31.7.11

GENGIBRE

Esta raíz é dádiva da mãe natureza. Excelente para aromatizar pratos doces e salgados, este tubérculo deve escolher-se firme e sem manchas, e deverá ser ralado ou laminado fino no momento da sua utilização. Comece por utilizar pequenas doses pois o seu sabor e aroma conferem-lhe um paladar acre e picante ideal para substituir sal e açúcar. Tem uma acção estimulante da secrecção salivar e gástrica, aumentando o tónus da musculatura intestinal e o peristltismo (contrações musculares normais). Além desta acção, o gengibre é também um excelente atiemético natural no combate aos enjoos das viagens. Tem ainda um efeito positivo em problemas respiratórios, gripes e constipações, como excelente anti-séptico e anti-inflamatório; como estimulante circulatório, ajuda em casos de frieiras e má circulação. Pode ainda consumir em chá, frio ou quente, simples ou adicionado a outra planta.
1. Nota: Em doses elevadas produz gastrite. Deseconselhado em caso de úlcera gastroduodenal.
2. Nota: Recomenda-se nos casos de esgotament, inapetência e de digestões pesadas e flatulentas.

27.7.11

REUMATISMO "O RATO QUE NOS COME"

A artrose sendo a forma mais comum de reumatismo e uma das doenças mais frequentes na espécie humana, é um dos principais factores determinantes de incapacidade física no indivíduo idoso. Em graus variados de intensidade e de compromisso poliarticular, afecta a maior parte da população depois dos 60 anos, embora só nalguns casos atinja gravidade suficiente, para determinar sintomas e alteração morfológica articular com significado. A frequência da artrose aumenta de modo significativo com a idade. Afecta cerca de 20% da população aos 45 anos e quase 100% aos 80 anos. A observação de alterações de carácter artrósico em numerosos esqueletos pré-históricos, demonstra a sua antiguidade de compromisso no homem. Não se trata pois de uma " doença da civilização ", embora as articulações envolvidas, sejam em certa medida, influenciadas pela adaptação da espécie humana á postura erecta e pelo desenvolvimento da profissão tal como a encaramos hoje. Embora não haja cura para a artrose, a definição para cada doente de um protocolo terapêutico adequado, permite prevenir ou corrigir problemas da morfologia, aliviar os sintomas, melhorar a capacidade funcional e fundamentalmente, a qualidade de vida. Do mesmo modo, o conhecimento do paciente sobre a sua doença, representa como em todas as formas de reumatismo, um elemento da maior importância na determinação dos resultados do seu tratamento.

Os ossos de uma articulação são mantidos em posição adequada, por ligamentos e tendões, que permitem apenas os movimentos normais. Os músculos são também determinantes na manutenção da estabilidade da articulação, sendo esta encerrada numa cápsula fibrosa, no interior da qual um fino véu, produz permanentemente uma pequena quantidade de liquido, designado como sinovial, que actua como lubrificante e nutriente da cartilagem. Numa articulação normal, os topos dos ossos que a compõem, estão cobertos por uma “ capa “ de material elástico esbranquiçado, a cartilagem, que permite o deslizamento suave dos ossos e actua como uma almofada, que absorve o impacto dos ossos no movimento e em particular na carga. A artrose resulta da senescencia e consequente destruição progressiva dos tecidos que compõem a articulação, em particular a cartilagem, conduzindo à instalação progressiva de dor, deformação e limitação dos movimentos. No estabelecimento da artrose, começa por ocorrer uma deterioração da cartilagem, que perde a sua regularidade e elasticidade, o que diminui a sua eficácia e contribui para a sua destruição adicional com o uso repetido e a carga traumática. Com o tempo, grande parte da cartilagem pode desaparecer completamente. Na ausência de parte ou da totalidade da "almofada" da cartilagem, os ossos roçam directamente entre si, causando sensação de atrito ( crepitação ), certo grau de inflamação, dor e limitação de movimentos. Com a evolução no tempo, a articulação pode sofrer deformação visível ou palpável, cuja tradução mais comum são os osteofitos, conhecidos popularmente na coluna, por " bicos de papagaio “.Em fase evolutiva bastante avançada, fragmentos da cartilagem ou do osso subjacente, podem soltar-se para o interior da articulação e limitar ou mesmo bloquear os seus movimentos. Por outro lado, as estruturas de contenção passiva da articulação, como a capsula articular e os ligamentos, colocadas sob tensão excessiva, podem-se inflamar, retrair ou mesmo romper. Estas alterações, que constituem uma importante causa de dor e incapacidade, podem ser adequadamente apoiadas e tratadas, quando a doença é detectada precocemente ( diagnóstico precoce ).

Todas as articulações podem ser envolvidas pela artrose. Contudo, as ancas, os pés e a coluna ( articulações de carga) e os joelhos são de longe as mais vulgarmente atingidas, devido ao esforço a que são sujeitas. Uma forma relativamente comum e particular, atinge predominantemente as articulações mais distais dos dedos das mãos. Esta forma é das mais frequentes em mulheres após a menopausa. A articulação da base do polegar é também afectada com bastante frequência, particularmente em donas de casa e noutras profissões com uso intensivo do polegar. Articulações como os cotovelos, os punhos e os tornozelos, são menos frequentemente atingidas, a não ser como consequência de sequelas de traumatismos ou de certas doenças gerais.

De uma maneira geral, a artrose é mais frequente e mais agressiva no sexo feminino. A obesidade constitui um importante factor de risco, sobretudo no caso do joelho e da anca, sendo a relação menos clara para a artrose da coluna, embora a obesidade aumente a sintomatologia álgica nesta situação, não existindo no entanto na artrose das mãos. Algumas profissões com particulares exigências físicas, têm também maior tendência a desencadear a artrose, sendo esse o caso da industria têxtil, em relação ao polegar, da agricultura relativamente à anca e joelho e da industria de construção civil na artrose do joelho. A doença tem alguma carga hereditária, particularmente nas formas de envolvimento poliarticular. Por outro lado, todos os traumatismos podem aumentar o risco de desenvolvimento de artrose, particularmente quando ocorrem fracturas que atingem as superfícies articulares ou rompem os seus ligamentos, como no caso do joelho com o ligamento cruzado anterior ou os meniscos.

O sintoma predominante na artrose é a dor articular, podendo no entanto ter localização variável, consoante a articulação afectada. Em regra, tem um inicio insidioso e progressivo e na sua forma mais característica, é desencadeada principal ou até exclusivamente, pelo movimento ou uso excessivo da articulação, acabando o repouso por a atenuar ou a fazer desaparecer. No entanto alguns doentes poderão sentir dores mesmo em repouso, sendo normal observar-se igualmente um aumento da dor após longos períodos de repouso. O doente tem, por exemplo, alguma dificuldade em levantar-se depois de ter estado sentado bastante tempo, situação que surge acompanhada de rigidez articular ( articulação presa ) e que cede em alguns minutos, após o movimento. A dor localiza-se normalmente em torno da articulação atingida, podendo por vezes, ser sentida a alguma distância. Por exemplo, a artrose da anca pode determinar dor na face posterior e lateral da nádega, na coxa ou mesmo na proximidade do joelho (10 % destes doentes, apenas sentem dor na face interna do joelho). A dor sentida a subir ou descer escadas, é particularmente vulgar na artrose do joelho dependente do compartimento femuro-patelar. A artrose da coluna é uma das causas mais comuns de dor no pescoço ou nas costas. A dor articular leva o doente a evitar gradualmente o uso da articulação, dai resultando um enfraquecimento dos músculos satélites e consequentemente a uma maior instabilidade, que vai contribuir para o agravamento progressivo da situação (deformação). Note-se que as articulações mais superficiais, como os joelhos e as dos dedos, podem apresentar deformação causada quer por inflamação e derrame de liquido na articulação, quer pelos osteófitos. Estes últimos são especialmente notórios nas articulações das mãos, originando muitas vezes uma sensação de calor articular. Com o tempo, a articulação poderá mostrar limitação de movimentos, mesmo na ausência já de dor.
No entanto é relativamente frequente, muitos doentes não referirem quaisquer destes sintomas, apesar das radiografias revelarem sinais de artrose avançada das suas articulações.

No diagnóstico da artrose são tidas em linha de conta as queixas referidas pelo doente, com destaque para a localização, duração e características da dor, bem como também para o nível de amplitude articular. Se o exame clinico das articulações afectadas não for suficiente para estabelecer um diagnóstico, certos meios auxiliares de diagnóstico, como as radiografias e a TAC, podem revelar nos ossos e articulações, alterações características da doença.

É profundamente errado o conceito enraizado de que para a artrose e para o sofrimento que lhe está associado, sendo uma consequência inevitável da idade, nada há a fazer para além de suportar as dores e assistir á deformação articular.
Não existem tratamentos médicos que permitam parar ou inverter em definitivo uma situação de artrose. No entanto, é possível nas fases iniciais, diminuir a dor e a rigidez das articulações, bem como melhorar os movimentos e a capacidade geral do indivíduo, proporcionando uma melhor qualidade de vida.
O protocolo terapêutico deverá ser adaptado a cada caso particular, dependendo da gravidade da situação, do numero de articulações afectadas, natureza dos sintomas, idade, ocupação e actividades diárias. A colaboração informada dos doentes, como já mencionado, é uma condição essencial para o sucesso do programa terapêutico.
Estão actualmente em desenvolvimento, medicamentos provavelmente capazes de retardar ou mesmo parar, a evolução da artrose e que encerram grande esperança, de virem a desempenhar um papel decisivo na melhoria dos doentes artrósicos e mesmo na prevenção do agravamento da destruição articular e suas consequências.
É verdade que não dispomos de cura para esta doença, mas com a ajuda dos doentes e o recurso criterioso aos meios de tratamento disponíveis, o especialista pode dar uma ajuda decisiva para a melhoria do estado funcional dos doentes e da sua qualidade de vida. Sem dúvida que vale a pena tratar os doentes com artrose.

Consiste em evitar que as articulações atingidas sejam sujeitas a esforços excessivos, capazes de aumentar a dor ou agravar a doença. O doente poderá aprender a executar tarefas correntes de uma forma mais tolerável e adequada. O emprego de apoio para os membros inferiores ou até mesmo de uma bengala, poderá ser por vezes, extremamente benéfico para os joelhos e ancas. Na coluna vertebral é muito importante o uso de uma postura correcta no trabalho, no lazer e mesmo no repouso, com utilização de um colchão de boa qualidade que nem sempre “ ortopédico “. É determinante manter-se o peso próximo do ideal.

Um programa de exercício físico diário é fundamental no controlo da artrose. Sem ele, as articulações tendem a ficar mais dolorosas e rígidas, os ossos menos flexíveis, os músculos mais debilitados e a situação do doente agrava-se progressivamente. O programa de exercícios deve ser adaptado a cada caso particular. A prática diária de 10 minutos de bicicleta estática, ()em regimen de “ roda livre “, proporciona beneficio consistente na artrose do joelho. A marcha em piscina de água tépida idem. Sugere-se por vezes, o recurso a um centro de recuperação, para ensino do doente.

São formas eficazes de diminuir a dor e a rigidez, ainda que temporariamente. Um banho quente pela manhã poderá melhorar significativamente o sofrimento e a rigidez matinal. Existem formas muito variadas de aplicar calor em áreas articulares dolorosas, no entanto as que recorrem a meios eléctrico-fisiátricos ou relacionados, devem ser interditas. A aplicação de frio ( crioterapia ), ajuda a diminuir a sensibilidade local e a reduzir a inflamação e o derrame intrarticular muitas vezes associado .

Constitui uma atitude da maior importância, já que o peso excessivo determina um esforço adicional para as articulações de carga atingidas.

Existe uma grande variedade de medicamentos capazes de aliviar os sintomas da artrose, o que faz com que nalguns casos, seja preciso tentar vários até identificar-se o mais eficaz. Os analgésicos simples como o paracetamol, são em muitos casos, suficientes para garantir um alivio eficaz e são geralmente bem tolerados. Os anti-inflamatórios não esteroides, como o ibuprofeno e o diclofenac, são muitas vezes necessários, apesar de poderem acarretar alguns riscos secundários maiores do que os analgésicos, em particular para o estômago. Ajudam a controlar a dor, a rigidez e o inchaço das articulações. Dependendo da situação, poderá ser indicada uma toma regular continuada, ou consoante for necessário. Alguns medicamentos disponíveis em Portugal, ditos de acção prolongada, como a acemetacina, têm a capacidade de manter as articulações livres de compromisso de forma mais alongada no tempo. São particularmente indicados na artrose, embora não seja ainda clara a sua capacidade de evitar a evolução da doença. Os derivados da cortisona, administrados por via geral não têm indicação na terapêutica da artrose. Contudo, a injecção ( infiltração) de alguns destes produtos ( efectuada exclusivamente por um médico especialista) em estruturas dolorosas na vizinhança de uma articulação, pode revelar-se extremamente eficaz na melhoria da dor e da rigidez muito incapacitantes. Complementarmente a associação de medicação com função de condroprotecção, quer por via sistémica, como o sulfato de glucosamina ()na dose diária de 1,5 gramas, quer por via intrarticular (viscosuplementação), como o hialuronato de sódio na dose de uma ampola semanal, pode melhorar e até mesmo recuperar, algumas áreas de doença da cartilagem.

No tratamento da artrose, dispomos para as fases intermédias da doença da cartilagem de algumas articulações, da cirurgia prostética para as fases mais graves, o que constitui indiscutivelmente, um dos mais compensadores avanços da Cirurgia Ortopédica moderna.

22.7.11

Dieta Rápida dos 7 dias


A receita do caldo detox é uma dieta rápida e fácil de seguir para quem precisa de perder peso com urgência. Com esta dieta pode perder até 3 kg em 7 dias, mas atenção, não deve ser seguida durante mais do que uma semana. É a dieta das dietas. Já se consegue imaginar a vestir aquele vestido justo que está guardado há meses?
Uma semana de dieta rápida, inúmeras vantagens
De facto, esta dieta rapida é extremamente eficaz para perder aqueles quilinhos a mais de forma rápida porque reduz a ingestão de determinados hidratos de carbono, ao mesmo tempo que aumenta a quantidade de proteínas.
Não é uma dieta proteica ou proteinada “pura e dura” (que elimina os hidratos de carbono, as frutas e as verduras), mas é uma versão mais equilibrada, apta para todo o tipo de pessoas e que pode ser seguida de forma realista e simples, sem riscos e sem que, por isso, perca eficácia.
A introdução de determinados hidratos de carbono integrais de absorção lenta e de algumas frutas e verduras, melhora o trânsito intestinal e não provoca alterações no metabolismo e no sistema nervoso (a eliminação total de hidratos de carbono pode gerar episódios de ansiedade e depressão).
A indicação mais importante desta dieta rapida é a de que não deve ser seguida durante mais do que uma semana. De qualquer forma, a dieta do caldo detox ou dieta dos 7 dias, pode ser repetida de tempos a tempos, quando sentir necessidade de eliminar toxinas (http://saude-bemestar.info/eliminar-toxinas/)do corpo.
Está indicada enquanto regime de emagrecimento para homens ou mulheres com um excesso de peso médio/moderado, sem doenças incompatíveis com a opção de um plano alimentar hipocalórico e restritivo.
A dieta rápida do caldo detox
A base desta dieta rápida é uma sopa preparada com 4 alhos-franceses, 2 nabos, 1 cebola e um pouco de aipo, que deverá comer sempre que sentir fome.
Para cozinhá-la deve cortar os alhos-franceses em pedaços e salteá-los em azeite (na quantidade mínima indispensável) até que ganhem cor.
Adicione o resto dos ingredientes também cortados em pedaços e junte cerca de 1 litro de água. Ferva até que todos os pedaços fiquem practicamente desfeitos e tempere com uma pitada de sal.
Para potenciar os resultados da dieta rápida, é conveniente fazer caminhadas a passo acelerado de, no mínimo, 30 minutos todos os dias.
Lembre-se que, depois de atingir o objectivo e, para conseguir manter o peso perdido, deve adoptar uma alimentação e um estilo de vida saudáveis, principalmente no mês seguinte à dieta dos 7 dias.
Se, por algum acaso, tiver necessidade de “furar” a dieta rápida, é importante que mantenha a máxima de fazer 5 refeições diárias, exercício físico e beber muita água. Se comer algum excesso, compense no dia seguinte.

Dieta rápida dos 7 dias: Plano
Segunda-Feira

Pequeno Almoço: 1 chávena de cevada + 1 fatia de pão torrado + 1 maçã
Almoço: Sopa de legumes + 3 bifes de seitan + 1 colher de sopa de arroz branco com bróculos
Jantar: Creme de espinafres
Terça-Feira

Pequeno Almoço: Cereais sem açúcar com leite magro
Almoço: 2 boas rodelas de carne vegetal + 1 colher de sopa de massa cozida + salada de tomate
Jantar: Creme de legumes
Quarta-Feira

Pequeno Almoço: 1 chávena de cevada com leite magro, s/acúcar + 1 fatia de pão torrado + 1 maçã
Almoço: Peixe grelhado (???) + 1/2 batata salteada com azeite + salada de alface
Jantar: Creme de cenoura
Quinta-Feira

Pequeno Almoço: Cereais sem açúcar com leite magro
Almoço: Creme de bróculos + omolete de dois ovos, retire a gema de um. Jantar: Creme de abóbora + sanduíche (em pão integral) evite a carne. Há imensos substitutos e com muito mais qualidade.
Sexta-Feira

Pequeno Almoço: 1 chávena de café com leite magro (não use açúcar, já o tem nas frutas e no pão + 1 fatia de pão torrado + 1 maçã
Almoço: Espetada de verduras com uma ligeira mistura de seitan, granulado de soja.
Jantar: Creme de legumes + iogurte de frutas + gelatina
Sábado

Pequeno Almoço: Cereais com leite magro
Almoço: 1 tigela de sopa de legumes, substitua o nabo pela batata.
Jantar: Verduras e legumes, acrescente algo que lhe apeteça, não exagere (com pouco azeite)
Domingo

Pequeno Almoço: 1 chávena de cevada com leite magro + 1 fatia de pão torrado + 1 maçã
Almoço: Sopa de agrião sem batata (faça o creme só com legumes: couve flor, courgete, cenoura, abóbora…) + procure em (http://comersaudavel.blogspot.com/) com salada
Jantar: Omolete de legumes com queijo magro
E ainda:
Meio da manhã: 1 peça de fruta (à escolha) ou 1 sumo natural ou 1 lacticínio magro
Lanche: 1/2 pão de mistura com queijo fresco magro + 1 peça de fruta (vá variando) ou leite magro
15 minutos antes das refeições: Alterne entre uma tigela de caldo “detox” ou uma outra sopa leve, consoante o grau de apetite
Alimentos não recomendáveis durante a dieta rápida
Durante esta semana da dieta rápida evite qualquer tipo de alimentos fritos ou refogados, álcool e doces. Estão proibidos hidratos de carbono de absorção rápida: refrigerantes, açúcar, alimentos açúcarados, bolos de pastelaria, guloseimas…
Ocasionalmente, pode beber um refrigerante “light” (mas apenas uma ou duas vezes ao longo da semana, por causa do gás), chás frios (sem açúcar), sumo de tomate caseiro e, claro, muita água.
Reduza ao máximo o consumo de massa, arroz, batata e pão, preferindo sempre as versões integrais. Um pequeno quadrado de chocolate negro ajuda a acalmar os “ataques” de fome, mas pode fazê-lo só uma ou duas vezes ao longo da semana.
Tente evitar algumas verduras como a alface, que pode potenciar a retenção de líquidos. Evite as frutas mais calóricas, como o abacate, o pêssego, a banana ou as uvas porque podem “sabotar” a sua dieta rápida.

19.7.11

O QUE É A ARTRITE REUMATÓIDE?

O termo artrite refere-se à inflamação das articulações que se caracteriza por dor, calor, aumento do volume e limitação de movimentos. Uma articulação é o ponto de união e movimento entre dois ossos.
A artrite reumatóide (AR) é uma doença crónica que afecta principalmente as articulações, mas é, na realidade, uma doença sistémica, isto é, pode afectar outros órgãos, como o coração, os pulmões, os olhos, a pele, entre outros, sendo classificada como uma doença autoimune.
Em condições normais, todos os seres humanos possuem um sistema imunológico (anticorpos) que funciona para nos proteger de tudo o que for estranho ou alheio ao nosso corpo, como por exemplo os vírus, as bactérias e os fungos que provocam doenças e infecções; esta protecção dá-se por meio da criação de anticorpos, que são proteínas que se unem aos vírus, bactérias, etc., e os destroem.
No caso da AR, os anticorpos comportam-se de forma anormal e atacam as articulações e outras partes do corpo, tais como o tecido de revestimento do coração e pulmões, entre outros; assim surge o termo “autoimunidade”, uma resposta imunitária criada contra os próprios tecidos.

6.7.11

O Coração e a Regra de 3

Tensão arterial, pulso e cansaço são três indicadores da saúde do seu coração. Aprenda a mantê-lo saudável.
Foi na Unidade de Cuidados Coronários de um Hospital de Nova Iorque, no qual eu estagiava nos anos 80, que o cardiologista-chefe da Unidade me ensinou “a regra de 3”.
Para um jovem médico é um grande desafio tomar conta da Unidade durante um mês. Em semi-círculo, os doentes monitorizados são vigiados e controlados 24 horas por dia. Inicialmente parece um trabalho impossível!

Reuníamos diariamente com o cardiologista para discutir os problemas e fazer planos terapêuticos. Estas conversas estendiam-se da vida da Unidade e permeavam a vida quotidiana, alimentando-se de metáforas úteis à compreensão das nossas tarefas.
Foi neste contexto que aprendi a "regra de 3" que aplico frequentemente na minha vida pessoal. O cardiologista dizia-nos que não nos afligíssemos com tanta informação a piscar furiosamente nos monitores, e explicava:
“Em situações de urgência, tal como em momentos críticos da nossa vida pessoal, é importante escolher os três parâmetros mais importantes, e lutar por eles.”

Assim, resolvi escrever uma pequena série de artigos com esta "regra de 3", escolhendo sinais ou sintomas dum órgão ou sistema, importantes na avaliação e manutenção da saúde. É claro que não passa duma simplificação, já que existem imensas interacções fisiológicas que deixo de fora.

Começo então com o coração, órgão pulsátil do qual depende a distribuição dos nutrientes, incluindo o oxigénio, para todos os tecidos do nosso corpo.

O coração e a “Regra de 3”:
1. Tensão arterial
2. Pulso
3. Cansaço

A tensão arterial depende da força do músculo cardíaco e da tonicidade dos nossos vasos sanguíneos. A tensão alta altera o músculo cardíaco, diminuindo com o tempo a sua força de contracção, e torna rígidas as paredes de todos os vasos sanguíneos do nosso corpo impedindo que estes se ajustem às mais variadas necessidades fisiológicas. A tensão arterial baixa, só por si mesma, é normalmente um sinal de longevidade, apenas é prejudicial quando é consequência de doença. Para manter uma tensão arterial saudável devemos manter o corpo ginasticado, no seu peso ideal e controlar o consumo de sal.

O pulso é um bom indicador de saúde ou doença. Nele estudamos a frequência, que não deve ser rápida nem lenta demais, o seu ritmo que deve ser regular e a sua força que se sente como “uma onda cheia” a pulsar com energia nos locais onde palpamos o pulso. O exercício e hidratação são fundamentais para manter uma frequência cardíaca “temperada” que nos permita acelerar, em caso de necessidade, sem a sensação de que o coração nos vai saltar do peito.

E, por fim, o cansaço é um indicador da capacidade funcional do coração. Fazer exercício sem nos cansarmos demasiadamente é, no geral, sinal de boa saúde cardiovascular. Quando o coração adoece, queixamo-nos de cansaço para as nossas actividades habituais e devemos procurar tratamento.

Para manter um coração saudável faça exercício, gestão do seu stress e controle a quantidade de sal, gorduras saturadas e hidratos de carbono refinados. Meça a sua tensão arterial, conheça o seu pulso e atente a sinais de cansaço fora do normal.

2.7.11

O EXAME DA MAMA

O cancro de mama tem sido bastante visado pelos vários tipos de mídia e, a cada dia, o público em geral torna-se mais consciente das dramáticas dimensões deste problema. Entretanto, estar consciente implica em não somente saber da existência, mas em adquirir hábitos que reflitam na prática as informações apreendidas.
Como proceder então para prevenir ou detectar precocemente alterações potencialmente graves na mama? Este breve artigo pretende esclarecer alguns aspectos importantes relacionados ao exame clínico da mama e aos principais exames complementares.

Examinando a mama.
O auto-exame é a peça-chave. Consiste na palpação circular, metódica e sequencial de todos os quadrantes e do complexo areólo-papilar, utilizando a polpa dos dedos. O objetivo é detectar nódulos, massas, depressões, retrações e aderências.

Preferencialmente, o exame deve ser realizado entre o sétimo e o décimo dia do ciclo menstrual. Na presença de qualquer alteração, procure seu médico.

O exame clínico do médico consistirá em 4 passos: inspeção estática (o médico simplesmente observa a mama em repouso em algumas posições), inspeção dinâmica (a paciente realiza alguns movimentos enquanto o médico procura detectar visualmente alterações como nódulos ou retrações), palpação (como no auto-exame) e expressão (a mama é “ordenhada”; fluxos mamilares claros ou hemorrágicos sugerem a possibilidade de câncer e a necessidade de realizar exames adicionais).

Nem todo fluxo mamilar significa câncer – doenças benignas, como o Papiloma Intraductal, podem produzir fluxos hemorrágicos. A avaliação médica é imprescindível em todos os casos.

Exames complementares.
Nos casos suspeitos ou naqueles com antecedentes pessoais/familiares de doenças graves da mama, o médico solicitará alguns exames para auxiliar no diagnóstico. Os principais são: tomografia, ultrassonografia, punção aspirativa com agulha para citologia, biópsia e mamografia.

A mamografia é de longe o exame complementar mais popular. É indicada para rastreamento e nos casos suspeitos de câncer, nas pacientes com mamas hipertróficas, para controle da mama oposta nos casos confirmados de lesões malignas, no planejamento e controle do tratamento conservador e para auxiliar a biópsia dirigida. O rastreamento mamográfico deve ser realizado nas mulheres com mais de 35 anos de idade com fatores de risco, a cada 2 anos nas mulheres entre 40-49 anos de idade e anualmente a partir dos 50 anos de idade.

Massas com bordos bem delimitados e regulares, calcificações uniformemente dispersas, grosseiras, lineares ou “em anel” sugerem alterações benignas na mamografia. Os aspectos que sugerem malignidade no exame podem ser divididos em Sinais Primários, Secundários e Indiretos. Os sinais primários consistem em massas com bordos irregulares, espiculadas, com calcificações numerosas, agrupadas e com diferentes formatos. Os principais sinais secundários são retração e espessamento da pele (pele tipo “casca de laranja”).

Cistos mamários são relativamente comuns e, caso sejam detectados, o médico pode solicitar ou realizar uma biópsia. As principais indicações para retirada de cistos mamários são: aspiração de líquido hemorrágico após punção, presença de células atípicas no exame do líquido aspirado, aspiração de mais de 50 mL de líquido, cistos que recidivam até 30 dias após a aspiração ou presença de tumoração residual no local após o esvaziamento.

Dr. Alessandro Loiola, MD

• Médico, especialista em Cirurgia Geral pela Santa Casa de Belo Horizonte.
• CRMMG 30.278
• Staff e Membro da Comissão de Ética do Hospital Nossa Senhora Aparecida, BH.
• Membro do Conselho Consultivo Editorial de E-Biomed Brazil ( www.ebiomedbrazil.com ).
• Membro do Health Advisory Board - P/S/L Resarch Group ( www.pslresearch.com ) para conteúdo médico-científico em websites.
• Membro da AMIA – American Medical Informatics Association (www.amia.org).
• Membro da SBIS – Sociedade Brasileira de Informática em Saúde
• Membro do CBTMS – Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde ( www.cbmts.com.br )
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