11.10.13

UMA NOVA RAZÃO PARA NÃO COMER CARNE

Achei que seria útil dar-vos uma série de novas e entusiasmantes razões para que se decidam a ser vegetarianos. Mas o problema é que, hoje, as razões para não comer carne se amontoam e poucas delas são novas ou entusiasmantes. Vejamos, por exemplo, a produção em massa que, em grande parte das vezes, incluem crueldade para com os animais. Eu devia saber. Perto de onde moro, foi fechado um matadouro que tratava os animais de tal forma que nem me aventuro a repetir os detalhes. Tudo o que posso dizer é que acabaram por fazer com que muitas pessoas sejam mais simpáticas para com os animais e não os comam.
Claro que já há algum tempo que todos sabemos que há doenças em animais que podem ser transmitidas a quem os comer. Owens S. Parrett, uma médica vegetariana, conta a história de um amigo cuja mulher foi a um banquete e pediu o prato vegetariano. Ao seu lado, estava sentado um estranho que também pediu o prato vegetariano.
O estranho perguntou-lhe: “Desculpe, é vegetariana?”
missing image file“Sou, sim”, respondeu ela. “O senhor também é?”
“Não. Sou inspector de carnes.”
Isso torna fácil concordar-se com o Dr. John Harvey Kellogg, que disse: “É bom tomar uma refeição sem ter de se preocupar com a doença de que a sua comida possa ter morrido.”
Estudos têm mostrado a ligação entre a alimentação vegetariana e a diminuição do sofrimento de várias doenças. Desde que adoptei uma alimentação quase vegan, só adoeci duas vezes. Em quatro anos. Considerando o facto de eu ter sido a miúda com o constante fungar – e a adulta com sinusite crónica – acho que é um progresso e tanto!
As pessoas costumavam preocupar-se com a falta de proteínas se não comessem carne, mas há montes de atletas olímpicos vegetarianos que provaram que não precisamos de carne para sermos fortes e ter uns músculos impressionantes (isto para o caso de estar a pensar numa carreira olímpica).
Mas deixei a melhor razão para último. Os vegetarianos, de modo geral, descobriram a fonte da juventude. É como se se banhassem nela (se não acredita, veja na edição de Novembro de 2005 da National Geographic, o artigo “The Secrets of Long Life” (Os Segredos de uma Vida Longa).
Até tenho uma experiência pessoal para provar o que digo. Há alguns meses, uma das minhas alunas apresentou-me, desta forma, a um amigo da família: “Esta é a minha amiga.” Enquanto ele me apertava a mão, ela continuou: “O filho dela é meu colega de turma.” O amigo dela deu um passo atrás, um tanto chocado: “O filho dela?! Eu pensei que ela fosse tua colega!”
Nesse caso, o que é que eu estou a dizer? Que se se tornar vegetariano vai parecer três décadas mais novo do que é? Quem sabe? Não lhe fará mal nenhum tentar. Mas, para além disso, terá a satisfação de saber que nada teve de morrer para que se pudesse alimentar (bem, com excepção das plantas, claro...). Pense em todos os animais que ficarão gratos. Também nunca terá de se preocupar com a doença do tofu louco! E já estará um passo à frente se pensar numa carreira olímpica. Quem pode pedir mais de uma mudança alimentar?

Céleste Perrino-Walker
Editora da revista Listen


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