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Temos, assim, de voltar ao produto natural,
isto é, ao sal mineral, como se emprega normalmente na Rússia, ou da água do
mar, que contém em equilíbrio fisiológico os sais minerais de que necessitamos.
Ao passo que Brauchle aconselha a não
empregar, em casa, por dia e por pessoa mais de dois gramas de sal comum,
Kollath, por sua vez, diz que só com um consumo de pão de trezentos a
quatrocentos gramas fica totalmente coberto o consumo necessário de sal, mesmo
calculando-o em sete ou oito gramas diários, visto o pão conter dois por cento
de sal comum. Outros autores só aconselham um a dois gramas por dia. Embora
estes algarismos no sentido de uma nutrição sã devam ser considerados
insuficientes, podem, contudo, completar-se com sal integral, sal do mar, ou
água do mar, para satisfazer a «necessidade natural de sal». O sal do mar, além
do cloreto de sódio, também contém potássio, cloreto de cálcio e cloreto de
magnésio, que se mantêm em equilíbrio biológico, assim como os «oligoelementos»,
substâncias estas cujo verdadeiro significado ainda não é totalmente conhecido,
mas que se consideram absolutamente essenciais para a vida.
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Danos Devidos ao
Sal
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Depois de o sal ter sido absorvido na
corrente circulatória, dissocia-se, em grande parte, a combinação de cloro e
sódio, exercendo, separadamente, os seus próprios efeitos.
Ao passo que o átomo de cloro é rapidamente
combinado por outras substâncias e resulta inócuo, entrando a formar parte do
ácido clorídrico do estômago, pelo contrário o átomo livre de sódio, ao
combinar-se com o hidrogênio, exerce notáveis efeitos tóxicos. Se dermos a uma
criança de peito, de um a três gramas de sal, reagirá com uma subida de
temperatura. Mas também os adultos, depois de vários meses de consumo excessivo
de sal, sofrem fortes efeitos em todas as funções orgânicas e dos tecidos,
produzindo-se gengivite, catarro estomacal ou intestinal, hemorragia
hemorroidal, enxaqueca e inflamações nas mucosas. Os «males do sal» são devidos,
ao que parece, de modo geral a uma perturbação dos tecidos conjuntivos. Como o
vital significado do tecido conjuntivo se tem salientado novamente através das
modernas investigações sobre o câncer, pode calcular-se o grave dano que nele
pode causar o sal.
Numa série de enfermidades correntes e
graves do coração, fígado e rins, assim como no edema da gravidez, conhece-se e
aproveita-se diariamente o efeito curativo da supressão total do consumo de sal.
Há meio século, dois médicos franceses observaram que rios doentes de
hipertensão, esta baixava para o normal, quando se lhes suprimia o sal. Há
trinta anos, ocuparam-se os médicos norte-americanos desta observação e puderam
comprová-la depois de algumas investigações, embora com resultados desiguais.
.Hoje o regime alimentar sem sal faz parte principal do tratamento dos doentes
do coração, e principalmente dos doentes do sistema circulatório, assim como dos
rins, fígado, pele e pulmões. Os alimentos sem sal (arroz e frutas) podem fazer
milagres na hipertensão e nas doenças cardíacas. Mas ainda não sabemos se é só
neste problema do sal que está a chave para a solução das numerosas incógnitas
que a hipertensão nos levanta.
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Utilização do
Sal
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Uma coisa está bem clara: muito sal puro não
favorece o nosso organismo. Devemos, pois, reduzir o seu consumo ao mínimo ou,
melhor ainda, substituí-lo pelo sal integral ou do mar. O sal, como tal, não é
necessário para viver, embora o sejam os seus componentes: o cloro e o sódio;
mas o sal não é a única fonte destes elementos.
Nesta questão do sal de mesa não nos
queremos mostrar partidários nem esquecer que o sal em numerosas circunstâncias
costuma ser incluído na medicina, sobretudo quando o corpo, no decorrer de uma
enfermidade, tiver perdido grande quantidade de água, produzindo-se então quase
sempre maior perda, de sódio e de cloro. É o que acontece nos vômitos fortes e
persistentes, como conseqüência de uma contração dos músculos do estômago (estenose
pilórica da criança de peito) ou estreitamento por doença da saída do
estômago (úlcera de duodeno e estômago), em casos de diarréias
intensas, como conseqüência de catarro gástrico ou intestinal e em casos de
grande sudoração, como ocorre em muitas doenças infecciosas. Para o tratamento
dos doentes addisonianos são necessárias elevadas tomadas de sal de
cozinha, de dez a vinte ou mais gramas. Tampouco deve um diabético alimentar-se
com pouco sal, porque isso afeta a ação da insulina.
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