18.8.13

Activar o CÉREBRO

Hoje, as pessoas preocupam-se muito em melhorar a sua qualidade de vida para enfrentar, com maior possibilidade de sucesso, as diferentes situações que surgem com frequência no dia-a-dia. Para isso, não é suficiente desenvolver apenas o potencial físico, preparando o corpo por meio de ginástica, exercícios e actividade aeróbica. Numa visão integral do ser humano, também é necessário desenvolver o potencial interno.
missing image fileEle é especial
Responsável pela inteligência e pelos sucessos ou insucessos pessoais e profissionais, o cérebro é a estrutura mais complexa e o mais desafiante instrumento do corpo. Tão grande é a sua importância, que é o único órgão do corpo com uma embalagem rígida para a sua protecção, o crânio.
O cérebro cuida não só da manutenção da vida como também das emoções, da capacidade de raciocinar mais claramente, da facilidade maior ou menor de encontrar soluções para as diversas situações enfrentadas. É responsável pela criatividade, inteligência e aprendizagem.
O cérebro é o único órgão com possibilidade de melhorar o próprio desempenho quanto mais for utilizado. Um cérebro constantemente exigido, treinado, utilizado e desafiado terá um desempenho cada vez melhor, independentemente da idade da pessoa.
Órgão do pensamento e da coordenação neural, ele funciona por meio dos estímulos que recebe e interpreta todos os órgãos sensoriais: audição, visão, olfacto, tacto e paladar. Esses estímulos estão a fornecer, constantemente, informações captadas do ambiente. Tais informações são recebidas, transformadas em descargas eléctricas e transmitidas de neurónio para neurónio através dos dendritos e sinapses (ligações cerebrais entre neurónios) para as diversas memórias que compõem o cérebro. Aí, ficam arquivadas aguardando o momento de serem usadas.
Mas não é suficiente ter as informações arquivadas nas memórias cerebrais. A medida da inteligência é dada, principalmente, pela rapidez e presteza com que as informações são resgatadas no arquivo cerebral. Elas são cruzadas com informações que vêm de outros arquivos e colocadas à disposição da pessoa para as decisões necessárias.

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Necessidade de exercício
Para que todo esse trabalho de resgate e cruzamento de informações aconteça com eficácia e rapidez, é preciso que o cérebro esteja com os seus caminhos de informações ou sinapses devidamente desimpedidos, activos, em forma e prontos para utilização. Só assim as informações arquivadas serão resgatadas no momento certo, no tempo necessário, e circularão com rapidez, auxiliando nas decisões.
Daí a necessidade de o cérebro ser constantemente exercitado para abrir os caminhos e aumentar as ligações. Isso pode ser feito através de exercícios e movimentos coordenados do corpo que, executados de maneira apropriada, entram e estimulam partes específicas do órgão, anteriormente pouco utilizadas e desconectadas do conjunto cerebral.
Como o cérebro é dividido em duas partes, hemisférios direito e esquerdo, que são responsáveis por actividades e controlos diferentes no corpo, é necessário activar e estimular esses hemisférios para que trabalhem simultânea e integralmente, oferecendo a possibilidade da sua utilização de maneira total.
Essa é a base da ginástica cerebral desenvolvida por uma equipa de cientistas da Universidade da Califórnia, coordenada por um médico indiano radicado nos Estados Unidos, chamado Paul Denisson. As vantagens da ginástica cerebral são evidentes.
Com o cérebro exercitado, vive-se mais e melhor, evitando ou diminuindo os efeitos de alguns problemas característicos da velhice, como perda de memória e senilidade, despertando a criatividade e aumentando a capacidade de aprendizagem de raciocínio e de memória.


Saindo da rotina
Exercícios físicos, palavras cruzadas, quebra-cabeças, andar para trás e tomar banho no escuro podem ser estimulantes para o cérebro, dizem os especialistas na área. Segundo médicos, esse tipo de actividade é importante para manter o cérebro activo.
missing image fileDe acordo com a geriatra Fátima Fernandes Christo, na terceira idade podem aparecer doenças como a doença de Alzheimer, que interferem na memória, mas são a excepção e não a normalidade. Essa informação já foi confirmada pela revisão de 40 anos de estudos feitos na Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
Uma pesquisa, que avaliou homens e mulheres com mais de 65 anos de idade, concluiu que aqueles que se exercitam entre 15 e 30 minutos, pelo menos três vezes por semana, reduzem os riscos de sofrer de doença de Alzheimer.
A mudança da rotina é um factor importante para o desenvolvimento da capacidade mental. Mas apenas substituir uma acção por outra não quer dizer que o cérebro faça novas conexões. Por exemplo, quando se escreve um texto usando uma caneta, algumas áreas do cérebro são activadas. Se escrever o mesmo texto, mas com lápis, a diferença será pequena, mas escrever com a mão esquerda ou com um teclado leva o cérebro a criar novas conexões e a desenvolver-se.
Tente gozar férias em lugares desconhecidos, aprender um novo idioma, comunicar através de língua gestual ou praticar um hobby. Sair da rotina, viajar, ler, estudar, usar o relógio no braço trocado, aprender alguma arte. Qualquer situação nova, fora da rotina, que traga prazer, pode servir como estimulante.

Cinco coisas que preservam o poder do cérebro
• Habitue-se a ler pelo menos 20 páginas de um livro por dia.
• Faça palavras cruzadas ou algum outro passatempo que exija algum esforço mental.
• Aprenda a tocar um instrumento musical.
• Faça exercícios físicos pelo menos quatro vezes por semana.
• Caminhe ao ar livre. Assim, levará o seu cérebro a passear.
Cinco coisas que prejudicam o cérebro
• Inactividade física.
• Inactividade mental.
• Passar longas horas diariamente em frente da televisão.
• Assistir a novelas e outros programas de baixa qualidade na televisão.
• Drogas de qualquer tipo, incluindo cafeína, tabaco e álcool.
“O ser humano é capaz de manter a actividade das células cerebrais durante toda a vida, conservar bom raciocínio mesmo na velhice”, informa Fátima Christo. Há diversos casos de pessoas com 90, 100 anos, que continuam a ter bom raciocínio e a lembrarem-se das coisas. Exercícios de raciocínio não são o único factor importante para o bem-estar do cérebro. É necessário também que a pessoa se sinta sempre útil, caso contrário, pode ficar deprimida. E quando há doença, mesmo com estímulo, o cérebro não responde.

Neusa Pinheiro
Jornalista

13.8.13

O Relógio Parou

Quando o ciclo menstrual atrasa, as mulheres, normalmente, assustam-se, achando que estão grávidas ou que há algo de errado com a sua saúde. Mas nem sempre há razão para o medo. Segundo o ginecologista Amarildo Ramalho, “é normal ter até três ciclos menstruais irregulares por ano. Isso não é doença”. O problema começa quando há ausência regular da menstruação durante mais de três meses seguidos. Esse transtorno é chamado amenorreia. Nesse caso, o motivo pode ser desde uma gravidez até outros problemas, como stresse, menopausa precoce, desvios hormonais, disfunções ováricas – como a síndrome de ovários policísticos – e distúrbios da hipófise (glândula cerebral responsável pela prolactina, substância produtora do leite materno). Deve ressaltar-se que essa falha no ciclo menstrual não é uma doença em si, mas sim o sintoma de que algo está errado no organismo, e deve ser descoberto e tratado.
In Vida & Saúde

10 Hábitos Saudáveis... Para Ajudar a Viver Até aos 100!
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O factor mais importante que determina como podemos envelhecer com saúde, não são tanto os nossos genes mas o nosso estilo de vida. Não acredita? 
Num estudo publicado no British Medical Journal, que englobou 20 000 britânicos, conclui-se que podemos cortar o nosso risco de AVC para metade, fazendo estas três coisas: praticar exercício físico 30 minutos por dia, comer 5 porções diárias de fruta e vegetais, e evitar o tabaco e o álcool. 
Mas se estas atitudes são óbvias para quem quer envelhecer bem, os investigadores concluíram que os centenários tendem a ter em comum certos traços na forma como comem, como se movem e como lidam com o stresse – atitudes que podemos copiar se quisermos melhorar a forma como envelhecemos. 
Então, vejamos: 
1. Não se reforme! “A evidência mostra que em sociedades onde as pessoas param de trabalhar abruptamente, a incidência da obesidade e de doenças crónicas dispara após a reforma”, afirma o Dr. Luigi Ferrucci, especialista em envelhecimento. Mas na região de Chianti, na Itália, que tem uma alta percentagem de centenários, as pessoas, depois de deixarem o trabalho da sua vida, gastam a maior parte dos seus dias trabalhando nas suas pequenas fazendas, cultivando as suas uvas e os seus vegetais. 
2. Lave cuidadosamente os dentes todos os dias. Isso pode manter as suas artérias muito saudáveis. A lavagem cuidadosa dos dentes reduz as bactérias causadoras de doenças da gengiva e que, entrando na corrente sanguínea, produzem inflamação nas artérias e são um factor acrescido de doenças cardíacas. 
3. Mexa-se! Segundo o Professor Jay Olshansky, autoridade americana na área do envelhecimento, “o exercício é a única real fonte de juventude que existe”. Muitos estudos documentam a capacidade do exercício físico para melhorar o humor e a acuidade mental, o equilíbrio, a massa muscular e a resistência dos ossos. 
4. Coma um pequeno-almoço com cereais ricos em fibra. Ajuda as pessoas mais velhas a manterem todo o dia níveis estáveis de açúcar no sangue, com menos probabilidades de terem diabetes, conhecido acelerador do envelhecimento. 
5. Durma pelo menos seis horas. Dormir é uma das mais importantes funções do organismo para regular e curar as células. 
6. Consuma alimentos completos, não suplementos. Existem fortes evidências de que as pessoas que têm altos níveis sanguíneos de certos nutrientes, obtidos a partir da alimentação – selenium, betacaroteno, vitaminas C e E – envelhecem muito melhor e têm um nível mais baixo de declínio cognitivo. Infelizmente, não há nenhuma evidência de que a ingestão de suplementos com estes nutrientes possa produzir o mesmo efeito antienvelhecimento. 
7. Procure ser menos stressado. Há estudos que dizem que os centenários são menos propícios a interiorizar e a persistir nas suas preocupações. 
8. Viva como os Adventistas do Sétimo Dia. Os americanos que se identificam como Adventistas do Sétimo Dia têm uma expectativa média de vida de 89 anos, cerca de uma década mais do que o americano médio. Um dos princípios básicos desta denominação religiosa é que é importante cuidar do nosso corpo que nos é emprestado por Deus, o que significa não fumar, não ingerir bebidas alcoólicas, nem exagerar nos doces. Os adventistas praticantes advogam uma dieta vegetariana baseada em frutos, vegetais, leguminosas e oleaginosas, acompanhada de uma prática abundante de exercício físico. Também dão uma grande importância aos sãos relacionamentos familiares e comunitários.
9. Seja uma criatura de hábitos. Segundo o Prof. Olshansky, os centenários tendem a viver vidas muito rotineiras, comendo a mesma dieta e tendo os mesmos hábitos durante toda a vida. Deitar e levantar sempre às mesmas horas é outro hábito imprescindível para manter o equilíbrio do corpo ao longo dos anos, que é fundamental para manter as defesas activas contra as infecções. 
10. Tenha bons relacionamentos. Ter contactos regulares com os seus entes queridos e com os amigos ajuda a evitar a depressão, que pode levar a uma morte prematura (como o caso dos viúvos e viúvas idosos). Alguns psicólogos dizem mesmo que um dos maiores benefícios que as pessoas idosas obtêm do exercício físico é o poderem caminhar com um colega ou participarem numa aula de exercício físico colectivo. 

* U.S. News/ S&L

Os 7 mandamentos das férias

Chegaram as férias escolares! As praias enchem--se de veraneantes, o trânsito para o trabalho diminui pela manhã e ao fim da tarde.
No final deste ano lectivo, ofereci a cada um dos meus alunos uma lista dos sete mandamentos a observar nas férias do Verão. Os mandamentos não estão dispostos de acordo com nenhuma ordem especial. Decidi dar-vos a mesma lista e desejar que se divirtam muito nesta época do ano.
1. Cuida do teu corpo
Está calor, mas não abuses dos gelados nem dos refrescos. Alimenta-te de forma equilibrada e faz exercício físico regularmente.

2. Tem cuidado com o Sol
O Sol traz alegria, mas também te pode dar dores de cabeça – literalmente! Usa sempre chapéu para protegeres a cabeça, não te esqueças do protector solar, protege os olhos com uns óculos escuros e bebe muita água. Evita ficar ao Sol nas horas de maior calor.
3. Acorda cedo
As férias são demasiado boas para as passares a dormir. Acorda cedo para teres tempo para aproveitar o dia. Ao mesmo tempo, manténs o teu horário de sono normal, e não estranharás quando regressares à escola. Mas não te deites tarde, ou então hás-de sentir cansaço durante todo o dia.
4. Sai para brincar e/ou passear
Não abuses da consola de jogos ou da televisão. Sai de casa e apanha os raios de Sol que te ajudarão a crescer mais saudável.
5. Passa tempo com a família e os amigos
Que tipo de prazer haverá nas férias se não estiveres com aqueles de quem mais gostas e que mais gostam de ti? 
6. Vai para fora
Inscreve-te num acampamento de Verão ou passa uma semana ou duas em casa de uns tios afastados. Aproveita e conhece amigos novos.
7. Não deixes de aprender
Reserva algum tempo para fazeres exercícios escolares que evitem que te esqueças do que aprendeste durante o ano. Aproveita e visita museus e exposições, ou outros locais onde possas aprender coisas novas.

Luís Miguel Santos

8.8.13

COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES de APNEIA DO SONO

Está estimado que a apneia do sono afecte entre 2-4% da população portuguesa, ou seja cerca de 400 mil portugueses.
Geralmente é desconhecida da maior parte da população e mesmo por vezes subavaliada pela classe médica. É um problema que afecta principalmente os indivíduos obesos com mais de 35 anos, principalmente do sexo masculino, sendo muito frequente nos indivíduos com roncopatia (que ressonam muito). Acontece predominantemente nos sedentários e fumadores.

O que é a apneia do Sono?
A apneia do sono, também conhecida como síndroma da apneia obstrutiva do sono (SAOS), é um distúrbio que ocorre durante o sono, em que há pausas respiratórias muitas vezes sem que o indivíduo se aperceba, e que poderão ser notadas pelo companheiro/a. Este nota que ele pára intermitentemente de respirar, faz pausas mais ou menos longas.
Isto geralmente ocorre porque há um colapso repetido das vias aéreas superiores, da via aérea faríngea. O doente não consegue respirar porque o ar não passa, e apesar de fazer um grande esforço muscular, não consegue ventilar, pelo que entra em apneia ou hipopneia. A apneia pode não ser completa, não existindo uma obstrução total, mas apenas parcial ao fluxo aéreo. Nas apneias completas geralmente é necessário um despertar, que pode ser total ou não, consciente ou não, para restabelecer a permeabilidade da via aérea e reassumir a ventilação.
Estes indivíduos têm, assim, uma interrupção repetida do seu sono durante a noite, vivendo em permanente carência de sono, pelo que andam sempre sonolentos, acordam cansados, e adormecem frequentemente durante o dia assim que param um pouco. Esta sonolência diurna pode levar até ao adormecimento em situações críticas, como em condução ou a trabalhar com equipamentos perigosos.
A gravidade da situação depende do número de apneias e hipopneias por hora de sono e da sua duração, porque podem ser mais ou menos prolongadas.

A influência da SAOS
As horas de sono são absolutamente necessárias para o bom funcionamento do nosso corpo. Há uma necessidade absoluta de todos os nossos órgãos “dormirem”, “hibernarem”, baixarem a níveis mínimos de funcionamento, para no dia seguinte estarem revigorados e aptos para serem levados a níveis máximos se for preciso.
Quando existem apneias, a ventilação diminue, pelo que diminuem os níveis de oxigénio no sangue, os órgãos são mal oxigenados e entram em hipóxia.
Estas hipóxias repetidas impedem que os órgãos funcionem a níveis mínimos durante o sono.
As complicações mais descritas da SAOS são a hipertensão arterial e as doenças cardiovasculares.
A pressão arterial cai normalmente durante o sono, pelo que a tensão arterial é acentuadamente menor de noite que durante o período de vigília.
Os estudos realizados em doentes com SAOS, vieram demonstrar que a pressão aumenta em cada evento obstrutivo, havendo múltiplos picos de pressão arterial ao longo das diversas apneias. O tónus simpático nestes doentes também está aumentado.
Os indivíduos com SAOS têm frequentemente hipertensão arterial, que pode ser de difícil controlo. A SAOS é, por vezes, a única causa do difícil controlo da mesma com a medicação. A pressão arterial média nocturna está mais elevada nestes indivíduos, e pode estar mesmo invertida, ser mais alta de noite do que de dia – é o chamado padrão “não-dipper”.
Os padrões “não-dipper” estão associados a problemas cardiovasculares, por vezes graves, como uma maior prevalência de enfarte do miocárdio e de acidente vascular cerebral (AVC).
Sabe-se que existe uma forte associação entre AVC e SAOS, havendo uma clara relação entre a gravidade do síndroma de apneia e o AVC. Os AVC são cerca de 60% mais prevalentes nos doentes com índices de apneia mais graves, em relação aos com índices mais ligeiros. Depois desencadeia-se um ciclo vicioso nestes doentes, porque o próprio AVC diminue o tónus da musculatura faríngea e o controlo ventilatório e é factor desencadeante de apneias nocturnas.
Também a SAOS tem uma forte relação com a doença cardíaca. Os efeitos agudos da apneia do sono, a hipóxia, a hiperpneia compensadora, a activação simpática, levam a isquémia do miocárdio (o músculo cardíaco). Por outro lado, nos doentes que já têm doença aterosclerótica das coronárias, a isquemia pode ter consequências mais graves e desencadear um enfarte do miocárdio.

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O tratamento dos casos graves faz-se à custa do uso, durante a noite, de um aparelho respiratório, uma máscara nasal que ventila o doente atravésde pressão positiva permanente, que contaria o colapso das vias respiratórias.

Estudos diversos vieram realmente demonstrar uma elevada prevalência de SAOS em doentes sobreviventes de enfarte do miocárdio, sendo que a gravidade das apneias tem uma relação com o prognóstico nestes doentes, sendo a mortalidade muito mais elevada no grupo com índice de apneias mais grave.
Por outro lado, os indivíduos com SAOS têm frequentemente síndroma metabólica, com obesidade, hipertensão arterial, dislipidémia, hiperglicémia ou diabetes, alterações da coagulação. Tudo isto também contribue para uma taxa elevada de doença coronária e isquemia do miocárdio nestes indivíduos.
Também a SAOS tem uma forte relação com a presença de arritmias cardíacas nocturnas, podendo estas ser mesmo muito graves, e levar à morte súbita.
Todos estes aspectos nos fazem pensar na gravidade que pode representar a síndroma da apneia obstrutiva do sono e na necessidade de a prevenir.

Factores de risco
Como já foi referido, esta patologia predomina nos indivíduos obesos, sedentários e fumadores, principalmente nos homens com estas características.
A obesidade leva a alterações da anatomia da via aérea superior e da função dos músculos faríngeos, sendo claramente um factor de risco de SAOS.
A roncopatia é a fase inicial da doença, e muitas vezes coexiste com ela.
Os indivíduos obesos que ressonam muito têm claramente um risco acrescido de SAOS e os seus companheiros devem estar alertados para identificar o problema, principalmente se eles têm as queixas que foram referidas de cansaço permanente e sonolência diurna.
Alguns estudos vieram demonstrar que 50% dos homens com obesidade mórbida (com índice de massa corporal médio de 45Kg/m2) têm em média mais de 30 episódios de apneia e hipopneia durante o sono.
O perímetro do pescoço e a relação cintura-anca foram identificados como os melhores predictores de apneia do sono.
O facto de haver uma autêntica epidemia de obesidade, faz temer que o problema da apneia do sono venha a agravar-se no futuro.
A perda de 10% do peso corporal, diminue o número de apneias nestes doentes em cerca de 20-25% e diminue significativamente o risco cardiovascular.
Todos os nossos esforços devem assim ser centrados na redução do peso, através de uma dieta equilibrada, e do aumento do exercício físico diário.

Para além do peso...
O tratamento dos casos graves faz-se à custa do uso, durante a noite, de um aparelho respiratório, uma máscara nasal que ventila o doente através de pressão positiva permanente, que contaria o colapso das vias respiratórias, é o CPAP. Os benefícios do uso destes aparelhos são notórios quer em termos de redução dos sintomas, quer em relação aos parâmetros de oxigenação sanguíneos, quer em relação ao prognóstico.
O inconveniente deste equipamento é para o companheiro/a, uma vez que o aparelho é muito barulhento, não compensa o deixar de ressonar, e obriga frequentemente o companheiro a mudar de quarto para conseguir dormir.
O tabagismo também tem uma relação forte com a prevalência de SAOS.
A cessação tabágica diminue de forma drástica o número de apneias nestes doentes.
O custo do tabaco é enorme na Sociedade, e também na sociedade portuguesa, estimando-se que seja responsável por 11% das mortes. O tabaco está associado a bronquite crónica, enfisema pulmonar, cancro do pulmão, doença cardíaca, enfarte do miocárdio, AVC, doença vascular periférica, e também à síndroma da apneia do sono.
O parar de fumar é, assim, fundamental também para estes indivíduos, pelo que devem ser incentivados a deixar de fumar e ser encaminhados para os diversos programas de cessação tabágica.
Mais importante que curar a patologia, é evitá--la, não fumando, mantendo um peso dentro da normalidade, praticando exercício físico, fazendo uma alimentação equilibrada e pobre em gorduras e calorias.
Todos nós temos o dever de olhar para nós próprios, para o nosso corpo, de estar bem com ele, de identificar os erros que estamos a cometer e de os corrigir a tempo.

Bibliografia
1 – Patel, S.R. and Fogel, R.B. Síndroma da Apneia Obstrutiva do Sono. Em Obesidade e Doença Cardiovascular. Euromédice, Edições Médicas L.da, 2006
2 – Harman EM, Wynne JW , Bloc k AJ. The effect of weight loss on sleep disordered breathing and oxygen desaturation in morbidly obese men. Chest 1982; 82(3): 291-294.
3 – Olson LG, et al. A community study of snoring and sleep-disordered breathing symptoms. Am J Resp Crit Care Med 1995; 152(2):707-710.
4 – Logan AG et al. High prevalence of unrecognized sleep apnoea in drug resistant hypertension. J Hypertens 2001; 19(12): 2271-2277.
5 – Peker Y et al. An independent association between obstructive sleep apnoea and coronary artery disease. Eur Resp J 1999; 14(1) 179-184.
6 – Dyken ME et al. investigating the relationship between stroke and obstructive sleep apnoea. Stroke 1996; 27(3): 401-407.
7 – Resnick HE et al. Diabetes and sleep disturbances: findings from the Sleep Heart Health Study. Diabetes care 2003; 26(3):702-709.

Madalena Carvalho
Cardiologista

3.8.13

GOTAa prevenção é melhor do que a CURA

 A gota é uma artrite comum causada por um aumento do ácido úrico no sangue, levando ao depósito de cristais nas articulações afectadas, maioritariamente no dedo polegar do pé. Os sintomas são dor lancinante aguda, extrema sensibilidade, vermelhidão, calor e inchaço. A vítima pode, até, ficar muito doente e com febre alta e calafrios. Ataques repetidos levam, geralmente, à erosão da cartilagem e do osso nas articulações. Além disso, se os níveis de ácido úrico na urina continuarem altos, poder-se-ão formar cálculos renais.
Embora qualquer pessoa esteja sujeita a desenvolver gota, ela tem sido chamada a doença dos homens ricos, uma vez que está associada a demasiada comida e álcool, e é muito mais comum nos homens do que nas mulheres. O ácido úrico é um sub-produto de alguns alimentos, por isso a obesidade e a alimentação imprópria aumentam o risco de gota. A maior parte das pessoas produzem demasiado ácido úrico, mas algumas não o eliminam convenientemente.
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A prevenção é melhor do que a cura
• Retire a carne vermelha da sua alimentação. É muito rica em purinas, que são metabolizadas no organismo e formam o ácido úrico. As aves e o peixe também contêm uma quantidade considerável de purinas.
• Tenha o cuidado de não ingerir demasiada couve-flor, amendoins, cogumelos, ovos, lentilhas, ervilhas e feijão, pois, em grandes quantidades, aumentam a produção de ácido úrico. A alimentação com níveis relativamente baixos em proteínas é benéfica.
• Elimine as bebidas alcoólicas. Elas aumentam a produção e reduzem a eliminação do ácido úrico. Os ataques agudos de gota são, muitas vezes, precipitados por uma ingestão excessiva.
• Não coma alimentos fritos ou com gordura que foi aquecida. Isso baixa os níveis de vitamina E, levando a um aumento da precipitação do ácido úrico.
• Beba muita água para aumentar a excreção do ácido úrico. É bom acrescentar à água um pouco de sumo de limão pois ajuda no processo.
• Certifique-se se algum medicamento que está a tomar é o responsável pelos níveis elevados de ácido úrico.
• Evite cafeína e alimentos com elevado teor de gordura, como bolos e folhados.
• Se estiver com excesso de peso, um programa de perda de peso, bem planeado, ajudará a baixar os níveis de ácido úrico.
• Aumente, na sua alimentação, a quantidade de aipo, morangos, cerejas, abacate e feijão-verde, pois ajudam a excretar o ácido úrico.
• Há várias tisanas que podem controlar os níveis de ácido úrico, na sua maioria por aumentarem a eliminação; as urtigas, o zimbro, os pés de cereja, o freixo, a folha de oliveira, a bardana, o alcaçuz e o harpago são alguns exemplos.

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Quando a gota ataca
As terapias médicas dependem, normalmente, de medicamentos anti-inflamatórios, mas estes têm, muitas vezes, efeitos secundários muito desagradáveis e, até, graves. Muitas pessoas não toleram este tratamento e, para outras, é contra-indicado devido a outros problemas de saúde co-existentes.
• Dê um banho de contraste à parte afectada, com 3 minutos de água quente e 1 minuto de água fria. Repita pelo menos 3 vezes, para melhorar a circulação e diminuir a inflamação e a dor. Para maximizar o efeito, este tratamento pode ser aplicado várias vezes durante o dia.
• Em seguida, aplique, na parte afectada, uma cataplasma de carvão activado ou de argila, para aumentar a excreção de ácido úrico.
• Coma apenas fruta fresca e vegetais durante alguns dias, incluindo os indicados acima.
• Beba entre um litro e meio a dois litros de água por dia, com sumo de limão.
• Aplique óleo de pimenta de Caiena (disponível em farmácias) para ajudar a aliviar a dor.
• O harpago não só ajuda a eliminar o ácido úrico, como também tem efeito anti-inflamatório, sem, contudo, causar a irritação gastrointestinal que os medicamentos anti-inflamatórios causam. É melhor tomá-lo em forma de cápsulas.
• A bromelaína (do ananás), a ulmeira, a uncaria (unha de gato), e o açafrão também possuem acção anti-inflamatória, mas requerem doses razoavelmente grandes para ajudar a aliviar a dor e inflamação da gota. Combinar dois ou mais agentes será benéfico.
Qualquer pessoa que tenha experimentado a dor de um ataque agudo de gota não hesitará em concordar que vale a pena fazer todos os possíveis para evitar essa forma de artrite. Mesmo no caso de sofrer de gota, muito pode ser feito para melhorar rapidamente a situação e minimizar a dor e o sofrimento.&

Marianne Ferreira

Médica

30.7.13

EXERCÍCIOS PARA O FORTALECIMENTO DA PARTE SUPERIOR DA COXA


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1) Posição inicial: tronco erecto de frente para a parede. Apoie as duas mãos na parede. Estenda a perna direita para trás, e mantenha a perna esquerda flexionada.
Na execução do exercício, a perna direita deverá flexionar encostando o joelho ao chão. Quatro tempos para se ajoelhar e 4 tempos para voltar à posição inicial. Repita 3 vezes cada perna


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2) Posição inicial: tronco erecto de frente para a parede. Apoie as duas mãos na parede. Mantenha as pernas unidas.
Cruze a perna direita atrás da esquerda, estendida e recta. Deslize para trás o máximo que conseguir. A perna esquerda deverá flexionar até ao seu limite.
Na execução do exercício, conte até 4 tempos para descer o máximo que conseguir e 4 tempos para subir.
Repita 3 vezes cada perna.


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3) Posição inicial: tronco erecto de frente para a parede. Apoie as duas mãos na parede, mantenha as pernas unidas ligeiramente afastadas e os pés para frente em direcção à parede.
Na execução do exercício, flexione as duas pernas ao mesmo tempo o máximo que conseguir, mantendo o tronco recto e os calcanhares no chão.
Conte 4 tempos para descer e 4 tempos para subir.
Repita o exercício 4 vezes.


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4) Posição inicial: tronco erecto de frente para a parede. Apoie as duas mãos na parede, mantenha as pernas unidas ligeiramente afastadas, desta vez com os pés voltados para fora.
Na execução do exercício, flexione as duas pernas ao mesmo tempo o máximo que conseguir, mantendo o tronco recto e os calcanhares no chão.
Conte 4 tempos para descer e 4 tempos para subir. Repita o exercício 4 vezes.



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5) Posição inicial: tronco erecto de frente para a parede. Apoie as duas mãos na parede, mantenha as pernas unidas ligeiramente afastadas, os pés voltados para fora, a perna direita estendida para olado direito e a perna esquerda semiflexionada.
Na execução do exercício, eleve a perna direita a 90 graus e desça-a. A perna esquerda deverá permanecer flexionada. 4 tempos para elevar a perna e 4 tempos para descer a perna à posição inicial.
Repita o exercício 4 vezes com cada perna.


Marta Botelho

Professora de Educação Física
Colaboradora da S&L

29.7.13

TRATAMENTOS NATURAIS


 
As articulações são as “dobradiças” do corpo! É importante que estejam saudáveis, fortes e bem lubrificadas. Tal como os ligamentos e músculos, as articulações desgastam-se com o uso e estão sujeitas a certas doenças. Necessitam, pois, de ser constantemente reparadas.

O que é a Artrose ou a Artrite?
“Artrose” é um termo geral, usado vulgarmente para descrever doenças das articulações.
A palavra “Artrite” quer dizer apenas “inflamação da articulação”. O desgaste acelerado, as doenças do foro imunológico e as infecções são as causas mais comuns de inflamação das articulações.

Como é que uma articulação dá sinais de estar danificada?
Começa a doer e pode mesmo tornar-se menos flexível. Pode também inchar e tornar-se avermelhada. Estes sintomas são comuns à maioria dos tipos de artrite.
Por vezes, perda de flexibilidade é mais comum pela manhã, melhorando ao longo do dia.

Quais são os tipos de artrite mais frequentes?
Osteoartrite - Osteoartrose
Este é o tipo mais comum de artrite, conhecido também como osteoartrose. É provocado por um desgaste excessivo da cartilagem, enfraquecimento dos ligamentos e inflamação dos tecidos moles. As articulações mais afectadas são:
- as que suportam mais peso, tais como as da coluna vertebral, joelhos e ancas. Compreende-se assim por que razão o excesso de peso aumenta o risco de osteoartrite nestas articulaçãoes. Assim como as pontes têm um limite de peso, as articulações também têm um limite para o peso que podem suportar,
- as que estão sujeitas a uso excessivo e repetitivo, tal como acontece em certos tipos de desporto,
- e as articulações danificadas como resultado de acidentes, fracturas etc.

Artrite reumatóide
Este tipo de artrite é muito diferente. Não é provocado por desgaste, nem por uso repetitivo. É o resultado de uma doença auto-imune. O sistema imunitário, que defende o corpo de infecções, toxinas, cancro e muitos outros ataques, ataca as células do próprio corpo, incluíndo as das articulações, confundindo-as com invasores.
Ataques agudos tendem a reaparecer, destruindo frequentemente as cartilagens e os tendões. Isto pode levar a rigidez e deformação, principalmente nos pulsos e articulações dos dedos. Esta doença pode também afectar outros órgãos tais como os olhos e o coração.
Muitas pessoas com artrite reumatóide conseguem sentir menos rigidez e dor, ao adoptarem uma alimentação rica em alimentos vegetais, tais como frutas, cereais e verduras. Por outro lado, alimentos como a carne, peixe e outros produtos de origem animal, podem agravar os sintomas desta doença. Os melhores resultados, a longo prazo, verificam-se em pessoas que estão dispostas a adoptar um regime alimentar isento de qualquer produto animal.

Gota
Esta doença é caracterizada por inflamação das articulações, mais comum no dedo grande do pé, causada por pequenos cristais de ácido úrico, em excesso no sangue.
Desde a antiguidade, a gota tem sido associada com o estilo de vida das classes abastadas. Hoje sabemos porquê. Esta doença está frequentemente associada a certos hábitos de vida, nomeadamente, ao consumo de carne, peixe, queijos e outros alimentos ricos em ácido úrico. As bebidas alcoólicas e a falta de actividade física também contribuem para a gota. Ainda se podem ver, nos livros de história antiga, fotografias de reis com um pé repousando sobre um banquinho, protegendo aquele doloroso dedo.
Naqueles dias, os nobres afectados por esta doença eram, frequentemente, enviados a viver e trabalhar com os camponeses. A alimentação simples e a vida activa trazia bons resultados! Hoje, para além dos medicamentos, muitas pessoas encontram alívio para a gota adoptando uma alimentação mais simples, abstendo-se do álcool e fazendo exercício regularmente.

“Dor de costas”
Muitas pessoas acreditam que a osteoartrite é a causa mais comum de “dor de costas”. Isto não é verdade. De facto, só 10% dos casos são causados pela osteoartrite ou problemas discais. 80% das pessoas que sofrem de dores lombares, são vítimas de músculos cansados ou enfraquecidos devido à falta de exercício ou postura incorrecta.
Logo que tenha excluído a possibilidade de uma doença grave da coluna vertebral ou tecidos circundantes, ponha-se de pé e comece a caminhar. Estudos científicos revelam que o descanso prolongado pode causar mais prejuízos do que benefícios, pois pode enfraquecer rapidamente os músculos das costas.
Mantenha um peso saudável e evite usar saltos altos (acima de 2,5cm) pois estes inclinam excessivamente a pélvis, obrigando as costas a andar desalinhadas, e põem demasiada pressão nos joelhos. Fortaleça os músculos das costas e abdómen com exercícios de alongamento.

Princípios Gerais
Existem muitas formas de artrite. É importante consultar o seu médico para que este faça uma avaliação do problema. Por vezes, o uso de certos medicamentos é indicado, para reduzir a inflamação, dor e evitar a progressão da doença. No entanto, os seguintes princípios gerais são importantes na prevenção e tratamento da maioria dos casos (ver quadro).
Para além destes princípios gerais, existem várias formas de tratamento mais “naturais” que podem trazer alívio às dores e inflamação. Entre elas destacam-se os seguintes tratamentos:
- gelo na fase mais aguda das artrites. Aplique uma compressa ou saco de gelo coberto por uma toalha húmida, em períodos de 10 minutos, com intervalos de 3 minutos, num total de pelo menos uma hora por dia. Nas artrites crónicas, poderá utilizar compressas de água quente sobre a articulação afectada (calor ligeiro a moderado) durante 3 minutos, alternando com gelo durante 1 minuto. Repita o ciclo quente - frio, 4 vezes.
- Argila ou carvão vegetal. Por processos ainda não bem esclarecidos, a aplicação diária de compressas de argila ou de carvão vegetal, pode ter uma acção anti-inflamatória.
- Certos alimentos têm propriedades anti-inflamatórias. Entre estes, destacam-se o ananás e o aipo. Consuma-os em maior quantidade.
Lute pela sua saúde! A maioria das pessoas que se sentem melhor são as que se empenham em fazer mudanças positivas e permanentes no seu estilo de vida. Nunca é tarde de mais para começar!
 
Marianne FerreiraMédica

1) Mantenha um peso saudável. Isto é extremamente importante! Cada quilo extra aumenta o desgaste das principais articulações de suporte - as ancas, joelhos e coluna.
2) Faça uma alimentação saudável. Uma alimentação vegetariana equilibrada, pobre em gorduras e rica em fibra, melhora a circulação nas articulações. A gordura provoca um espessamento do sangue e torna a circulação mais lenta.
3) O exercício físico ajuda a fornecer nutrientes à cartilagem e fortalece os ligamentos e músculos; previne a rigidez das articulações; ajuda a evitar a incapacidade crónica.
Caminhe, nade, ou ande de bicicleta, durante 30 minutos ou mais por dia, pelo menos cinco vezes por semana. Se tiver dores excessivas ao fazer exercício, consulte um fisiatra, fisioterapeuta ou outro profissional de saúde qualificado e pergunte quais são as formas de exercício alternativas mais apropriadas para si. Por exemplo, a natação pode ser um bom exercício para quem sofra de dor excessiva nos joelhos, ao caminhar.
4) 15 a 20 minutos de exposição ao Sol, cada dia, ajudá-lo-ão no processo de cura.
5) Água – por dentro e por fora! Beba oito a dez copos por dia! Melhora a circulação e ajuda a manter as suas articulações bem lubrificadas.
6) Descanso – Durma 7 a 8 horas cada noite; durante o sono, o corpo repara os danos causados durante o dia.
7) O bom relacionamento com outros, a satisfação, a alegria, o riso e especialmente a fé.

Vegetais que nos fornecem energia

Uma pessoa que faça uma alimentação normal vai buscar toda a energia de que necessita aos alimentos que consome

Na imagem: Dica: A energia dos vegetais
Uma pessoa que faça uma alimentação normal vai buscar toda a energia de que necessita aos alimentos que consome. Mas se optar por uma dieta vegetariana, deverá saber quais os alimentos que podem substituir aqueles que não irá consumir. Por isso mesmo, deixamos-lhe aqui as características de alguns deles.

Abóbora
Possui polpa alaranjada e um pouco mole que, por se desfazer facilmente, é aconselhável o seu uso em sopas ou purés. Se lhe der apenas uma ligeira cozedura deixando-a um pouco rija, pode ainda combinar com vários pratos de verduras. Se a comprar inteira, retire-lhe as sementes e a polpa, sem danificar a casca, que poderá depois utilizar para levar a sopa à mesa. Saiba ainda que as pevides que se encontram no seu interior possuem um oligoelemento, o selénio, que tem um importante papel na fertilidade masculina.

Aipo
Teve a sua origem na Europa, ficando conhecido pelas suas propriedades medicinais. É constituído por cerca de 95% de água, contém poucas proteínas e gorduras, mas fornece uma grande variedade de minerais e vitaminas. Quando comprar, escolha os de caules limpos, pouco grossos e intactos. Pode ser guardado no frigorífico até uma semana, sem ser lavado. Sirva-o cru em saladas, como aromatizador de sopas ou simplesmente na sua decoração.

Beringela
De pele brilhante, cor preta e sabor levemente amargo, deve ser sempre polvilhads com sal para que largue o líquido que lhe confere o seu sabor tão característico. Depois de a salgar, deixe-a a escorrer durante cerca de 30 minutos para em seguida a secar com papel absorvente. Por ser bastante indigesta, deverá ser sempre muito bem cozida. Quando frita, absorve uma grande quantidade de gordura, pelo que não é aconselhável o seu consumo desta forma. Pode ser consumida cozida em saladas, assada ou recheada. Nunca lhe retire a pele, pois além de conferir mais cor aos pratos, também lhes dá mais sabor.

Brócolos
Provêm da região mediterrânica, onde o clima, por ser seco e quente, é mais propício ao seu desenvolvimento. Pobres em calorias, são uma das maiores fontes de ferro, além de fornecerem uma grande variedade de vitaminas, minerais e cálcio. É um alimento muito importante na dieta vegetariana, uma vez que ajudam na prevenção da anemia, doença susceptível de aparecer a quem deixa de ingerir carne.

Curgete
Apesar de ser parecida com o pepino, pertence à família das abóboras. Possui betacaroteno e alfacaroteno, o que a torna rica em vitaminas C e E e antioxidantes. Se ao longo do dia ingerirmos cerca de 100 g de curgete já estamos a consumir metade da quantidade de vitamina C recomendada.

Pimento
Pode ser dividido em dois grupos, suaves e doces ou picantes, mas todos pertencentes à mesma família, capsicum. Os maiores são os denominados doces, que podem ser vermelhos, verdes ou amarelos. Os picantes dão um sabor especial a todos os pratos a que são adicionados. Antes de utilizar, lave-os muito bem, abra-os ao meio e retire-lhes todas as sementes e nervuras. Pode cortá-los às tiras para aromatizar saladas ou outros pratos, assá-los na brasa ou rechear; para tal deverá primeiro branqueá-los durante alguns minutos. Quando comprar, prefira sempre os de pele brilhante, rijos e ainda com pedúnculo. Apesar de serem indigestos, quando adicionados em pequenas quantidades, podem servir como estimulante do apetite. Podem ser conservados durante todo o ano, se os congelar. Para tal, abra-os ao meio, retire-lhes as sementes e guarde em sacos de plástico, no congelador.