia (problemas da fala)
Possíveis causas: Disfunções vasculares (embolia, estreitamento da carótida ou da artéria cerebral média.
O que fazer:
Uma logoterapia (terapia da fala) precoce.
Doença de Parkinson
Sintomas: Esta doença manifesta-se com tremores. Primeiro, os dedos, depois a mão, o braço, etc.. Quando os tremores são generalizados, o corpo torna-se insensível e os movimentos afrouxam. Mas ela faz-se acompanhar de outros sintomas: redução progressiva da escrita, secura da pele, perda de peso, diminuição da voz, obstipação, retenção urinária, queda de tensão ao levantar.
O que fazer:
Tratamento e acompanhamento médico.
Apoplexia
Possíveis causas: Formação de um coágulo, ou seja, depósito de plaquetas num vaso sanguíneo, que impede o afluxo de sangue ao cérebro (trombose).
Ou um coágulo que se desprende do coração ou de um dos grandes vasos que distribuem o sangue para o cérebro. Ao bloquear uma artéria cerebral provoca a embolia. Pode acontecer o rompimento de uma artéria cerebral (hemorragia).
O que fazer:
A prevenção tem um papel muito importante contra a hipertensão, as doenças cardíacas e a diabetes.
Doença de Alzheimer
Sintomas: Trata-se da perda progressiva das faculdades mentais (memória, fala, cálculo, concentração, inteligência, comportamento, etc.) provocada pela destruição das células nervosas.
O que fazer:
Estabeleça um diagnóstico precoce. Organize o apoio e assistência.Controle o stresse, elimine a ira e as frustrações.
Tratamento e acompanhamento médico.
Depressão
Sintomas: É necessário distinguir entre a verdadeira depressão e a sintomatologia depressiva, que se caracteriza por uma tendência a queixumes e uma preocupação exagerada com a saúde. Os sintomas clássicos do estado depressivo grave são: ausência de alegria de viver, perda de confiança própria, angústia (pelo menos duas semanas), perda de interesse pela vida, dificuldade de tomar decisões, pensamentos suicidas. Tudo isso é acompanhado de manifestações físicas, como variação do apetite, perda de peso, perturbações do sono (insónia ou sonolência), comportamento agitado ou atónico, perda de energia.
O que fazer:
Procurar tratamento especializado.

O Segredo dos Centenários
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Nascemos centenários ou tornamo-nos centenários? E os raros felizardos que chegam a soprar 100 velinhas, ou mais, foram programados depois do nascimento ou devem isso ao seu estilo de vida? Apesar da Ciência não ter ainda a resposta definitiva, é muito provável que os dois factores expliquem o fenómeno.
Durante muito tempo, acreditava-se que a Geórgia e a Arménia detinham o recorde da longevidade – mais de 150 anos em certas regiões. O mito desmoronou-se com a descoberta de Jeanne Calment, uma francesa nascida em Arles no dia 21 de Fevereiro de 1875.
Mas qual o segredo de uma vida assim tão longa? É suficiente, como defendem alguns, levantar cedo, trabalhar muito, comer pouco, não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar? Ou, ao contrário, trabalhar o menos possível e divertir-se muito? Investigadores do National Centenarian Awareness Project, experimentaram fazer um perfil das pessoas que passam dos cem anos. Segundo as estatísticas, elas não sofreram choques violentos no decorrer dos seus primeiros 50 anos, trabalharam muito e continuam a trabalhar, mesmo depois dos cem anos. E também continuam a praticar actividade física regular, como caminhadas.
Mas a principal característica é a frugalidade da alimentação, isto é, comem pouco e mantêm um regime baixo em calorias, saudável e equilibrado. Tipicamente comem de tudo um pouco e não têm o hábito de comer muito à noite. Frutas e legumes têm a prioridade na sua alimentação, pois são naturalmente ricos em antioxidantes (vitaminas A, E e betacaroteno). Os antioxidantes naturais previnem o envelhecimento e reduzem a quantidade de radicais livres, responsáveis pela morte das células.
No Centro de Envelhecimento da Universidade de Tufts, de Boston, Estados Unidos, as frutas e legumes foram classificados segundo as suas propriedades antioxidantes. Na categoria das frutas, as melhores variedades são o mirtilo, a amora e o morango, seguidos da laranja, do kiwi, da banana e da cereja. Entre os legumes, couve, cenoura, abóbora, espinafre, brócolos e beterraba. E ainda alho, cebola, batata, arroz e trigo.


missing image fileEnvelheça com sabedoria

> Vacine-se anualmente contra a gripe.
> Verifique a sua tensão arterial pelo menos uma vez por ano, mesmo que ela tenha sido sempre normal.
> Confira o nível de colesterol, de três em três anos até fazer 75 anos.
> Verifique o estado das mamas uma vez por ano, e faça mamografia de três em três anos, até completar 70 anos.
> Faça esfregaço vaginal a cada três anos, até completar 65 anos (mulheres).
> Faça exame de fezes uma vez por ano e colonoscopia de cinco em cinco anos, até completar 70 anos.
> Controle o estado dos dentes, da visão e da audição uma vez por ano.
> Procure um médico para examinar a sua tiróide, uma vez por ano.
> Avalie o risco de queda, uma vez por ano.
> Seja optimista e confiante. Não perca a esperança.

Alberto Carlucci
Nutrição

UMA NOVA RAZÃO PARA NÃO COMER CARNE

Achei que seria útil dar-vos uma série de novas e entusiasmantes razões para que se decidam a ser vegetarianos. Mas o problema é que, hoje, as razões para não comer carne se amontoam e poucas delas são novas ou entusiasmantes. Vejamos, por exemplo, a produção em massa que, em grande parte das vezes, incluem crueldade para com os animais. Eu devia saber. Perto de onde moro, foi fechado um matadouro que tratava os animais de tal forma que nem me aventuro a repetir os detalhes. Tudo o que posso dizer é que acabaram por fazer com que muitas pessoas sejam mais simpáticas para com os animais e não os comam.
Claro que já há algum tempo que todos sabemos que há doenças em animais que podem ser transmitidas a quem os comer. Owens S. Parrett, uma médica vegetariana, conta a história de um amigo cuja mulher foi a um banquete e pediu o prato vegetariano. Ao seu lado, estava sentado um estranho que também pediu o prato vegetariano.
O estranho perguntou-lhe: “Desculpe, é vegetariana?”
missing image file“Sou, sim”, respondeu ela. “O senhor também é?”
“Não. Sou inspector de carnes.”
Isso torna fácil concordar-se com o Dr. John Harvey Kellogg, que disse: “É bom tomar uma refeição sem ter de se preocupar com a doença de que a sua comida possa ter morrido.”
Estudos têm mostrado a ligação entre a alimentação vegetariana e a diminuição do sofrimento de várias doenças. Desde que adoptei uma alimentação quase vegan, só adoeci duas vezes. Em quatro anos. Considerando o facto de eu ter sido a miúda com o constante fungar – e a adulta com sinusite crónica – acho que é um progresso e tanto!
As pessoas costumavam preocupar-se com a falta de proteínas se não comessem carne, mas há montes de atletas olímpicos vegetarianos que provaram que não precisamos de carne para sermos fortes e ter uns músculos impressionantes (isto para o caso de estar a pensar numa carreira olímpica).
Mas deixei a melhor razão para último. Os vegetarianos, de modo geral, descobriram a fonte da juventude. É como se se banhassem nela (se não acredita, veja na edição de Novembro de 2005 da National Geographic, o artigo “The Secrets of Long Life” (Os Segredos de uma Vida Longa).
Até tenho uma experiência pessoal para provar o que digo. Há alguns meses, uma das minhas alunas apresentou-me, desta forma, a um amigo da família: “Esta é a minha amiga.” Enquanto ele me apertava a mão, ela continuou: “O filho dela é meu colega de turma.” O amigo dela deu um passo atrás, um tanto chocado: “O filho dela?! Eu pensei que ela fosse tua colega!”
Nesse caso, o que é que eu estou a dizer? Que se se tornar vegetariano vai parecer três décadas mais novo do que é? Quem sabe? Não lhe fará mal nenhum tentar. Mas, para além disso, terá a satisfação de saber que nada teve de morrer para que se pudesse alimentar (bem, com excepção das plantas, claro...). Pense em todos os animais que ficarão gratos. Também nunca terá de se preocupar com a doença do tofu louco! E já estará um passo à frente se pensar numa carreira olímpica. Quem pode pedir mais de uma mudança alimentar?

Céleste Perrino-Walker
Editora da revista Listen


Repouse ... Pela Sua Saúde



Estamos no início de um novo ano e, como certamente acontece todos os anos, prometemos a nós mesmos que nada vai ser igual, que vamos mudar tudo, que temos novas oportunidades e planos que vamos concretizar.
Fantástico! Realmente essa decisão é talvez a melhor que podemos tomar, para evitar que se repitam os desapontamentos e fracassos do ano que acabou.
No entanto, há um fator que domina a cena da vida diária que quase nunca temos em conta, mas que afeta largamente o que será a nossa vida no ano que se inicia.
Refiro-me ao ritmo acelerado em que nos movemos, à rapidez que nos é exigida a cada passo na realização das nossas obrigações, ao contrarrelógio constante que nos leva a rodopiar entre o trabalho, a casa, os compromissos, o trânsito e uma infinidade de outras coisas que ocupam o nosso horizonte material, emocional e social.
Hoje, vivemos à velocidade da luz, por assim dizer, dependendo de meios cada vez mais rápidos de comunicação, de análise, de pesquisa, de informação.
Atualmente, quase nada se pode fazer sem uma máquina informatizada, sem um iPad, um iPod, um Tablet, um computador portátil, um smartphone, uma internet superveloz, uma calculadora supercientífica, um avião super-rápido, um carro superpotente.
Realmente, vivemos no século da Ciência e da Tecnologia. Mas, no meio disto tudo, onde se insere o Homem? Qual é o seu papel? Onde está a sua identidade, a sua capacidade de escolha, o seu valor como ser vivo e pensante?
No meio do torvelinho em que vivemos, muito se perde da capacidade do Homem para ser humano. O Homem desgasta-se, reduz-se ao seu mínimo emocional, intelectual e social ao ter de enfrentar os desafios que as máquinas e o estilo de vida que criou lhe impõem.
Não admira, portanto, que, hoje, vivamos num período de desorientação, de perda de valores, de esgotamento das energias emocionais e físicas. Não admira que os consultórios dos psicólogos, dos psiquiatras, dos neurologistas, estejam sempre a fervilhar de utentes, mais ou menos destroçados pela veloz máquina do tempo. E ainda admira menos saber que milhões de pessoas procuram nos sedativos e nos tranquilizantes o refúgio, o descanso que restaure as suas energias e a sua vida interior.

SABIA QUE...
O cansaço é uma das queixas mais frequentes nas consultas médicas?
As horas de sono antes da meia-noite são as mais restauradoras?
Os adolescentes necessitam de uma média de nove horas de sono por noite, mas que a maioria não as tem?
As crianças em Portugal passam cerca de 4 horas por dia à frente da televisão (e Internet), roubando assim horas preciosas ao sono?
A maioria das pessoas deitar-se-ia mais cedo se visse menos televisão e utilizasse menos a Internet?

Porquê?
Mas, a que se deve esse cansaço? Não deveríamos sentir-nos bem com as facilidades que hoje temos, graças aos avanços da tecnologia? Podemos sentir-nos bem com as “engenhocas” que temos, mas acabamos por nos tornar escravos delas.
Na verdade, embora muitos dos casos de cansaço e de esgotamento físicos se devam a problemas de saúde (gripes, constipações, etc.), a grande maioria dos casos é fruto da falta de descanso. Parece uma verdade de La Palisse, mas é assim mesmo: hoje não dormimos as horas suficientes, e o nosso sono não tem a qualidade necessária para dar ao nosso organismo a possibilidade de se restaurar.
Infelizmente, todos conhecemos a sensação frustrante de acordar mais cansados do que nos deitámos, ou porque nos deitámos tarde, ou porque não tivemos um sono reparador.
Muitas pessoas começam o seu dia ingerindo “bombas” que obrigam o seu organismo a reagir, quando, na verdade, o que ele pede é repouso. Refiro-me, claro, aos cafés, aos chás fortes, a refrigerantes com cafeína, ou, pior ainda, a medicamentos que vão anular o efeito dos calmantes e sedativos ingeridos na noite anterior.
Mas isto provoca um efeito de ricochete: ao desequilibrar a interação dos nossos sistemas nervosos simpático e para-simpático, cria-se uma maior necessidade de ingerir calmantes e sedativos, o que leva a um aumento da necessidade de ingestão de “coisas” para acordar e ficar ativo, o que provoca um desgaste cada vez maior de energia.
De facto, temos a tendência para esquecer uma verdade universal: o cansaço é cumulativo. Uma hora de sono perdida, para alguém que precise de dormir, digamos, 7 horas por noite, se se repetir nas noites seguintes, ao chegar ao fim de uma semana, contará como uma noite inteira de sono em falta. E isso pode ser desastroso: aumento da irritabilidade e da agressividade, falta de energia, perda da capacidade de concentração, diminuição do rendimento intelectual e laboral, diminuição da criatividade e até redução da capacidade de avaliação.
Não é sem razão que a Direção Nacional de Transportes e Segurança dos Estados Unidos da América calcula que mais de 100 000 acidentes de trânsito que ocorrem anualmente naquele país, dos quais resultam mais de 1500 mortos e 71 000 feridos, são causados por condutores sonolentos e cansados. Embora não haja uma estatística semelhante para o nosso país, é óbvio que o cansaço afeta, e muito, a capacidade de condução e a forma como se reage perante uma situação de perigo ou complicada.
O mesmo se pode dizer do efeito do cansaço em qualquer outra área da vida. Se for levado ao extremo, ou melhor, se não for aliviado e compensado com um repouso restaurador, o cansaço pode degenerar em exaustão, depressão e noutros problemas do foro psiquiátrico e psicológico.

TESTE DO SONO
Tenho dificuldade em adormecer.
a) Frequentemente
b) Algumas vezes
c) Raras vezes
d) Nunca
Durmo as horas suficientes e sinto-me repousado quando acordo de manhã.
a) Frequentemente
b) Algumas vezes
c) Raramente
d) Nunca
Consumo bebidas com cafeína (tais como café, chá preto e refrigerantes).
a) Frequentemente
b) Algumas vezes
c) Raramente
d) Nunca
Deito-me cedo, todas as noites.
a) Frequentemente
b) Algumas vezes
c) Raramente
d) Nunca

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Importância do repouso
O nosso organismo usa o repouso para se restaurar. É durante os períodos de repouso que os tecidos são renovados, a energia recuperada e os resíduos do metabolismo eliminados. Ou seja, é durante o repouso que o nosso corpo faz uma “revisão completa” ao sistema.
Por outro lado, ao fortalecer o sistema imunit ário, o repouso ajuda a combater e a evitar a doença, ao mesmo tempo que melhora a reação aos ferimentos e danos que o corpo tenha sofrido, incluindo os causados pelo stresse e pelos traumas emocionais.
Tem ainda uma fun ção de “rejuvenescedor”, contribuindo, em certa medida, para um aumento da longevidade.
Da í a importância de termos um bom repouso todas as noites, embora nem todos precisemos da mesma quantidade de sono: os bebés precisam de 16 a 20 horas por noite, as crianças de 10 a 12 horas e os adultos variam muito nas suas necessidades de sono, mas andam, geralmente, entre as 7 e as 8 horas de sono por noite.
Mas, como é evidente, dormir não é a única forma de repousar. Na verdade, o repouso deve ser cultivado em várias áreas da vida, para que possa ser benéfico para todo o ser.
Por isso, amigo/a Leitor/a, desfrute dos seus fins de semana, mas n ão se sente horas a fio em frente de uma televisão, de um computador ou de uma consola de jogos. Aproveite algumas horas para desfrutar da Natureza, para passear com os seus filhos, se os tiver, para conviver com os amigos, para ler, para praticar algum desporto ligeiro ou para cuidar do seu jardim.
Fa ça, também, das suas férias um período de descontração e de relaxamento, não um fardo em que tem de carregar e descarregar “toneladas” de malas e de viver num constante corre-corre entre coisas a ver, coisas a fazer, quilómetros a andar.

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Para muitos, o problema não é adormecer – é arranjar tempo para dormir. Uma agenda demasiado preenchida, condimentada com café forte, prolonga-se pelas horas reservadas ao sono.
O seu corpo é o bem mais precioso! Não dormir pode ser uma tentação, mas, a longo prazo, é contraproducente.
Aqui ficam algumas sugestões para desfrutar de um sono melhor:
Deite-se e levante-se sempre à mesma hora.
Evite a cafeína.
Não use bebidas alcoólicas como sedativos. Mais tarde, durante a noite, fazem com que o cérebro fique mais agitado.
Faça exercício de manhã cedo ou ao fim da tarde, mas nunca menos de 2 horas antes de dormir.


Cuidado com os medicamentos para dormir!
Durante o sono normal, o nosso corpo passa por fases de sono mais pesado e sono mais leve. Estas fases são normais e o nosso organismo aproveita-as para se refazer. Por exemplo, durante a fase de sono mais leve têm lugar os sonhos que, aparentemente, proporcionam um escape natural às pressões do dia. Na fase de sono mais pesado, restaura-se o nosso cérebro e são eliminados os radicais livres que se acumularam nos neurónios durante o trabalho intenso do dia. O mesmo acontece com a renovação e substituição das células do nosso corpo.
O sono induzido por medicação, embora possa ser bem-vindo em situações de emergência, e possa parecer compensador, não tem a mesma ação positiva, já que elimina a fase do sono leve.
Por outro lado, os medicamentos que induzem o sono provocam, quase sempre, se tomados continuamente, habituação e dependência, acabando por contribuir para um problema ainda maior do que o anterior.
dormirbem_24644407.jpgO uso de álcool tambémé totalmente desaconselhado. Não só o álcool não promove um sono saudável nem natural como provoca danos irreversíveis ao nível do cérebro, do fígado, do estômago, dos vasos sanguíneos. Isto para não falar dos danos emocionais, sociais e psicológicos que provoca ao bebedor e à sua família.
Portanto, não entre por aí.

COMO POSSO DORMIR MELHOR?
Faça intervalos regulares durante o dia de trabalho. Ande um pouco, beba um copo de água e respire fundo.
Faça, diariamente, 30 a 60 minutos de exercício físico. O exercício relaxa, restaura as energias, ajuda a tratar a depressão e combate a ansiedade.
Tanto quanto possível, mantenha um horário regular para se deitar, para se levantar, para comer e para fazer exercício. O corpo revigora-se com a regularidade na vida.
Faça a refeição da noite ligeira e pelo menos 4 horas antes de se deitar. Um estômago vazio e em descanso promove um sono de qualidade.
Se puder, tome um banho de imersão antes de se deitar. É uma técnica de relaxamento eficaz.
Valorize as coisas boas. Encha a sua mente de gratidão e pratique o bem. Uma consciência tranquila e uma mente cheia de gratidão são como almofadas que promovem um sono tranquilo.

Prezado amigo/a Leitor/a, ao iniciar este ano, aqui fica o nosso desafio: Procure organizar o seu tempo de modo a ter momentos de repouso de qualidade, momentos em que o seu corpo e o seu espírito possam realmente ser restaurados. Não encha a sua vida com demasiadas coisas, para não ter de correr entre todas elas.
Sobretudo, não faça da televisão e da Internet o seu descanso. Além de viciantes, esses meios de comunicação cansam o seu cérebro, esgotam as suas energias e acabam por fazer com que durma mais tarde, menos horas e com um sono de qualidade inferior.
Se se sente cansado de estar cansado, então agora é o momento de fazer planos para ter os momentos de refrigério e de repouso de que o seu corpo necessita.
E tenha um bom e feliz ano novo!

Manuel Ferro
Redação Saúde & Lar