19.9.13

CANCRO DA PRÓSTATA E RISCO CARDIOVASCULAR

Segundo um estudo realizado na Suécia, envolvendo uma população masculina de mais de 5 milhões, quando um homem tem conhecimento de que tem um cancro da próstata, o seu risco de contrair um enfarte do miocárdio passa a ser 50% maior do que outro a quem o mesmo não foi diagnosticado. Da mesma forma, o risco de morte aumenta também em 50%. A primeira semana depois do anúncio de que tem esse cancro é particularmente crítica, sobretudo nos homens mais jovens e naqueles que não tinham uma história prévia de doença cardiovascular.

Segundo o Dr. Fang, do Instituto Karolinska, de Estocomo, que coordenou o estudo, “o diagnóstico de cancro da próstata é tão stressante para a pessoa atingida, que é importante que a mensagem que se comunica ao doente seja muito cuidadosa e se lhe forneça todo o apoio necessário, dado que se trata de alguém pertencendo a um grupo de doentes muito vulnerável.”
Na primeira semana depois de saber que tem um cancro da próstata, o homem tem mesmo oito vezes mais probabilidades de morrer com um ataque cardíaco. Um ano depois do diagnóstico, o risco de acidente cardiovascular fatal permanece ainda elevado, sendo de 40% ao fim de seis meses e de 10% ao fim do ano.
Segundo o Dr. Fang, esta constatação é preocupante, devendo levar à adopção de medidas cuidadosas de aconselhamento e suporte destes doentes.

S&L


ASMA E DRGEasma_1716520.jpg
A doença de refluxo gastroesofágico (DRGE) tem sido associada a perturbações noutros sistemas, principalmente no tracto respiratório. Uma revisão recente dos estudos publicados sobre o assunto, permite concluir que a DRGE está significativamente associada à asma, embora a sequência desta relação não seja ainda clara.
Dos 28 estudos analisadas, os investigadores concluíram que 59,2% dos doentes asmáticos apresentavam sintomas de DRGE, quando comparados com 38,1% na população de controlo, analisada nos referidos estudos. Mais especificamente, a prevalência de pH esofágico anormal em doentes asmáticos era de 50,9%, a prevalência de esofagite era de 37,3%, e a prevalência de hérnia do hiato esofágico era de 51,2%.
Entre os doentes com DRGE a prevalência de asma era de 4,6%, comparando com 3,9% na população em geral.
Actualidades J. Neves/ S&L


FIBROMIALGIA: MITO OU REALIDADE? 
Nas últimas Jornadas de Actualização e Avanços em Reumatologia para Médicos de Família e num debate subordinado ao título acima, a Dra. Paula Oliveira afirmou que “apenas 51% das doentes com fibromialgia mantêm a sua actividade profissional, 18% estão desempregadas e 12% são domésticas”. Esta psicóloga da Myos, Associação Nacional Contra a Fibromialgia e Síndrome de Fadiga Crónica, apresentou estes dados a partir do perfil sócio-demográfico de 97 mulheres com o diagnóstico de fibromialgia. Esta síndroma caracteriza-se pela existência de dores generalizadas, cansaço extremo e perturbações do sono, podendo ser altamente incapacitante.
“Quando estas pessoas podem manter-se activas, é positivo”, salientou a Dra. Paula Oliveira. A redução ou a flexibilidade do horário, a opção pelo part-time, o trabalho a partir de casa ou a requalificação profissional pode ajudar estas doentes a permanecerem no mercado de trabalho. Apenas uma pequena parte procura a reforma. “A maioria preferia ter uma vida activa e ser útil à sociedade”, sublinhou.
Nesta amostra estudada, a idade média era de 46 anos. Segundo a autora do estudo, o tempo médio com sintomas era de 11 anos e o tempo médio até ao diagnóstico de 3 anos. Este era habitualmente acolhido com grande alívio. “Muitas doentes referiam: afinal, não estou tolinha”, contou a psicóloga.
Na sua opinião, o papel do médico de família no diagnóstico precoce da doença é fundamental, bem como é fundamental, também, “promover a qualidade de vida e aumentar a capacidade funcional destes doentes”, não insistindo apenas na terapêutica medicamentosa.
No mesmo debate, o Prof. Manuel Esteves, psiquiatra do Hospital de São João e da Faculdade de Medicina do Porto, assumindo embora que a fibromialgia é “uma doença intrigante”, relacionou-a com um stresse acumulado ao longo da vida, mais frequente em situações de perturbação da personalidade, estando igualmente associada à ansiedade, à depressão e a perturbações do sono.
Estima-se que 3% da população padeça de fibromialgia ou de síndroma de fadiga crónica, sendo que 80% são mulheres. Não existe nenhum exame ou teste específico que determine objectivamente o diagnóstico. Segundo o Colégio Americano de Reumatologia, os critérios oficiais de diagnóstico para a fibromialgia, incluem um historial de presença de dor crónica generalizada por um período superior a três meses e a presença de dor durante a palpação de 11 de 18 pontos dolorosos.
As causas da fibromialgia também não são conhecidas, apontando-se factores genéticos, vírus, traumas físicos ou psicológicos, mau funcionamento do sistema imunitário, metabolismo e causas relacionadas com o sistema nervoso central.
Notícias Médicas / S&L


CAFEÍNA PODE PREJUDICAR A GRAVIDEZ
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Um estudo realizado por cientistas norte-americanos revelou que o consumo de cafeína durante a gravidez pode duplicar as probabilidades de aborto. A pesquisa mostrou que a ingestão de 200 miligramas de cafeína, que equivale a duas chávenas de café por dia, pode causar problemas à gestação.
Os especialistas entrevistaram 1063 mulheres e pediram que dessem detalhes sobre o consumo da substância até à 20ª semana de gravidez. Entre as 264 gestantes que disseram não ter consumido cafeína, a percentagem de aborto foi de 12,5%. Entre as 164 que afirmaram ter ingerido 200 miligramas ou mais por dia, 24,5% abortaram. Os cientistas descobriram que a cafeína pode atravessar a placenta, mas ainda não sabem como a droga prejudica o desenvolvimento do feto.

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