30.12.14

OS BENEFÍCIOS DA MEDICINA ALTERNATIVA

Um dos seus amigos diz que a acupunctura é um dom dos céus; outro diz que é um pesadelo. Isso sem mencionar todas as informações confusas que se ouvem sobre quiroprática, Reiki e massagem. Em que é que se deve acreditar? Três médicos juntam forças para dar uma perspetiva médica sobre terapias complementares alternativas.

Aproximadamente 38% dos adultos usam medicina alternativa complementar (MAC). Terapias tais como massagem, acupunctura, quiroprática e Reiki. Com a sempre crescente popularidade da MAC, é importante que compreendamos quais são as terapias que são seguras e eficazes – e quais não o são. Em resposta a essa necessidade, o Congresso Norte-Americano emitiu, em 1991, uma legislação que criou o que é agora conhecido como National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM) (Centro Nacional para a Medicina Complementar e Alternativa (CNMCA). Este instituto, que faz parte dos Institutos Nacionais de Saúde, é a agência que lidera a investigação científica do governo federal norte-americano sobre MAC. A sua investigação ajuda o público e os profissionais de saúde a saberem que terapias são seguras e eficazes, e quais não o são.
É interessante que a criação deste instituto seja muitas vezes citada como prova da eficácia da MAC quando, na realidade, isso reflete uma certa preocupação com o crescente número de terapias propostas. Proporciona informações baseadas em provas que nos ajudam, e à nossa família, a saber quais as terapias alternativas ou complementares que podem ser feitas com segurança – e quais devem ser evitadas.

“Complementares” ou “alternativas”: qual é a diferença?
O campo da MAC está a mudar constantemente. Em abril de 2010, o CNMCA definia-o como um grupo de diversos sistemas médicos e de cuidados de saúde, práticas e produtos que não são geralmente considerados como parte da medicina convencional. A medicina convencional, também conhecida como alopatia, é o que é praticado por pessoas com um curso de medicina ou de osteopatia, bem como por profissionais de saúde, tais como fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros diplomados.
“Medicina complementar” e “medicina alternativa” são termos usados, muitas vezes, indiscriminadamente, mas têm, na realidade, significados muito diferentes. A medicina complementar refere-se ao uso da MAC em conjunto com a medicina convencional. A maior parte da utilização da MAC é complementar. Nos Estados Unidos da América, quando a terapia da MAC tem provas de segurança e eficácia, é referida como “medicina integrativa”.
Contrariamente, a “medicina alternativa” refere-se ao uso da MAC em vez da medicina convencional. Num editorial do New England Journal of Medicine, sobre práticas alternativas, R. H. Murray e A. J. Rubel comentam: “Muitas [práticas alternativas] são bem conhecidas, outras são exóticas e misteriosas, e outras ainda, são perigosas.”
O que é que pode tornar a medicina alternativa perigosa? Por vezes é perigosa porque os pacientes a usam

16.12.14

Couves e Salsicha Salteadas com Molho de Paprica


Ingredientes para o molho
3/4 de chávena de caldo de vegetais
1 cebola picada
1 colher de sopa de azeite
2 dentes de alho, picados
1 folha de louro
2 colheres de sopa de paprica
2 colheres de sopa de açúcar
2 colheres de sopa de farinha de araruta
Modo de Fazer
Numa panela, aqueça o azeite e cozinhe a cebola até estar transparente. Junte a paprica, o alho e a folha de louro e deixe cozer durante 3 minutos.
Numa taça pequena, dilua a araruta com um pouco do caldo de vegetais e reserve. À panela, junte o caldo de vegetais e o molho da couve, e deixe levantar fervura. Reduza o lume e deixe cozer durante 10 minutos.
Junte o açúcar e misture bem. Deixe cozer durante mais 5 minutos. Engrosse o molho com a mistura da araruta até ter a consistência desejada.


Ingredientes para o puré de batata
5 batatas grandes
50 g de margarina
Modo de Fazer
Descasque as batatas e coza em bastante agua até estarem macias. Escorra-as e junte a margarina. Esmague as batatas até ter uma mistura macia e consistente.
Ingredientes
250 g de couve-portuguesa
250 g de couve-roxa
250 g de couve-branca
2 salsichas de soja
1 cebola picada
5 tomates
2 colheres de sopa de azeite
3 folhas de louro
2 dentes de alho, picados
1 colher de sopa de paprica
1 colher de chá de segurelha fresca, picada
1 colher de chá de orégãos frescos, picados
1 chávena de caldo de vegetais
Modo de Fazer
Corte as couves, como para juliana, lave e deixe escorrer. Corte as salsichas às rodelas e guarde.
Com uma faca faça uma cruz na base de cada tomate e mergulhe-os em água a ferver durante 20 segundos. Retire--os e mergulhe-os imediatamente em água gelada. Retire a pele e limpe de sementes. Pique os tomates bem fino e reserve.
Aqueça bem a panela wok e cozinhe a cebola com o azeite até que esteja transparente. Junte o tomate picado e cozinhe durante 2 minutos. Acrescente a salsicha, o alho, a segurelha, os orégãos e as folhas de louro e cozinhe durante 5 minutos.
Junte as couves e cozinhe durante 2 minutos mexendo bem, virando as couves para que se envolvam com a mistura da cebola, tomate e salsicha.
Aos poucos, acrescente o caldo de vegetais na quantidade necessária ou até a couve estar cozida mechendo bem. Escorra a couve e reserve a couve e o molho.
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CouveHá inúmeras qualidades de couve, desde a nossa bem conhecida couve portuguesa, que tem um lugar quase cativo nas mesas de Natal do nosso País, às pequenas couves-de-bruxelas ou à couve-roxa que alegra qualquer prato ou salada. Em maior ou menor quantidade, todas elas contêm proteínas, hidratos de carbono, minerais e oligoelementos, de que se destaca o potássio e o enxofre, elementos fitoquímicos e fibra. Isso torna-as anticancerígenas, anti-ulcerosas e com uma acção antibiótica.

11.12.14

Pudim de Natal

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Ingredientes
250g de passas secas
250g de sultanas 
250g de passas brancas 
250g de pão ralado 
250g de açúcar mascavado 
125g de margarina 
60g de mistura de cascas de limão, lima e laranja, cristalizadas 
60g de cerejas cristalizadas, picadas 
60g de amêndoas, picadas 
Casca de ½ limão, picada 
Casca de ½ laranja, picada 
1 cenoura pequena, ralada 
½ maçã, ralada 
2 colheres de sobremesa de farinha 
½ colher de chá de mistura de especiarias 
2 ovos 
150ml de cerveja sem álcool 
Pitada de sal

Modo de Fazer
Numa taça grande, misture as passas, o pão ralado, a margarina, o açúcar mascavado, as frutas cristalizadas, a cenoura e a maçã ralada, a casca picada da laranja e do limão, as nozes, a mistura de especiarias, a farinha e o sal. Misture tudo bem com uma colher de pau. 
Noutra taça, bata levemente os ovos com um garfo. Deite os ovos e a cerveja sobre os restantes ingredientes e misture bem com as mãos.
Numa taça de vidro de ir ao forno, bem untada com margarina, deite a mistura premindo levemente com as mãos. Corte um círculo de papel vegetal um pouco mais largo do que a taça, barre com um pouco de margarina e ponha sobre a taça premindo levemente a mistura e à volta da taça. Cubra com folha de alumínio, vedando bem.
Ponha a taça numa panela e encha dois terços da panela com água para que coza em banho-maria. (Para ter a certeza que a taça não assenta no fundo da panela, ponha um prato velho virado no fundo da panela).
Ponha a panela em lume forte e ferva a água. Quando estiver a ferver, reduza para lume brando e deixe cozer durante quatro horas. É importante que tenha atenção em manter o nível da água, acrescentando água a ferver durante a cozedura. 
Retire a panela do calor, tire o alumínio e o papel vegetal. Ponha um prato sobre a taça e vire para retirar o pudim. Sirva com natas levemente batidas.

AMENDOIM
Os amendoins são um alimento muito nutritivo, cuja concentração em nutrientes excede a de qualquer alimento de origem animal, incluindo a carne. São ricos em proteínas, hidratos de carbono, gorduras, vitaminas B1, C e E, bem como nos minerais cálcio, magnésio e potássio. Tudo isto sem conter um grama de colesterol.

LENTILHAS
As lentilhas são um alimento muito concentrado: apenas 11,2% do seu peso é composto por água. 100g de lentilhas cruas satisfaz uma boa parte, ou mesmo a totalidade das necessidades diárias de vários nutrientes (para um homem adulto): proteínas, fibra, vitamina B1, B6, folatos, magnésio, ferro, potássio, zinco e cobre. No entanto, é pobre noutros nutrientes e, por isso, nunca deve ser comida isolada, mas combinada com outros vegetais.

“Haggis” Vegetariano à Escocesa


Ingredientes

missing image file100g de cebola, descascada e picada fina
15ml de azeite
50g de cenoura ralada
35g de cogumelos picados
50g de lentilha vermelha
600ml de caldo de vegetais
25g de feijão encarnado, esmagado
35g de amendoim picado
25g de avelãs picadas
30ml de molho de soja
15ml de sumo de limão
7,5ml de tomilho seco
5ml de rosmaninho seco
1 pitada de mistura de especiarias
200g de aveia em grão, partida
5ml de pimenta preta moída de fresco
Modo de Fazer
Pré-aqueça o forno a 190oC. Lave as lentilhas até a água sair limpa e deixe as lentilhas a escorrer. Cozinhe as cebolas no azeite durante 5 minutos, junte a cenoura e os cogumelos e coza durante mais 5 minutos. Junte as lentilhas e três quartos do caldo de legumes e coza mais 5 minutos. Misture o feijão e o resto do caldo, junte as nozes, o molho de soja, o sumo de limão e tempere. Misture bem e deixe cozer durante 10 minutos.
Junte a aveia, reduza para lume brando, coza durante 15 minutos juntando um pouco de líquido, se necessário.
Ponha numa forma para pão levemente untada com óleo e leve ao forno durante 30 minutos.
Sirva com puré de batata e vegetais.

GUIA PARA UMA MEDICINA ALTERNATIVA

Um dos seus amigos diz que a acupunctura é um dom dos céus; outro diz que é um pesadelo. Isso sem mencionar todas as informações confusas que se ouvem sobre quiroprática, Reiki e massagem. Em que é que se deve acreditar? Três médicos juntam forças para dar uma perspetiva médica sobre terapias complementares alternativas.
Aproximadamente 38% dos adultos usam medicina alternativa complementar (MAC). Terapias tais como massagem, acupunctura, quiroprática e Reiki. Com a sempre crescente popularidade da MAC, é importante que compreendamos quais são as terapias que são seguras e eficazes – e quais não o são. Em resposta a essa necessidade, o Congresso Norte-Americano emitiu, em 1991, uma legislação que criou o que é agora conhecido como National Center for Complementary and Alternative Medicine (NCCAM) (Centro Nacional para a Medicina Complementar e Alternativa (CNMCA). Este instituto, que faz parte dos Institutos Nacionais de Saúde, é a agência que lidera a investigação científica do governo federal norte-americano sobre MAC. A sua investigação ajuda o público e os profissionais de saúde a saberem que terapias são seguras e eficazes, e quais não o são.
É interessante que a criação deste instituto seja muitas vezes citada como prova da eficácia da MAC quando, na realidade, isso reflete uma certa preocupação com o crescente número de terapias propostas. Proporciona informações baseadas em provas que nos ajudam, e à nossa família, a saber quais as terapias alternativas ou complementares que podem ser feitas com segurança – e quais devem ser evitadas.
“Complementares” ou “alternativas”: qual é a diferença?
O campo da MAC está a mudar constantemente. Em abril de 2010, o CNMCA definia-o como um grupo de diversos sistemas médicos e de cuidados de saúde, práticas e produtos que não são geralmente considerados como parte da medicina convencional. A medicina convencional, também conhecida como alopatia, é o que é praticado por pessoas com um curso de medicina ou de osteopatia, bem como por profissionais de saúde, tais como fisioterapeutas, psicólogos e enfermeiros diplomados.
“Medicina complementar” e “medicina alternativa” são termos usados, muitas vezes, indiscriminadamente, mas têm, na realidade, significados muito diferentes. A medicina complementar refere-se ao uso da MAC em conjunto com a medicina convencional. A maior parte da utilização da MAC é complementar. Nos Estados Unidos da América, quando a terapia da MAC tem provas de segurança e eficácia, é referida como “medicina integrativa”.
Contrariamente, a “medicina alternativa” refere-se ao uso da MAC em vez da medicina convencional. Num editorial do New England Journal of Medicine, sobre práticas alternativas, R. H. Murray e A. J. Rubel comentam: “Muitas [práticas alternativas] são bem conhecidas, outras são exóticas e misteriosas, e outras ainda, são perigosas.”
O que é que pode tornar a medicina alternativa perigosa? Por vezes é perigosa porque os pacientes a usam em vez da medicina convencional, baseada em provas, fazendo com que percam benefícios provados ao substituí-los por métodos ineficazes. Além disso, algumas práticas alternativas têm efeitos secundários que são inerentemente perigosos.
Quiroprática
A quiroprática é uma abordagem de cuidados de saúde que tem o principal foco no relacionamento entre a estrutura do corpo, a coluna, e a sua função. Quem pratica a quiroprática usa uma série de abordagens de tratamento, mas faz, primeiro, um ajuste da coluna ou de outras partes do corpo com o objetivo de corrigir o problema de alinhamento e de suporte da capacidade natural de cura do corpo.
Investigações recentes sobre cuidados de saúde de quiroprática, feitos pelo CNMCA, tiveram o seu foco na eficácia dos tratamentos de quiroprática para as dores nas costas, no pescoço e na cabeça, bem como de outros problemas de saúde tais como os temporomandibulares. Há provas da eficácia da quiroprática para os casos acima mencionados, mas não para a larga variedade de problemas que têm sido indicados.
Massagens
As massagens são, muitas vezes, consideradas como parte da MAC, embora tenham alguns usos convencionais. A terapia de massagens envolve muitas técnicas, utilizando óleo ou loções para reduzir a fricção sobre a pele enquanto o terapeuta pressiona, massaja e manipula os músculos e outros tecidos moles do corpo. Na maioria das vezes, os massagistas usam as suas mãos e dedos, mas podem, também, usar os antebraços, cotovelos, ou até os pés. A terapia de massagens parece ter muito poucos riscos se for feita por um profissional competente.
As provas científicas sobre a terapia de massagens ainda é limitada. Os cientistas ainda não estão certos sobre que mudanças ocorrem durante as massagens e como é que elas influenciam a saúde. Há, no entanto, alguma investigação incentivadora:
Em 2008, um exame de 13 testes clínicos encontrou provas de que a massagem pode ser útil para a dor crónica da parte inferior das costas. As diretrizes de prática clínica emitidas em 2007 pela Sociedade Americana da Dor e pela Ordem dos Médicos Americana recomendavam que os médicos considerassem o uso de certas terapias MAC, incluindo as massagens, quando os pacientes com dor crónica da parte inferior das costas não melhorassem com os tratamentos convencionais.
rel_46995499.jpgUm estudo multifacetado de pacientes hospitalizados com cancro em estado avançado concluiu que as massagens podem ajudar a aliviar a dor e a melhorar o humor.
É necessário mencionar alguns cuidados a ter com a terapia das massagens nas seguintes condições: As massagens vigorosas devem ser evitadas por pessoas com problemas hemorrágicos ou com uma contagem baixa de plaquetas sanguíneas, bem como por pessoas que estejam a tomar medicamentos fluidificantes do sangue, tais como varfarina. As massagens não devem ser feitas em nenhuma área do corpo em que existam coágulos sanguíneos, fraturas, feridas abertas, infeções da pele, ossos fracos, ou o local de uma cirurgia recente. Os pacientes oncológicos e as mulheres grávidas devem consultar um profissional de saúde antes de usarem a terapia da massagem. As massagens não devem ser utilizadas como substituto para cuidados médicos regulares ou como forma de adiamento de consultar um profissional de saúde para um dado problema.
Reflexologia 
De acordo com a Associação Canadiana de Reflexologia, esta é definida como uma arte de cura natural baseada no princípio de que há reflexos nos pés, mãos e orelhas e que as suas áreas referenciais correspondem a cada parte, glândula e órgão do corpo. Através da aplicação de pressão nestes reflexos sem o uso de ferramentas, cremes ou loções (os pés sendo a área principal de aplicação), afirma-se que a reflexologia alivia a tensão, melhora a circulação e ajuda a promover a função natural das áreas relacionadas do corpo.
O que diz a investigação? Um exame sistemático de testes controlados ao acaso concluiu: “Até à data, a melhor prova disponível não demonstra, convincentemente, que a reflexologia seja um tratamento eficaz para qualquer problema médico.”
Naturalmente, há uma preocupação levantada por profissionais de saúde de que o tratamento de doenças potencialmente graves com reflexologia, que não tem eficácia provada, poderia adiar a procura de um tratamento médico apropriado. Os próprios reflexologistas propõem que a reflexologia deve ser usada como uma terapia complementar e não deveria substituir os tratamentos médicos.
Acupunctura e acupressão
A acupunctura está entre as mais antigas práticas de cura do mundo. É conhecida como uma família de procedimentos que envolvem a estimulação de pontos anatómicos do corpo usando uma série de técnicas. A técnica de acupunctura que tem sido mais estudada inclui penetrar a pele com agulhas metálicas finas e sólidas que são manipuladas pelas mãos ou por estimulação elétrica.
Praticada na China e noutros países asiáticos há milhares de anos, a acupunctura é uma das componentes-chave da medicina tradicional chinesa (MTC). O corpo é visto como um delicado equilíbrio de duas forças opostas e inseparáveis: yin (que representa aspetos frios, lentos ou passivos da pessoa) e yang (que representa aspetos quentes, excitados ou ativos). De acordo com a MTC, a saúde consegue-se mantendo o corpo num “estado de equilíbrio”; a doença é o resultado de um desequilíbrio interno do yin e do yang. Este desequilíbrio leva ao bloqueamento na fluidez do qi (pronunciado “chee”), que pode ser desbloqueado pelo uso de acupunctura em certos pontos do corpo que se unem com os meridianos que ligam o corpo com uma rede matriz interligada de, pelo menos, 2000 pontos de acupunctura.
fragancias_49398727.jpgNos Estados Unidos da América, onde os praticantes incorporam tradições de cura da China, Japão e Coreia, a acupunctura é considerada parte da medicina complementar e alternativa. Não obstante, de momento não existem provas suficientes para fazer uma afirmação quanto à sua eficácia. As forças por detrás da acupunctura não foram demonstradas pela metodologia anatómica ou fisiológica.
Contudo, cerca de 3,1 milhões de norte-americanos adultos e 150 000 crianças já utilizaram a acupunctura durante o ano passado. Entre 2002 e 2007, o uso da acupunctura entre os adultos aumentou em cerca de um milhão de pessoas.
A U.S. Food and Drug Administration (FDA), instituto norte-americano que regula o uso de medicamentos e terapias, legislou que as agulhas da acupunctura são seguras desde que usadas apenas por terapeutas licenciados, requerendo que sejam esterilizadas e não-tóxicas. Relativamente poucos foram os casos de complicações devido ao uso da acupunctura que tenham sido levados à FDA, comparados com os milhões de pessoas que são tratadas anualmente e o número de agulhas utilizadas. Contudo, se não for feita por terapeutas qualificados, a acupunctura pode causar efeitos secundários potencialmente graves, tais como infeções ou perfuração de órgãos.
Tem havido muitos estudos tentando mostrar os benefícios para a saúde obtidos pela acupunctura para uma larga variedade de problemas. Resumindo as investigações mais antigas, o NIH Consensus Statement de 1997 sobre a acupunctura relatou que, em geral, os resultados eram difíceis de interpretar devido aos problemas com o tamanho e a delineação dos estudos. O CNMCA continua a financiar uma extensa investigação numa tentativa de obter uma compreensão científica da acupunctura.
Enquanto a vasta utilização da acupunctura lhe garante mais estudos sobre a técnica, a dificuldade em obter provas concretas da sua eficácia sugere que talvez possa ter pouco mais do que um efeito placebo.
Reiki
O Reiki é uma prática espírita desenvolvida em 1922 pelo budista japonês Mikao Usui. Usa uma técnica normalmente chamada "cura pelas palmas das mãos" como uma forma de medicina complementar e alternativa e foi classificada como medicina oriental por alguns grupos profissionais. Afirma-se que, ao usar esta técnica, os terapeutas transferem a energia da cura na forma de qi através das palmas das suas mãos. Como já foi mencionado, a metodologia atual não pode demonstrar que essa energia existe.
Um estudo de 2009 concluiu que as limitações metodológicas e de registo dos estudos existentes sobre Reiki impedem que se chegue a uma conclusão sobre a sua eficácia. As preocupações sobre a sua segurança são similares às das outras medicinas alternativas não provadas, em primeiro lugar porque os pacientes podem evitar os tratamentos médicos provados para problemas graves, dando preferência às medicinas alternativas não provadas.
Toque terapêutico/toque de cura
O toque terapêutico (comummente abreviado para TT, também chamado toque terapêutico sem contacto) e toque de cura (ou cura à distância) consiste em terapias de energia que alegam promover a cura e reduzir a dor e a ansiedade. Os praticantes do toque terapêutico afirmam que, pondo as suas mãos numa pessoa, ou perto dela, são capazes de detetar e manipular o campo de energia do doente. No seu livro Accepting Your Power to Heal: The Personal spa_64566775.jpgPractice of Therapeutic Touch (Aceitando o Seu Poder de Cura: A Prática Pessoal do Toque Terapêutico), Dolores Krieger assevera que, nesta terapia, “na análise final, é quem procura a cura (cliente) que se cura a si mesmo. Nesta forma de ver as coisas, o terapeuta age como um sistema de suporte de energia humana até que o sistema imunitário do doente esteja forte o suficiente para tomar posse”.
Um aclamado estudo sobre o toque terapêutico foi feito por Emily Rosa, de 9 anos, com a ajuda da sua mãe, Linda Rosa, E.F., e Stephen Barrett de Quackwatch, e foi publicado no Journal of American Medical Association (JAMA). O estudo constatou que quem pratica o toque terapêutico não conseguia detetar a presença ou ausência de uma mão colocada a alguns centímetros acima da sua mão quando a sua visão lhe é vedada. Este estudo, que destronou as afirmações dos praticantes do toque terapêutico, é digno de nota porque foi tão simples – e porque Emily foi a autora mais jovem de um estudo publicado pelo JAMA.
Aromaterapia
Na aromaterapia, o cheiro dos óleos essenciais de flores, ervas e árvores é inalado para proporcionar um sentimento saudável e de bem-estar. Uma investigação sobre como a aromaterapia afeta a saúde não demonstrou qualquer melhora no estado imunitário, na cura de feridas, ou no controlo da dor entre pessoas expostas a dois aromas. Mas os resultados de testes controlados alietoriamente, publicados no jornal Psychoneuroendocrinology, mostraram que o limão (considerado um estimulante) pareceu melhorar o humor, enquanto a alfazema (embora seja um relaxante) não teve efeito sobre o humor. Os investigadores concluíram que nenhum dos aromas teve qualquer outro benefício relacionado com a saúde.
Melhor prevenir do que remediar
Embora, em muitas situações, a MAC seja inócua, alguns tipos podem ter riscos. Muitas das terapias discutidas são baseadas em hipóteses para as quais não há evidências, e outras estão ligadas a convicções religiosas. Diga sempre ao seu médico as práticas complementares ou alternativas que usa. Dê-lhe uma visão clara do que está a fazer.
Peter Landless
Médico especialista em medicina interna e cardiologia
Kathleen H. Liwidjaja-Kuntaraf
Diretora Associada de Prevenção
Allan Handysides
Médico especialista em ginecologia, obstetrícia e pediatria
Referências:
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