Cancro da Próstata - Outras Situações de Saúde

CANCRO DA PRÓSTATA: NOVO MARCADOR

Recentemente foi identificada uma proteína, o antigéneo-2 precoce do cancro da próstata (EPCA- 2), que pode alterar o modo como é realizado o rastreio deste cancro.

Actualmente, o rastreio do cancro prostático inclui o doseamento do antigéneo específico da próstata (PSA), acompanhado do toque rectal. Indivíduos com mais de 2,5 nanogramas por mililitro de PSA consideram-se em risco para cancro prostático. No entanto, o PSA pode apresentar falsos resultados positivos e também falsos negativos, não detectando, neste caso, o cancro existente.

O passo seguinte a um PSA positivo será a biópsia da próstata, que mesmo perante um PSA elevado e a existência real de cancro pode, no entanto, ser negativa. Por outro lado, cerca de 15% dos casos de cancro da próstata não são detectados porque os níveis do PSA se encontram abaixo dos limites considerados de risco.

Desta forma, releva de grande interesse o estudo publicado no jornal Urology, em que os dados apresentados viabilizam os testes de EPCA-2 como uma forma mais segura de identificar o cancro da próstata. Segundo um dos autores do estudo, o Dr. Getzenberg, “uma análise ao sangue pesquisando EPCA-2 pode melhorar bastante a capacidade de detectar eficientemente o cancro prostático precoce e minimizar o número de falsos positivos e, consequentemente, reduzir o número de biópsias desnecessárias. Para além disso, é o primeiro teste que distingue efectivamente os casos de cancro confinado à próstata e os de cancro disseminado”.

*Urology/ S&L

INCONTINÊNCIA URINÁRIA AFECTA 650 MIL PORTUGUESES

A incontinência urinária (IU) afecta mais as mulheres do que os homens, principalmente após o parto, na menopausa e na terceira idade.

Segundo o Prof. Paulo Dinis, há vários tipos de IU, mas os mais frequentes são a IU de esforço, a de imperiosidade e a mista. A primeira deve-se ao enfraquecimento das estruturas de suporte da bexiga e uretra, muitas vezes em consequência do parto. As causas da segunda ainda não estão totalmente esclarecidas. A terceira é, talvez, a situação mais grave, uma vez que o paciente sofre, de forma concreta, dos dois tipos de IU.

O tratamento, para a IU de esforço, é uma cirurgia pouco agressiva e sem necessidade de internamento, pois resume-se à colocação de pequenas redes de suporte na uretra. Para a IU de imperiosidade, o médico de família poderá receitar fármacos orais.

Há, ainda, a possibilidade de exercícios pélvicos, que fortalecerão a musculatura de suporte e que, em muitos casos, ajudam a solucionar o problema.

SP/S&L

ENCONTRO INTERNACIONAL DE OBSTETRÍCIA E GINECOLOGIA EM LISBOA

As quatro sociedades científicas de Obstetrícia e Ginecologia existentes em Portugal, entenderam que deviam criar uma Federação para uma melhor harmonia na actividade científica de todas elas. Assim, a Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), a Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR), a Sociedade Portuguesa de Menopausa (SPM) e a Sociedade Portuguesa de Obstetrícia e Medicina Materno-Fetal (SPMMF) criaram a Federação das Sociedades Portuguesas de Obstetrícia e Ginecologia (FSPOG), da qual o Prof. Doutor Carlos Freire de Oliveira é presidente.

“A FSPOG tem como objectivo a harmonização da actividade científica entre as sociedades e representar Portugal nos órgãos internacionais e junto das autoridades nacionais. Temos a revista Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa, que tem uma pontualidade que não é habitual entre nós, que tem um nível científico muito elevado, obedecendo a todas as regras das publicações internacionais e que, por isso, provavelmente a curto prazo será indexada na MedLine, o que para nós é importante, uma vez que existem poucas revistas portuguesas indexadas”, explica o Prof. Doutor Carlos Oliveira.

“Este ano, como existiu interesse por parte do EBCOG (European Board and College of Obstetrics and Gynaecology) em fazer o seu congresso em Portugal, entendemos que seria útil juntá-lo ao congresso nacional,” acrescentou.

Deste modo, de 4 a 8 de Março, realizou-se, em Lisboa, o 20º Congresso da EBCOG e o 18º Congresso Português de Obstetrícia e Ginecologia, que foi “um congresso muito amplo porque abarcou toda a ginecologia e obstetrícia, envolvendo também muitos profissionais de saúde”.

SP/S&L

COGUMELOS CHEIOS DE ANTIOXIDANTES

Um novo estudo mostra que os cogumelos têm tantos antioxidantes como os vegetais.

Os antioxidantes ajudam as células a evitarem os danos causados por moléculas de oxigénio, perigosas, chamadas radicais livres. Estes radicais livres têm um papel importante nos casos de doenças cardiovasculares, cancro e doença de Alzheimer, entre outras.

O investigador de Penn State, N. Joy Dubost, mediu a capacidade antioxidante de várias espécies de cogumelos, incluindo no estudo os mais comuns cogumelos brancos de Paris (de que também existe uma variedade castanha chamada crimini ou, quando são maiores, portabella), shiitake e ostra.

Ele chegou à conclusão que os cogumelos brancos de Paris – que são os mais utilizados em culinária – contêm mais antioxidantes do que o tomate, os pimentos verdes, a abóbora, a courgete, as cenouras ou o feijão-verde.

Estes cogumelos, mais baratos, também contêm mais antioxidantes do que os mais exóticos e mais caros – shiitake e ostra.

“Não precisa de comer só os vegetais com a mais alta capacidade de antioxidantes para ter os benefícios,” diz Dubost. “Se incluir várias espécies de cogumelos nos vegetais da sua alimentação, terá vários antioxidantes diferentes”.

S&L