5.3.13
4.3.13
Reeducação Alimentar.

AGAVE....você conhece?
O extrato de agave é um substituto do açúcar, 100% natural. Seu paladar neutro não altera o sabor dos alimentos. Tem coloração amarela clara, odor agradável e textura mais ...suave que o mel.
É um alimento orgânico, de poder adoçante maior que o açúcar, e de baixo índice glicêmico (se transforma em glicose de maneira mais lenta) o que permite sua utilização por diabéticos controlados.
É sem glúten, sem lactose e de origem vegetal.
Tem 3,34 calorias por grama, é 3 vezes mais doce que o açúcar comum. Boa fonte de minerais, como ferro, cálcio, potássio e magnésio.
Quando usado no lugar do açúcar tem efeito coadjuvante no emagrecimento, pois tem menos calorias e menor índice glicêmico. Devido a isso, pode atuar como protetor contra diabetes - como é digerido mais lentamente não demanda grandes quantidades de insulina, importante para prevenção da doença.
É um produto orgânico certificado. A planta que dá origem ao agave é cultivada sem nenhum aditivo químico. O processo de beneficiamento da planta é também isento de qualquer substância química.
Por tudo isso, o agave é um grande aliado de quem busca uma alimentação saudável.
Dicas de uso:
Como edulcorante (adoçante):
Para adoçar 250 ml de suco substitua 1 colher (sopa) de açúcar (15g) por 1 colher (sobremesa) de extrato de agave (10g)
Potencializador de sabor:
Realça o sabor de outros ingredientes como frutas e sucos. Amasse uma banana ou cozinhe maçãs e peras e adoce com um fio de extrato de agave.
Fonte: Mundo Verde
Você encontra o agave em casas de produtos naturais!Ver mais
28.2.13
Cuscuz de Milho (vegana)

1 cebola picada
1 pimentão vermelho em cubinhos
1 colher (sopa) de azeite
1 lata de milho-verde cozido no vapor
1/4 de xícara de purê de tomate
1 colher (chá) de sal
2 xícaras de água
2 xícaras rasas de farinha de milho em flocos
Salsa e cebolinha picadas a gosto
Preparo
Refogue a cebola e o pimentão no azeite por 5
minutos. Adicione o milho. Retire do fogo e reserve 3 colheres (sopa) do
refogado para a decoração. Devolva o restante ao fogo e acrescente o purê de
tomates, o sal e, por último, a água. Quando levantar fervura, abaixe o fogo e
acrescente a farinha de milho aos poucos. Mexa tudo para dissolver até virar um
mingau grosso. Adicione a salsa e a cebolinha. Misture novamente e reserve. Unte
uma forma pequena (20 cm de diâmetro) com furo no meio com azeite e distribua o
refogado que ficou reservado no fundo. Por cima, acomode a massa do cuscuz,
pressionando bem. Deixe firmar na forma por 5 minutos e desenforme com cuidado
para não quebrar. Enfeite com uma folha de salsinha.
Rendimento: 6 porções
Cálcio na Dieta Vegana

A noção de que o cálcio é exclusividade do leite da vaca é fruto
de um elaborado trabalho de propaganda por parte das indústrias de laticínios.
Apesar de não poderem afirmar diretamente que o leite de vaca é a única fonte de
cálcio (isto seria propaganda enganosa) a indústria busca passar esta noção ao
consumidor. Faz pouco mais de um ano que a Vegan Society do Reino Unido
processou uma multinacional que lançou uma campanha que trazia a frase:
“Leite – essencial para ossos saudáveis”. Em poucos dias, a campanha
foi tirada do ar, pois essencial é aquilo que não pode ser substituído, o que
não é o caso dos laticínios como sendo fonte de
cálcio.
Se uma associação de feirantes pudesse desenvolver uma campanha
para promover os alimentos vegetais como boas fontes de cálcio, o que eles
promoveriam? Os vegetais verde-escuros (brócolis, couve e quiabo) são excelentes
fontes de cálcio e estão acompanhados de uma série de outros nutrientes
importantes para o metabolismo do cálcio, como o potássio e a vitamina K. As
frutas secas (figo, damasco, uva-passa) e as castanhas e sementes (nozes,
avelãs, amêndoas, castanha-do-Pará, semente de girassol, gergelim, entre outras)
são fontes bastante concentradas deste mineral e são muito fáceis de serem
armazenadas, transportadas e consumidas. Já as leguminosas (soja, tofu,
lentilha, ervilha, grão-de-bico, feijões), muitas delas tão presentes no
cardápio do brasileiro, são também boas fontes e o melado-de-cana completa a
lista oferecendo uma grande concentração de cálcio. Estas são as principais
fontes de cálcio em uma dieta livre de produtos de origem
animal.
Assim como quando discutimos sobre a existência de boas fontes
vegetais de proteína e ferro, uma vez demonstrada a possibilidade da dieta
vegetariana fornecer estes nutrientes em quantidades adequadas, a questão que
segue é sobre a sua qualidade, ou biodisponibilidade. De fato, há uma diferença
com relação à eficiência com que o organismo humano aproveita o cálcio dos
alimentos de origem vegetal quando comparada à eficiência com que aproveitamos o
cálcio de origem animal. Esta
25.2.13
Saúde&Lar - nunca é tarde para ter mais saúde

À Procura de comida a sério“Peixe não puxa carroça” é um provérbio
português antigo que muitas vezes é usado para fazer troça das pessoas que não
comem carne. Mas a verdade é que nem os bois nem os burros comem carne e
conseguem puxar e carregar cargas pesadas! Há uma ideia generalizada de que os
seres humanos precisam de comer carne para serem saudáveis.Não podemos ignorar que a proteína é vital
para a nossa alimentação. As moléculas que a formam são constituídas por
aminoácidos que estão na base da construção, do funcionamento e da recuperação
de todas as células do nosso organismo. Daí a importância de ingerirmos proteína
de alto valor biológico, ou seja, proteína que contenha o máximo de aminoácidos
possível. Dos vinte aminoácidos necessários para o funcionamento e restauração
do nosso organismo, doze são fabricados pelo nosso corpo e oito são ingeridos a
partir de fontes exteriores, na alimentação, sobretudo. São os chamados
“aminoácidos essenciais”. E é aqui que surge a questão: Serão os alimentos de
origem animal uma fonte de proteína de valor biológico superior à dos alimentos
de origem vegetal?Na verdade, se
compararmos o valor nutritivo de um alimento cárneo isolado (um bife, por
exemplo) com o valor de um alimento vegetal isolado (a batata, por exemplo), a
carne é mais nutritiva e uma boa fonte de proteína; mas se tomarmos os alimentos
em conjunto, a coisa muda de figura. Vejamos, no gráfico em baixo, o valor
biológico (em aminoácidos essenciais) de alguns alimentos de origem vegetal.
Nesse gráfico, partimos da hipótese (muito improvável!) de uma pessoa comer
apenas um alimento vegetal dos onze que escolhemos até perfazer 2500 calorias
diárias.Mas, como com todas
as coisas boas, podemos fazer mau uso das proteínas, quer ingerindo alimentos de
má qualidade e, portanto, de pobre valor biológico, quer ingerindo-as em
excesso,
e isso traz consigo alguns problemas.
Por um lado, a maior parte das pessoas exagera nas suas necessidades de proteína. A Ingestão Diária Recomendada (IDR) são uns generosamente adequados 45 a 60 gramas. No entanto, a maioria das pessoas com um estilo de vida ocidental consome duas a três vezes essa quantidade de proteína de origem animal. Essas quantidades excessivas de proteína são problemáticas para os rins, promovem a gota e, dado que acidificam o sangue, fazem com que o cálcio seja retirado dos ossos para anular essa acidez. No gráfico em cima vemos o que acontece quando se ingere proteína em excesso.Portanto, a ingestão excessiva de proteína é um dos fatores que leva à osteoporose.Um problema ainda maior é a dose exagerada de gordura (principalmente saturada) e de colesterol. As pesquisas científicas têm implicado, de forma claríssima, uma alimentação rica em gordura e colesterol como a principal culpada das doenças assassinas ocidentais. E os alimentos que nos estão a fazer mal são, sobretudo, produtos de origem animal, como a carne, as aves, os ovos e os laticínios.
e isso traz consigo alguns problemas.
Por um lado, a maior parte das pessoas exagera nas suas necessidades de proteína. A Ingestão Diária Recomendada (IDR) são uns generosamente adequados 45 a 60 gramas. No entanto, a maioria das pessoas com um estilo de vida ocidental consome duas a três vezes essa quantidade de proteína de origem animal. Essas quantidades excessivas de proteína são problemáticas para os rins, promovem a gota e, dado que acidificam o sangue, fazem com que o cálcio seja retirado dos ossos para anular essa acidez. No gráfico em cima vemos o que acontece quando se ingere proteína em excesso.Portanto, a ingestão excessiva de proteína é um dos fatores que leva à osteoporose.Um problema ainda maior é a dose exagerada de gordura (principalmente saturada) e de colesterol. As pesquisas científicas têm implicado, de forma claríssima, uma alimentação rica em gordura e colesterol como a principal culpada das doenças assassinas ocidentais. E os alimentos que nos estão a fazer mal são, sobretudo, produtos de origem animal, como a carne, as aves, os ovos e os laticínios.


Sempre se comeu carne…Vamos olhar para o início do século passado.
Não tínhamos muitas destas doenças relacionadas com a aterosclerose porque, em
1900, não comíamos carne várias vezes por dia, como fazemos agora. Naquela
altura, cerca de 70% da nossa proteína vinha de alimentos vegetais. Hoje,
obtemos 70% de produtos de origem animal, carregados com toxinas, gordura
saturada e colesterol.Naquele
tempo, também criávamos os nossos animais de maneira diferente. As galinhas
esgravatavam nos quintais e os porcos rebolavam-se nas poças de lama. Mas essas
quintas idílicas e felizes foram substituídas pelas quintas-fábrica de hoje.
Cria-se o maior número possível de animais no menor espaço possível e com a
mínima despesa possível. A maior parte dos animais usados na alimentação hoje
são criados em confinamento ou presos em jaulas, sem a prática de qualquer
exercício. A carne desses animais pode conter até duas vezes mais gordura do que
a de animais criados no campo ou em liberdade numa quinta
normal.Os animais ingerem e
armazenam no seu corpo produtos químicos provenientes dos fertilizantes e dos
pesticidas usados na sua alimentação. Hormonas, antibióticos e outros produtos
químicos também são administrados de forma rotineira a animais em sistemas de
confinamento intensivo para disfarçar o stresse e a doença e para acelerar o
crescimento. Os resíduos desses poluentes acabam por chegar à cadeia alimentar.
Para quem quiser ver as
evidências, o grosso da literatura científica acusa a alimentação como a
principal culpada dos problemas de saúde de hoje. E os principais acusados são
os alimentos de origem animal.Mas a mensagem está lentamente a passar: Hoje, nalgumas zonas
do mundo, já se consome menos carne de vaca, ovos, leite gordo, queijo e
manteiga do que há 10 anos, mas o consumo de carne ainda está a aumentar em
países como Portugal e o Brasil.
Questão de estilo de vida
Milhões de pessoas em todo o mundo estão a viver bem comendo proteínas de origem vegetal. Eis algumas vantagens:
Vantagens para a Saúde
As pessoas que não comem alimentos de origem animal têm:
• Menos ataques cardíacos e AVCs.
• Menos problemas de excesso de peso.
• Menos colesterol.
• Menor pressão arterial.
• Menos diabetes.
• Menos hemorroidas, menos doença diverticular e melhor regularidade intestinal.
• Menos cancro da mama, da próstata e do cólon.
• Ossos mais fortes, menos osteoporose.
• Menos pedras no rim e na vesícula, e menos doenças renais e artrite gotosa.
• E tendem a viver mais tempo!
Vantagens Ambientais
A agropecuária é, no mundo, a indústria que mais destrói o ambiente.
Mudar para uma alimentação sem carne:
Pouparia água: São necessários cerca de 100 litros de água para produzir meio quilo de trigo, mas são necessários 100 000 litros
para produzir meio quilo de carne de vaca.
Protegeria as florestas tropicais: Produzir apenas meio quilo de hambúrgueres na Costa Rica envolve a destruição de 6 metros quadrados de floresta tropical, necessários para cultivar o alimento destinado aos animais.
Salvaria árvores: As florestas são cortadas para cultivar cereais destinados à alimentação de animais. Cada comedor de carne que muda salvará 4000 metros quadrados de árvores por ano.
Manteria a água limpa: Anualmente, o funcionamento dos espaços confinados para gado produz, por si só, mil milhões de toneladas de dejetos animais – uma fonte importante de poluição da água.Vantagens para a Produção Mundial de AlimentosAs evidências contra a carne e contra outros produtos de origem animal estão a acumular-se à medida que as pesquisas no campo da nutrição confirmam que uma alimentação construída em volta de alimentos integrais de origem vegetal é não só adequada, mas também superior.Os seres humanos não têm o instinto de matar.Estamos mais preparados para salivar em frente de um cacho de uvas frescas do que diante de um naco de carne crua. É reconfortante saber que uma alimentação composta por fruta, vegetais, leguminosas e cereais está perfeitamente adaptada às nossas necessidades – anatómica, fisiológica e instintivamente.Mas não é fácil examinar os nossos hábitos alimentares de toda a vida e descobrir que estão errados. Mas, se formos sábios, fá-lo-emos. E, se formos sábios, não olharemos para os matadouros nem para as indústrias em busca de comida a sério. Os sábios entre nós encontrarão comida a sério nas hortas e quintas da nossa terra.
Milhões de pessoas em todo o mundo estão a viver bem comendo proteínas de origem vegetal. Eis algumas vantagens:
Vantagens para a Saúde
As pessoas que não comem alimentos de origem animal têm:
• Menos ataques cardíacos e AVCs.
• Menos problemas de excesso de peso.
• Menos colesterol.
• Menor pressão arterial.
• Menos diabetes.
• Menos hemorroidas, menos doença diverticular e melhor regularidade intestinal.
• Menos cancro da mama, da próstata e do cólon.
• Ossos mais fortes, menos osteoporose.
• Menos pedras no rim e na vesícula, e menos doenças renais e artrite gotosa.
• E tendem a viver mais tempo!
Vantagens Ambientais
A agropecuária é, no mundo, a indústria que mais destrói o ambiente.
Mudar para uma alimentação sem carne:
Pouparia água: São necessários cerca de 100 litros de água para produzir meio quilo de trigo, mas são necessários 100 000 litros
para produzir meio quilo de carne de vaca.
Protegeria as florestas tropicais: Produzir apenas meio quilo de hambúrgueres na Costa Rica envolve a destruição de 6 metros quadrados de floresta tropical, necessários para cultivar o alimento destinado aos animais.
Salvaria árvores: As florestas são cortadas para cultivar cereais destinados à alimentação de animais. Cada comedor de carne que muda salvará 4000 metros quadrados de árvores por ano.
Manteria a água limpa: Anualmente, o funcionamento dos espaços confinados para gado produz, por si só, mil milhões de toneladas de dejetos animais – uma fonte importante de poluição da água.Vantagens para a Produção Mundial de AlimentosAs evidências contra a carne e contra outros produtos de origem animal estão a acumular-se à medida que as pesquisas no campo da nutrição confirmam que uma alimentação construída em volta de alimentos integrais de origem vegetal é não só adequada, mas também superior.Os seres humanos não têm o instinto de matar.Estamos mais preparados para salivar em frente de um cacho de uvas frescas do que diante de um naco de carne crua. É reconfortante saber que uma alimentação composta por fruta, vegetais, leguminosas e cereais está perfeitamente adaptada às nossas necessidades – anatómica, fisiológica e instintivamente.Mas não é fácil examinar os nossos hábitos alimentares de toda a vida e descobrir que estão errados. Mas, se formos sábios, fá-lo-emos. E, se formos sábios, não olharemos para os matadouros nem para as indústrias em busca de comida a sério. Os sábios entre nós encontrarão comida a sério nas hortas e quintas da nossa terra.
Sumário• A criação de animais para abate desperdiça meios alimentares
que deviam ser usados para nutrir os famintos deste mundo e
esgota de forma dramática as nossas fontes de produção de alimentos, como o solo fértil e os lençóis freáticos.• A criação de animais para abate devasta as florestas e outros habitats de vida selvagem, e despeja mais poluentes nos nossos lagos e rios do que todas as outras atividades humanas combinadas.• A criação de animais para abate nas quintas-fábrica de hoje envolve o confinamento, o excesso de animais, a privação, a mutilação e outros abusos grosseiros, e a morte de perto de 9 mil milhões de animais inocentes e que sentem.• O consumo de gordura de origem animal e de carne tem sido claramente relacionado com uma elevada incidência de doenças cardíacas, AVCs, cancro e outras doenças crónicas que incapacitam e matam mais de um milhão de pessoas por ano, nos países de língua oficial portuguesa do mundo.
Eliminando o hábito de comer
carneMuitas pessoas
que fizeram da carne e dos laticínios o centro das suas refeições durante anos
sentem falta de alguma coisa quando tentam organizar refeições sem carne.
Durante algum tempo, as suas refeições parecem incompletas sem os alimentos
cárneos.Pode satisfazer o seu
apetite comendo uma alimentação isenta de carne. Pode levar algum tempo a
ajustar-se, mas este modo de comer acabará por se tornar aceitável e, depois,
preferível. Se o prezado leitor desejar fazer a escolha de seguir um regime mais
saudável, as receitas que lhe apresentamos todos os meses serão, certamente, uma
ajuda preciosa para a preparação de refeições saborosas e nutritivas, isentas de
alimentos de origem animal e seus derivados.
esgota de forma dramática as nossas fontes de produção de alimentos, como o solo fértil e os lençóis freáticos.• A criação de animais para abate devasta as florestas e outros habitats de vida selvagem, e despeja mais poluentes nos nossos lagos e rios do que todas as outras atividades humanas combinadas.• A criação de animais para abate nas quintas-fábrica de hoje envolve o confinamento, o excesso de animais, a privação, a mutilação e outros abusos grosseiros, e a morte de perto de 9 mil milhões de animais inocentes e que sentem.• O consumo de gordura de origem animal e de carne tem sido claramente relacionado com uma elevada incidência de doenças cardíacas, AVCs, cancro e outras doenças crónicas que incapacitam e matam mais de um milhão de pessoas por ano, nos países de língua oficial portuguesa do mundo.

Seleção de alimentosMas também pode pôr em prática a sua
imaginação e criar a sua própria ementa para um dia. Nesse caso, aproveite as
orientações que lhe proporcionamos e construa as suas refeições à volta das
categorias alimentares indicadas.
E agora decida, amigo leitor. Pelo melhor.A sua saúde e a dos seus agradece!
Manuel FerroRedação S&L
*Adaptado de Hans Diehl, Aileen Ludington, Health Power,
pp. 110-113. Gráficos adaptados de Neil Nedley, Proof Positive, pp.
147-166.
15.2.13
ALIMENTAÇÃO PARA A EPILEPSIA

A epilepsia, logo a seguir à dor de cabeça, é uma das
perturbações neurológicas mais difundidas. Calcula-se que cerca de 1% da
população esteja afetada.A
palavra epilepsia deriva do grego epilambanein, que significa “apanhar de
surpresa”. E, de facto, os ataques epiléticos acontecem subitamente, mesmo se a
pessoa afetada e, sobretudo, os familiares que a rodeiam, conseguem perceber os
sinais premonitórios. A incidência máxima ocorre na infância e na velhice: no
primeiro e no sexto ou sétimo decénio de vida.Infelizmente, até hoje, cerca de 20-30% das pessoas tratadas,
mesmo com mais medicamentos, não conseguem controlar os ataques e depois viver
uma vida normal. Até mesmo a cirurgia tem um âmbito muito limitado, porque
aplica-se a pessoas que apresentam uma epilepsia cujo centro no cérebro está bem
identificado e pode ser removido sem danos para as funções cerebrais: são
relativamente poucas as pessoas que podem beneficiar da cirurgia.
Sobreviver à MedicaçãoHá mais de 80 anos que é evidente a eficácia
de uma alimentação pobre em hidratos de carbono e rica em gorduras no controlo
dos ataques epiléticos.O
primeiro relatório médico é de 1921 e, até 1938, a alimentação era o único
instrumento nas mãos dos médicos para controlarem a epilepsia. Mais tarde, com o
surgimento do primeiro medicamento antiepilético, a terapia alimentar foi
considerada ultrapassada e colocada de parte. Felizmente, apesar da
multiplicação de medicamentos antiepiléticos, a sua memória e a sua prática
sobreviveram em alguns centros médicos, o que permitiu, atualmente, a sua
recuperação.No início dos
anos noventa, na Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, curaram com esta
alimentação um rapaz chamado Charlie. Sofria de uma epilepsia resistente aos
medicamentos e até mesmo à cirurgia. Com a dieta, solucionou os seus ataques.
Desde então, foi criada a Fundação Charlie, que deu uma notável ajuda à difusão
da terapia alimentar da epilepsia e à investigação científica.O centro da Universidade Johns Hopkins tratou
mais de 500 pessoas, em grande parte crianças, com epilepsia parcial (ou focal),
resistente aos medicamentos. Das estatísticas da Johns Hopkins concluiu-se que,
em três meses, obtém-se, maioritariamente, uma diminuição da frequência dos
ataques e que é possível reduzir os medicamentos desde a primeira semana da
alimentação.É evidente que
não estamos face a uma panaceia. Em todos os casos, uma revisão sistemática,
publicada em 2000, na Pediatrics, a revista da Academia Americana de Pediatria,
tinha concluído que 16% das crianças tratadas com a alimentação já não têm
ataques significativos, 32% reduziu em 90% os ataques mais fortes e 56% reduziu
em mais de 50% os ataques.A
dieta rica em gorduras é também conhecida como cetogénica, porque produz a
formação de corpos cetónicos, uma substância derivada da oxidação dos ácidos
gordos no fígado, como o 3-hidroxibutirato e a acetona. Esta última é eliminada
principalmente pela respiração: daí o odor ácido de uma pessoa num estado de
cetose.Esta dieta, até pelos
seus riscos metabólicos (consomem-se muitas gorduras saturadas, provenientes da
nata e do queijo!) foi recentemente revista. Em duas frentes: substituição das
gorduras saturadas pelas gorduras polinsaturadas (consumo de nozes, amêndoas,
sementes de linho, óleos vegetais e verduras) e redução da percentagem de
gorduras com um ligeiro aumento dos hidratos de carbono e, sobretudo, das
proteínas.Os resultados têm
sido muito encorajadores: a alimentação pobre em gorduras saturadas e com mais
proteínas produz o mesmo resultado que uma alimentação rica em gorduras
saturadas, com a vantagem de controlar melhor o colesterol.Mas, estudos recentes colocam em primeiro
plano outros fatores: o papel central é desempenhado pelo jejum e por uma
alimentação hipocalórica e com baixo teor de glicose. A gordura existe, mas não
é o único elemento. Como explicamos de seguida, a dieta eficaz e segura no
controlo da epilepsia parece ser: poucos hidratos de carbono, mais proteínas e
gorduras, mas, sobretudo, poucas calorias.
Quando o Cérebro Muda de
CombustívelO cérebro
é um órgão que consome muito oxigénio e glicose. Vinte por cento de todo o
oxigénio do nosso organismo é consumido pelo cérebro, que depende igualmente do
fornecimento de glicose que recebe no sangue. A glicose vem, em parte,
transformada em lactato e, em parte, entra num ciclo de transformação (o
conhecido Ciclo de Krebs) que dará vida aos neurotransmissores excitatórios mais
importantes: glutamato e aspartato.Foi visto que, no decurso de um ataque epilético, existe um
forte aumento da utilização de glicose e, portanto, da produção de glutamato e
aspartato. Mas se se jejuar, depois de 24-48 horas, as reservas de glicose
esgotam-se. Neste ponto, o cérebro muda de dieta e consome, como carburante, os
corpos cetónicos, substâncias derivadas das gorduras que são introduzidas pelo
fígado no sangue.Numerosas
provas experimentais demonstraram que o aumento dos corpos cetónicos no sangue
coincide com uma redução da excitação nervosa, com a redução de aspartato e o
aumento de Gaba (ácido gama amino butírico), o controlador principal da
excitação nervosa.Ora, o
aumento dos corpos cetónicos no sangue pode conseguir-se seja aumentando o
consumo de gorduras, seja reduzindo o consumo de calorias forçando assim o
fígado a utilizar a gordura corporal de reserva.
Francesco Bottaccioli,
Presidente honorário da Sociedade Italiana de Psiconeuroendocrinoimunologia
Presidente honorário da Sociedade Italiana de Psiconeuroendocrinoimunologia
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